Estreia do Queen Anne em Lisboa

Depois de nos termos cruzado com ele ainda em fase quase inicial de construção em Outubro de 2022 (veja aqui), hoje acabou por se estrear em Lisboa o Queen Anne, na sua viagem inaugural. O novo navio da Cunard é o quarto navio da classe Pinnacle na qual estão 3 navios da Holland America Line (Konigsdam (2016), Nieuw Statendam(2018) e Rotterdam(2021)) e  está a efectuar a sua viagem inaugural com passageiros. 

Uma viagem de 7 noites com saída e chegada a Southampton, com escala apenas em La Coruña na descida, e Lisboa. De Lisboa, saiu hoje por volta das 19h om destino a Southampton novamente.

O Queen Anne no cais de Santa Apolónia. Foto de Rui Agostinho.

A Cunard mantém a tradição nomeando este navio com nome de uma Rainha. Foto Rui Agostinho

É um navio de 2024, com 322,51 m de comprimento, 35,60 m de largura e 113.000t GT. Navega com registo em Hamilton e com o IMO 9839399. Foi entregue pelo estaleiro a 24 de Abril último. De Itália rumou a Southampton e no dia 3 de Maio iniciou a atual viagem, com passageiros. Tem uma capacidade máxima de 2996 passageiros e 1225 tripulantes.    

A popa onde é notório os traços que definem a Classe Pinnacle. Foto de Rui Agostinho.

Fenno Swan

O Fenno Swan deixando Lisboa muito de mansinho, onde esteve fundeado depois de ter deixado o porto de Aveiro (Bondalti) com destino a Wilmington nos EUA. Este navio tanque da Dinamarquesa, Uni Tankers é um navio tanque do tipo tanque químico, ou seja transporta produtos que podem ser altamente nocivos para o meio marinho. Contudo milhares de navios deste tipo navegam diariamente sem qualquer tipo de incidente ou acidente grave, devido às elevadas medidas de segurança que possuem para evitar contaminação e derrames. Muito provavelmente este navio pode transportar ácido clorídrico ou outro ácido que pode ser utilizado nas indústrias mais pesadas como a metalúrgica como na indústria alimentar e farmacêutica. Como estes navios podem transportar muitos produtos químicos para as mais diversas áreas, são simplesmente conhecidos como navios tanque químicos. Operam normalmente e apenas nos terminais de armazenagem a granel de grandes empresas produtoras ou transformadoras químicas, sendo posteriormente as cargas fracionadas e transportadas via terrestre até aos destinos finais, embora muitas vezes o processo de transformação destas matérias primas ocorra próximo das zonas portuárias e dos terminais marítimos.

Sun Princess em Galataport

O novíssimo Sun Princess atualmente o navio almirante da Princess Cruises atracado no dia de hoje no terminal de Galataport (Istambul-Turquia). Este terminal é conhecido por ser o primeiro terminal a nível mundial com a gare de passageiros situada abaixo do nível do solo. Este porto localizado no centro da cidade tem a particularidade de ter uma vedação móvel, que é movida através de braços hidráulicos. É içada nos dias em que existem navios no cais e é colocada ao nível do pavimento quando não existem navios no cais, o que torna o espaço do cais acessível à população em geral, que dessa forma pode aproveitar a proximidade com as águas do Bósforo e observar a restante navegação de travessia de um dos estreitos mais famosos do Mundo.

Viking Neptune

Registo da saída do Viking Neptune no passado dia 1, do porto de Lisboa, menos de um ano depois de se ter estreado neste porto (veja aqui). O navio saiu com destino a Leixões, posteriormente seguiu viagem para a Coruña. Este navio tem apenas 2 anos. 

Navega com o registo de Bergen, um registo raro nos navios de cruzeiros e com o IMO 9845910. Tal como os seus 8 irmãos, o Viking Neptune tem 227 m de comprimento, 32 m de largura e 6,7 m de calado. Tem 465 camarotes que podem acolher até 930 passageiros, fazendo dele um navio de média dimensão. Por curiosidade tem como madrinha a astronauta norte americana, Nicole Stott.

Plantijngracht

O navio de carga geral Plantijngracht que veio ao Tejo reabastecer para depois seguir viagem rumo ao Canadá com uma carga especial a bordo. Repare-se no pormenor da terceira grua a bordo, para permitir o carregamento de cargas para bordo em condições especiais. O Plantijsgracht é um navio de 2010, com 169 m de comprimento e 25 m de largura. Foi construído para a Beluga projects, tendo posteriormente passado para a frota da Hansa e agora está na Spliethoff, menos conhecida que as duas empresas anteriores. Empresas de transportes especiais por via marítima.

Desconhece-se do que se trata a carga do navio, apenas se sabe que se destina ao Canadá.

Acima o Sacor II abastece o navio de carga geral, com um meio fabril a servir de pano de fundo. Abaixo mais um registo da envolvente portuária e as pessoas, com o navio graneleiro Lila Houston atracado no terminal de Alcântara.

Furnas

 

Mais um registo do Furnas, deixando Lisboa rumo aos Açores com contentores e veículos. Uma vez mais um ferry seria tão melhor opção do que este tipo de navios que já estão desadequados face ao tipo de serviço que prestam. É urgente os portos nacionais atualizarem-se e inclusive os operadores também, para que possam servir melhor as ilhas e não apenas a continuar a tirar lucros desmesurados sem olhar aos meios.

Grand San Paolo

A Grimaldi recentemente trouxe a Lisboa, 2 dos seus navios mistos. Nestas fotos fotos vemos o segundo deles a realizar escala o Grand San Paolo, com uma carga mista completa.

O San Paolo é um navio com 214 m de comprimento e 32 m de boca, com 21 anos de idade que navega com a bandeira Italiana e sob o IMO 9253208.

É o tipo de navio que por exemplo poderia ser adoptado na ligação com as ilhas Portuguesas, uma vez que exclui o transporte de passageiros e assim ainda podia continua o monopólio das companhias aéreas no assalto a todos os que querem visitar as ilhas portuguesas.

Seabourn Ovation

Outro dos navios que visitou Lisboa na passada sexta-feira dia 26, foi o Seabourn Ovation, registado no momento em que deixava o piloto em frente ao Cristo Rei. O Seabourn Ovation é irmão gémeo do Seabourn Encore, que já fez escalas em Lisboa e que poderá ver no seguinte e link aqui.

Ventura descendo o Tejo

O Ventura realizou mais uma escala em Lisboa, na passada sexta-feira dia 26. O navio que há 16 anos visita Lisboa, já vai apresentando alguns sinais que lhe marcam as milhas navegadas ao longo destas quase 2 décadas de mar.

A chaminé azul com o logo da P&O Cruises, companhia que muito provavelmente detém o recorde de escalas em portos nacionais.

Antarctica Cruises, de passagem por Lisboa

Dois dos navios operados pela Antarctica Cruises, de regresso à Europa, efetuaram uma paragem técnica em Lisboa, basicamente para abastecimento e prosseguiram as suas viagens de Montevidéu para o Norte da Europa.

O primeiro a escalar Lisboa foi o Ocean Albatross que atracou no cais da Rocha onde o Rui Agostinho o fotografou, nos dois registos acima. O navio esteve em Lisboa umas horas na segunda-feira dia 22 de Abril. Já o Ocean Victory, visitou Lisboa, na sexta-feira dia 26 e esteve fundeado no quadro central, numa escala técnica apenas para abastecimento de combustível. Saiu pelas 18 h atrás do Norwegian Viva.

O registo destes navios é especial devido a serem dos poucos navios com proa do tipo x-bow, a operarem como navios de cruzeiros. Tipicamente estes navios operam em condições muito difíceis mas em tarefas de trabalho, não propriamente para passear turistas pelos mares gelados dos pólos.