Diz-se que foi retomada a construção do ferry Haksolok destinado a Timor Lorosae. O navio que está a ser construído nos antigos estaleiros navais do Mondego, na Figueira da Foz, desde setembro de 2014, poderá assim ser concluído e entregue ao governo de Timor Leste.
Não se consegue entender como é que num país de mar, com estas infraestruturas, não se consegue manter um estaleiro de construção e reparação naval...
O Haksolok visto de popa, atracado ao cais de aprestamento onde se encontra desde pelo menos 2017.
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Tuesday, November 14, 2023
Sunday, January 5, 2020
Haksolok - Anticiclone
Haksolok, que em Tétum significa Felicidade é o nome do navio que começou a ser construído na Figueira da Foz em Junho de 2015, nos ex-estaleiros navais do Mondego.
Este navio destinado a Timor Lorosae, foi lançado à água a 26 de Maio de 2017, e desde então permanece nas águas do Mondego na Figueira da Foz a aguardar o final da sua construção, devido ao processo de insolvência da Atlantic Eagle Shipbuilding (AES), empresa que adquiriu os Estaleiros Navais do Mondego após a hasta pública destes aquando da sua falência.
O brasão de Timor na proa, e um pequeno barco com o nome do estaleiro Atlantic Eagle (A.E.S) |
O Haksolok, é um navio construído em aço e alumínio. É um navio especial, uma vez que se trata dos blocos de construção do Anticiclone, o navio irmão do Atlântida que havia sido encomendado aos estaleiros navais de Viana do Castelo e cuja construção já havia sido iniciada mas acabou por ser declinada em 2009, pelo governo dos Açores que o havia encomendado. A venda das 720 toneladas de aço do casco do navio foi concretizada à República Democrática de Timor Leste, que assim pretendia ter um navio com 72 m de comprimento, 19 m de boca, 3,7 m de calado, capacidade para 377 passageiros e 23 viaturas que iria operar na zona Norte do país e desenvolver as região de Oé-Cusse Ambeno, um pequeno enclave Timorense na parte da Indonésia, e a ilha de Ataúro.
Tais planos encontram-se adiados devido à situação em que se encontra o estaleiro naval. Desta forma este aço continua com má sorte e sempre na ribalta por maus motivos, desta vez é Portugal, considerado um país desenvolvido, a decepcionar um "país irmão", não sendo capaz de lhe fornecer atempadamente o navio por estes encomendado.
O navio no casco ostenta as letras ZEESM TL, que significam, Zonas Especiais de Economia de Mercado de Timor Leste. Na chaminé o símbolo do enclave Oé-Cusse uma das regiões administrativas especiais, de Timor Leste. Na popa ostenta o registo da ilha da Madeira, e o IMO 9830446. Na proa tem o brasão da República Democrática de Timor Leste e ao longo do costado as cores do país.
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