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Wednesday, July 10, 2024

Encalhe do Príncipe da Beira


Esta manhã o navio Príncipe da Beira, encalhou na frente ribeirinha da Praça do Comércio, em Lisboa. Uma manobra à imitação do comandante Schettino, que ficou resolvida pelo rebocador Poseidon. Este tipo de incidentes mostra a qualidade das tripulações e a segurança a bordo das mesmas. Foi noticiado que a bordo não estavam passageiros. De certa forma serve como uma desculpa aceitável e está tudo bem, até ao próximo incidente ou acidente. Deixa andar...

Fotos de Rui Agostinho.

Wednesday, July 3, 2024

Pesca e Naufrágios

Esta madrugada, mais uma embarcação de pesca naufragou. Mais uma embarcação que saiu do porto e não regressou, tendo-se perdido mais vidas humanas no mar. Desta vez no porto de pesca da Figueira da Foz. Desconhece-se os pormenores deste acidente, mas serve o mesmo uma vez mais para chamar a atenção sobre quais as condições destas embarcações e da segurança das pessoas que lá trabalham. Será que a pesca não tem lucros suficientes para que os armadores consigam manter as embarcações em condições de segurança?



Tuesday, August 30, 2022

OS35 a afundar em Gibraltar

Atualizado 1 Setembro 8h:

O casco do OS35 partiu-se. É o pior cenário possível,  visto inviabilizar a recuperação do navio. A remoção do navio e carga passam a ser feitas de forma diferente. 


Atualizado às 21:55h

O navio graneleiro OS35 carregado com barras de aço, colidiu na baía de Gibraltar com o navio Adam LNG. Encontra-se a afundar tendo sendo pedido pelas autoridades portuárias que se desloca-se para mais próximo de terra de forma a poder afundar e ficar com a parte submersa a tocar num fundo a pouca profundidade de forma a poder facilitar um eventual resgate. Mais desenvolvimento e informação devem aparecer nas próximas horas na comunicação social e aqui neste blogue através de um shipspotter amigo residente em Gibraltar, kite.observer.


O Adam LNG, o navio com o qual chocou o OS35.
Fotos: kite.observer, Gibraltar shipspotter

Mais alguns aspectos, do acidente ocorrido a noite passada em Gibraltar. Fotos de Kite.observer



O Adam LNG.






A zona do ADAM LNG, onde se deu o embate

Monday, November 29, 2021

Chemical Master

Chemical Master, o navio que teve um acidente grave a bordo, ao largo de Portugal, do qual resultaram mortos. O navio encontra-se agora fundeado no rio Tejo, aguardando reparações. Segundo a comunicação social o navio sofreu um incêndio na casa das máquinas. Foi dado o alerta e pedido de socorro quando navegava a cerca de 25 milhas náuticas a Sul do Cabo Espichel. Foram evacuados 2 homens por via aérea, que vieram a falecer tendo o seu óbito sido declarado na chegada ao hospital, supondo-se que tenha tido origem na inalação de fumo. O acidente podia ter tido consequências bem mais graves, visto que este é um navio de transporte de mercadorias perigosas, nomeadamente ácidos altamente inflamáveis.

Wednesday, March 31, 2021

Acidente na ponte 25 de Abril

O navio graneleiro Ionic Hawk, embateu esta tarde no pilar Sul da ponte 25 de Abril. O navio precedente de Casablanca, devia ter fundeado no Quadro Ocidental do porto de Lisboa, para efectuar um reabastecimento. Não conseguiu efectuar essa manobra e acabou por embater no pilar Sul da ponte 25 de Abril, tendo avançado para montante. Posteriormente regressou ao fundeadouro onde deveria ter lançado âncora, a jusante da ponte. Aí foi submetido a inspecções segundo a informação da Autoridade Marítima Nacional. Pelo estado do casco do navio e pela sua bandeira, este tipo de acidentes são de prever. A bandeira das ilhas Marshall significa que a tripulação que opera o navio é mal paga e os tripulantes são tratados como escravos pelos seus patrões. Logo os resultados são acidentes deste tipo com maior frequência. O péssimo estado de conservação do casco do navio também indica uma poupança excessiva na manutenção e cuidado com o navio, pelo que neste incidente a culpa deve recair sobre quem autoriza que este tipo de situações aconteça.

O bolbo do navio, a zona que embateu na ponte. Aparenta estar não danificado pela foto registada depois do incidente.

Apesar de maltratado o Ionic Hawk tem um esquema de pintura do costado, bastante bonito. É um navio de 2012, com 22432 t GT, com 180 m de comprimento e 30 m de largura. Navega com o IMO 9608673 sob uma bandeira de um país que permite que os tripulantes a bordo trabalhem e sejam escravizados. Situação que nem deveria ser permitida. As bandeiras que permitem a escravidão a bordo deviam ser eliminadas dos mares.

Segundo o comunicado da Autoridade Marítima Nacional a ponte não sofreu danos, tal como era de esperar, pois está construída para resistir a choques de navios sem que a sua capacidade resistente estrutural seja afectada. Para aqueles que não sabem ou desconhecem, a base dos pilares da ponte possui um maciço de betão que é bem visível desde as margens do rio, cuja função, além de toda a componente relacionada com a hidráulica é assegurar que um embate de um navio não cause danos na ponte. Está construída de modo a que numa situação destas o navio "afunde" e a ponte continue cumprindo a sua função.

A base dos pilares da ponte 25 de Abril, ao nível da linha de água, comparada com um navio de grandes dimensões que por ali navegam. Registo do dia anterior ao incidente.

Esta situação é semelhante àquela dos armadores nacionais que registam os seus navios na ilha da Madeira e vendem isso nos meios de comunicação social privados, como se fosse uma coisa boa para o país. Na verdade o registo de navios na Madeira também permite umas leis laborais que facilitam o esclavagismo a bordo de navios, incluindo navios de passageiros. Significa que conseguem mais lucros à conta do trabalho dos seus empregados, e fogem aos direitos laborais dos mesmos. O Ionic Hawk tem prevista a sua saída de Lisboa, amanhã após reabastecer. A mesma deverá acontecer caso o navio não possua nenhum rombo no casco que o impeça de navegar.

Thursday, April 2, 2020

RCGS Resolute

O RCGS Resolute, para quem segue os navios é apenas o pequeno e malfadado ex-Hanseatic, embora agora esteja a atravessar uma situação difícil nas empresas suas operadoras e nos últimos tempos tenha estado envolto em algumas polémicas que em nada lhe dão bom nome no mercado, apesar de ser um excelente navio. Certamente que o final da sua carreira pode estar a aproximar-se em passos muitos largos. De Português apenas tem a bandeira no mastro de popa. Significa isso que pagaram para utilizar a nossa bandeira e Portugal assim o permite em troco de dinheiro. O que é certo é que agora as questões burocráticas irão envolver Portugal, uma vez que o registo do navio assim o obriga. Já recentemente os E.U.A. também ponderaram enviar os navios que se encontravam fundeados nas suas águas, para os respectivos países de registo. Estes navios têm a bordo doentes e mortos, com Covid-19. Encontram-se a aguardar autorização para entrada nos portos Americanos, de onde alguns tinham saído e onde é normalíssimo operarem. Parece que entretanto já alteraram a situação, mas dá para entender que os países de registo permitem "lavar as mãos" em algumas situações. 
A proa do Resolute sem estragos, após à chegada ao Curaçao.
Das várias versões que circulam sobre o acidente a mais engraçada é a que diz que se tratou de um acto de pirataria, o que não deixa de ser irónico, pois o navio provocou mesmo um naufrágio. Segundo uma versão mais credível, o navio encontrava-se em águas internacionais a pairar enquanto reparava um motor, quando foi abordado por um navio de guerra de um país da América Latina e aí as versões divergem, porque cada um dos lados da história diz que foi atacado. A verdade é que o casco à prova de gelo do RCGS Resolute foi mais forte e venceu. Quanto ao resto os tribunais irão apurar a verdade. É para isso que servem os tribunais nos países onde reina a Democracia. A notícia foi engraçada uma vez que até de "lancha" os jornalistas apelidaram o outro navio que se afundou.
RCGS Resolute, ex-Hanseatic, nesta fotografia, numa das suas passagens por Lisboa, com este nome.

Saturday, March 10, 2018

Ainda o Betanzos

Mais algumas fotos do navio Betanzos que encalhou na foz do rio Tejo, devido a uma falha total de energia. Tal como os automóveis os navios também avariam, o Betanzos teve uma avaria e como não tinha meios de se movimentar sozinho foi empurrado pelas ondas para um banco de areia onde permanece. Nos últimos dias o Betanzos tem constituído motivo de romaria para curiosos e para fotógrafos anónimos os chamados "papa-likes" das redes sociais.
O Betanzos é um pequeno cargueiro de carga geral. Tem 118 m de comprimento, 15,2 m de largura e 7,05 m de calado. Navega sob o IMO 9263552. 

Tem 7875 t, e foi construído em 2002 no estaleiro Bodewes na Holanda. Até Outubro de 2017 navegou com o nome Vasadiep. 
O Betanzos fotografado como Vasadiep no porto de Aveiro em 2010.
Atualmente navega com bandeira Espanhola, pela Navigasa - Naviera de Galicia (sedeada na Galiza), daí o seu nome ser de uma localidade daquela região. Tem registo em Santa Cruz de Tenerife. 

Thursday, March 8, 2018

Betanzos

Betanzos é um localidade na província da Coruña, Norte de Espanha...mas é também o navio mais famoso dos últimos dias no Tejo. 
Este navio, ex-Vasadiep, encontra-se encalhado na barra Sul da saída do rio Tejo. Foi ali parar após um blackout, que sofreu após a saída do Porto de Lisboa, pela 01h da manhã do passado dia 6. O navio sem propulsão e forma de governo foi levado pelas ondas para os bancos de areia que se formam a Sul do farol do Bugio e que fazem com que este seja apenas contornado por Sul por pequenas embarcações e não navios de grandes dimensões.

Após várias tentativas para libertar o navio do banco de areia onde se encontra encalhado, através da utilização de rebocadores, hoje devido a uma previsão de agravamento do estado do mar, a tripulação foi evacuada por medida de precaução. Logo que as condições de mar sejam favoráveis irão ser retomadas as tentativas para libertar o navio e a tripulação regressar ao mesmo se o seu estado assim o permitir.
Apesar de não serem as melhores condições nem as que mais gosto registei a evacuação da tripulação do navio pelo helicóptero da Força Aérea Portuguesa, operação que pareceu decorrer na normalidade e que provou uma vez mais a elevada eficácia da Força Aérea Portuguesa para este tipo de ajuda aos marítimos que tão frequentemente executa nas águas sob jurisdição Portuguesa e possui elevadas taxas de sucesso, salvando dessa forma centenas de vidas anualmente.