Foram necessários 7 anos, para este navio chegar a Lisboa pela primeira vez. O Norwegian Getaway, faz parte dos navios cujos destinos não passam pelos portos Portugueses, excepto em viagens de reposicionamento ou ocasionais, como esta. Navio de 2014, com 145655 t GT. Mede 326 m de comprimento por 44 m de largura. Navega com o IMO 9606924 e com registo em Nassau, um dos velhos registos internacionais de navios.
Nassau, o paraíso fiscal que permite o esclavagismo a bordo de navios, está escrito de forma bem minúscula no casco desde navio de luxo, apenas porque as leis marítimas internacionais assim o obrigam.
Os parques de diversões que fazem lembrar os estaleiros de construção com macaquinhos ali pendurados, fazendo macaquices. A essência dos cruzeiros, o contacto com o mar, vazio e natureza, perdeu-se há alguns anos, ao ponto de agora existirem este tipo de aberrações montadas em navios.
A chaminé curta, que não abona a favor de um navio cheio de pequenos "se's" estéticos. E mais uma montagem de tubos por onde passam os dejectos da actual sociedade.
A pintura do casco, sujidade feita por David Le Batard, que deixou lá ainda escrito Lebo. Uma constante nos navios da Norwegian Cruise Line nos últimos anos, a sujidade que serve de decoração dos seus cascos.
A pintura mais bonita e que ainda se consegue aproveitar no meio de tanta falta de jeito.
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Seres vivos que às cinco da tarde se preparam para ir dormir com o horizonte mais aberto. Estranho, mas habitual em navios de cruzeiros. |
A imitação de um boneco feito por uma criança de 5 anos, talvez seja essa a mensagem que o David que sujou o casco com isto queira transmitir.
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Fomos vistos... |
Cada pássaro na sua gaiola...
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O novo acesso ao rio gerido pela autarquia local, cheio de seres vivos que se deitam no chão porque faltam bancos neste espaço. |
E assim foi a primeira escala deste navio cheio de coisas novas para se ver e registar, no porto de Lisboa.