Fogareiro Aquático

Mais um registo daquilo em que se transformou o nosso país, nos últimos anos, um enorme parque de diversões para servir os terroristas, em que até as embarcações particulares foram transformadas em "fogareiros aquáticos".

Super Iates

Não sendo dos meus tipos de navios preferidos, os iates apenas ganham interesse quando começam a ganhar dimensão. É o caso do iate Luminosity, do Olivia O e do veleiro Black Pearl avistados atracados na marina de Porto Montenegro, uma das marinas do Adriático frequentada por superiates, que por ali passam largas temporadas. O Luminosity é um iate de 2022 com bandeira das ilhas de fuga fiscal, Cayman. Tem 105 m de comprimento por 18 m de boca. É um iate com propulsão hibrida. Tem o IMO 9754032. 

Já o Olivia O, é um iate com o IMO 9818797. Tem 4 anos de idade e navega com a bandeira de Malta. Tem 88 m de comprimento e 16 m de largura. Tem a particularidade de possuir uma proa do tipo X-Bow, característica dos navios dedicados à exploração dos oceanos e patenteada pelos estaleiros Ulstein.

Já o Black Pearl é um iate do tipo veleiro, que pode ser comparado na foto acima com um iate veleiro de dimensões mais usuais. O Black Pearl estava de passagem por esta marina para entrar em manutenção na doca flutuante do estaleiro Adriatic 42, que possui acordos com esta marina para manutenção destes superiates.

O Black Pearl tem o IMO 1012490, 105 m de comprimento e 16 m de largura. É um dos maiores iates construídos nos Paises Baixos. Destaca-se pelos seus enormes mastros em fibra de carbono que lhe proporcionam uma área vélica de 2900m2. 

Steel, o reencontro

Depois de em Julho último ter mostrado as fotos da largada do iate Steel, ver aqui, voltei a cruzar-me com ele, desta vez na marina de Portonovi no Adriático. O Steel encontra-se atracado nesta marina destacando-se dos restantes por ali se encontram também atracados.

Será o iate da Barbie ou do Ken?

Lady Moura

Tem despertado as atenções, fundeado no Tejo o iate Lady Moura. Faz parte dos 100 maiores iates a nível mundial ocupando os quadragésimos lugares, o iate de Ricardo Salinas, um bilionário Mexicano, que esteve de férias a bordo, em Lisboa, onde até aproveitou para se divertir a andar de autocarro em Sintra, numa visita ao Palácio da Pena.

O Lady Moura tem 105 m de comprimento, 19 m de boca e 5,5 m de calado. Tem casco de aço e foi construído em 1990 nos estaleiros Alemães Blohm+Voss. O seu primeiro proprietário foi o Árabe Nasser Al-Rashid, antes de ter caído da nona para a quadragésima oitava posição do ranking mundial dos maiores iates do mundo. Os destinos onde costuma estar atracado centram-se no Mónaco, Palma de Maiorca, Denia e Porto Cervo em Itália.

Ficará no Tejo até ao primeiro dia de Setembro, antes de seguir viagem para Gibraltar, o navio com o IMO 1002380 e com registo nas Bahamas.

Blaus Plus

O iate particular Blaus Plus, navegando ao largo do Guincho com destino a Sansenxo, em Espanha. Apenas num dia este iate navegou a costa Portuguesa toda, a todo o vapor. Chegou a atingir velocidades de 25 nós. Saiu da marina de Vilamoura por volta das 4 h da manhã, fez escala de uma hora na marina de Cascais, entre as 11 e 12 h e pelas 23:59 h atracou em Sansenxo.  Parece que as férias chegaram ao fim para alguém...

O Blaus Plus é um iate de 2001, em fibra de vidro modelo Princess 22, projecto do estaleiro Escocês Marine Projects. Tem 5,71 m de boca e 1,45 m de calado. Tem 47,5 t e dispõe de 4 camarotes com capacidade para 8 pessoas.

Iate Stormborn

Depois de um tempo de ausência significativa de presença de iates em Lisboa, ontem foi a vez deste porto receber o Stormborn, um iate de 47 m que para cá veio e tem a intenção de por aqui ficar até ao próximo dia 31 de Outubro. A tripulação aproveitou a presença em cais para retirar a água salgada da viagem entre Gibraltar e Lisboa. Este é um iate de 2007, com 499 t GT, capacidade para 19 pessoas (9 tripulantes e 10 passageiros), construído na Holanda e registado nas ilhas Cayman. Pelas medidas em torno do iate, presume-se que a escala esteja condicionada apenas a abastecimento e descanso da tripulação no interior do iate. É a primeira escala de iates, em Lisboa, após a tomada de medidas de incentivo ao regresso à normalidade económica em tempos de Covid.

Marina da Expo

A draga Odin operando na entrada das comportas da marina

Esta marina é uma herança da Expo 98, exposição que se realizou nesta zona da cidade e que pretendia dotar esta zona de uma infraestrutura para acolher centenas de embarcações. Tal nunca aconteceu, uma vez que desde cedo esta marina apresentou alguns problemas bem visíveis aos olhos de quem por lá passa, como seja o excesso de sedimentos que chega ao limite de extinguir locais de atracação de embarcações.

Esta é uma das cinco marinas da cidade de Lisboa. Situa-se mais a montante do rio Tejo, face às restantes. É considerada uma marina nobre por se situar numa zona cara da cidade em termos imobiliários, tal como é normal em infraestruturas deste tipo, contudo em termos de embarcações e para quem gosta de shipspotting, não é das melhores para se fotografar embarcações, na região de Lisboa. Apesar do acesso ser fácil e a obtenção de fotografias estar facilitada pela ausência de vedações ou obstáculos visuais que impeçam a visualização das embarcações ali atracadas. Oficialmente chama-se Marina Parque das Nações e é triste o estado em que se encontra face ao que foi sonhado para a sua utilização, obra que inclui passagens em pontes móveis, sistemas de comportas, edifícios flutuantes, entre outros serviços essenciais de qualquer marina.

Ao fundo consegue-se visualizar o Santa Maria Manuela no Cais do Oriente, parte desta marina.

Yacht Yas

Uma escala de 3 dias para o iate Yas em Lisboa, no que se supõe ser uma paragem para descanso da tripulação. Um iate bastante conhecido pelos amantes de iates, devido ao seu design  inovador e pelo facto de ser uma antiga fragata Holandesa reconvertida em iate. 

Trata-se da antiga fragata HNLMS Piet Hein (F811) de 1978. Saiu de serviço da Marinha Holandesa em 1998 quando foi vendida para a Marinha do Emirados Árabes Unidos recebendo o nome Al Emirat. Em 2008 saiu de serviço e em 2009 começou a ser convertida para o actual iate e com o aspecto atual. Atualmente é um iate privado, com registo em Geoge Town (Ilhas Cayman).

 A piscina vazia e o mobiliário arrumado e protegido evidenciam que esta pode ser apenas uma viagem de posicionamento.

Um pormenor interessante a escadaria de acesso aos pisos superiores, bem bonita e igual à que se chegou a pensar em colocar no paquete Funchal.

A chaminé escondida no mastro principal acaba por sujar parte do iate

Grandes superfícies curvas de vidro espelhado caracterizam o design diferenciador deste iate.