Monte Urquiola

 

O gigante navio com registo na Madeira, Monte Urquiola. O petroleiro de construção Espanhola (Navantia, 2019), faz parte de um grupo de 4 navios petroleiros construídos em Espanha e os maiores navios construídos neste país nos últimos 20 anos. É parte da frota do grupo Espanhol Ibaizabal. Pode ser um sinal do renascer da economia europeia, face ao ataque feroz das economias asiáticas e o entender que construir fora nem sempre é a melhor opção mesmo que seja mais barato.

Este navio é um petroleiro do tipo Suezmax. Tem 274 m de comprimento, 48 m de largura, um calado de 23,7 m e 82908 t GT. Navega com o IMO 9803273 e com a bandeira de Portugal, registado na Madeira.

A escada quebra costas do piloto, que segundo as normas marítimas exige portaló face à altura a vencer.

O casario separado da exaustão. Com estas dimensões mais parece um hotel, para a tripulação.

A origem do nome está numa montanha situada no País Basco, que se chama Urquiola.

Negra Matea

Negra Matea, o petroleiro venezuelano que segundo a comunicação social se encontra arrestado no estaleiro da Lisnave, já há alguns anos. Desde 2018 mais precisamente que este navio começou a aparecer nos jornais nacionais e até venezuelanos com essa indicação. O navio de 183 m de comprimento e com 24 anos de idade, encontra-se atracado a um dos cais da Lisnave. Tem 32 m de largura, e navega com o IMO 9117507. 

Ao lado do Hamburg, partilhando o mesmo pontão cais.

Morviken

No dia de hoje, o porto de Lisboa, dava conta na sua página oficial do facebook do aumento do número de navios que têm vindo a Lisboa com o único intuito de abastecer. Por acaso na última semana tinha reparado no mesmo, pois nos últimos tempos o quadro central e toda a zona a jusante da ponte 25 de Abril tem servido de "bomba de gasolina", para navios de grande dimensão nos quais se destacam os petroleiros, um tipo de navio que em Lisboa não é frequente, devido ao facto de não existirem terminais petrolíferos de grande dimensão, neste porto. Só na última semana pode-se contar 11 movimentos neste porto pelo mesmo motivo. O principal motivo desse aumento ainda é desconhecido, mas poderá estar relacionado com algum aumento de preço dos combustíveis nos portos a Norte de Lisboa, ou então apenas com tempos de espera que em Lisboa, por esta altura ainda é reduzido ou quase inexistente.

O que estas escalas, sempre curtas proporcionam são boas oportunidades para registar navios que possivelmente nunca mais voltarão a Lisboa, e cuja escala se torna única. Assim e sempre que possível é de aproveitar para ver navios diferentes, nomeadamente navios tanque ou graneleiros, e de portes bastante consideráveis que se equiparam aos maiores navios de cruzeiros que visitam Lisboa.

Foi o caso do Morviken, um navio petroleiro do tipo Suezmax,

com bandeira Norueguesa que veio ao Tejo abastecer tendo fundeado ao largo da Trafaria, bastante próximo aos silos ali existentes. Chegou no domingo de manhã e saiu na segunda-feira ao final do dia com destino incerto, provavelmente a aguardar fretes, mas navegando em direcção a Sul, na costa de Marrocos. Este navio tem 158000 toneladas distribuidas em 274 m de comprimento e 49 m de largura. Foi construído em 2018 nos estaleiros da Samsung. É propriedade da companhia Norueguesa com sede em Bergen, Viken Crude AS. Navega com o IMO 9817494 e o seu calado pode atingir os 23,3 m.

Lisnave

Registo de um, das dezenas de navios que anualmente são reparados no rio Sado, mais propriamente no estaleiro da Lisnave na Mitrena. Neste caso trata-se do Ridgebury Katherine Z com registo em Majuro, um pequeno Atol no meio do oceano pacífico que é bastante vulgar aparecer no casco dos navios mercates. Muito provavelmente serve para lavagens de capitais fora do espaço Europeu, facilitando com o contorno da legislação marítima internacional e proporcionando boas condições de esclavagismo de tripulações. O Ridgebury Katherine Z é um navio tanque químico construído em 2009. Tem 183 m de comprimento e 32,24 m de boca. Ostenta 50215 toneladas e navega com o IMO 9439797. Anteriormente ostentou o nome Yasa Marmaris tend operado por essa companhia Turca e ostentado bandeira Turca. Como curiosidade o Z do nome do navio deriva do fundador da companhia Ridgebury tankers, o senhor John Zipser e Katherine o nome da sua esposa. 

Também na Lisnave encontramos esta estrutura em construção que se supõe que seja a base flutuante das turbinas eólicas de produção de energia em alto mar, de um parque eólico a instalar ao largo, no Norte de Portugal (Aguçadora, Viana do Castelo). Parque esse ao qual se iniciam os trabalhos de delimitação marítima e criação de zona de navegação proibida, por estes dias. Este projecto é pioneiro e 100% Português, pelo facto de ser criado com o recurso a um gerador flutuante. Os existentes atualmente um pouco por várias partes do Mundo encontram-se acoplados a estruturas fixas no fundo marítimo. (mais info aqui)