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Tuesday, April 18, 2023

Muleta - Álvaro Velho

Não se pode ficar indiferentes à beleza da Muleta da Câmara Municipal do Barreiro, que se tem feito mostrar pelo rio Tejo, na zona de Lisboa. Abaixo um pequeno texto com a descrição das Muletas presente no site da Autarquia.


Desde tempos ancestrais que o Tejo se povoou de barcos numa azáfama de aproveitamento de ventos, marés e correntes, quer no transporte de mercadorias entre as duas margens quer no labor da pesca.
Uma das embarcações usadas nessa atividade foi a Muleta do Tejo, também denominada como “do Barreiro” ou “do Seixal”, e considerada por muitos como a mais extraordinária embarcação tradicional portuguesa. Este barco de pesca é arcaico na forma do casco aparentando ter origem no Mediterrâneo Oriental, de proa proeminente redonda, bélica no aspeto, onde ostenta pequenos esporões, e de popa fortemente encurvada. Apresenta um casco chato mas arqueado no sentido longitudinal. Apesar da sua estranha aparência, a muleta é uma embarcação altamente equipada para a pesca e é perfeitamente adaptada ao seu trabalho em que uma campanha de 15 homens, dirigida por um mestre e dois moços auxiliares, empregam a tartaranha rede de arrasto e de alar, mas também aplicavam redes à deriva dentro do estuário e fora da barra. Arvora um só mastro inclinado para a proa onde cruza a verga para uma grande vela latina, o resto do seu equipamento de velejar dava-lhe uma enorme propulsão, dois panos na ré e seis na proa que compensam mantendo a muleta atravessada para arrastar. Operava dentro do estuário do Tejo da foz até ao mar da palha, e fora do Tejo percorria o espaço entre os dois cabos, o Espichel e o da Roca.

Álvaro Velho terá nascido no Barreiro e fez parte da expedição que descobriu o caminho marítimo para a Índia.




O controlo do leme, com uma postura de manequim.

Tuesday, September 6, 2022

Salvaram-me e Gavião dos Mares

 

Alguns pormenores da canoa do Tejo, com o nome Gavião dos Mares a partir da canoa Salvaram-me.


Estas duas embarcações são típicas do rio Tejo, que agora efetuam cruzeiros no rio. São parte do espólio vivo do Museu de Marinha Nacional. São propriedade de particulares sobretudo com origens na margem Sul do rio Tejo, de onde são originárias estas embarcações que remontam ao início das travessias do Tejo por motivos comercias com a cidade de Lisboa.


Um dos cruzeiros mais solicitados é o cruzeiro do Pôr do Sol e que está tendo bastante sucesso entre os turistas que visitam Lisboa.
Recomendo que caso esteja a pensar fazer um cruzeiro no Tejo possa escolher este tipo de embarcações para viajar. Irá certamente experienciar uma viagem diferente e ficar a conhecer um Tejo desconhecido para a maioria dos habitantes da margem do Rio, assim como ficar a conhecer uma história marítima que desconhece.
Pormenor da pintura manual dos cascos das canoas com a multiplicidade de cores
As velas abertas e os motores desligados são o momento considerado o ponto alto da viagem, aquele em que só se ouve o barulho da água a bater no casco e o vento nas velas.

Sunday, August 28, 2022

Embarcações tradicionais do Tejo

Com o turistas em alta em Lisboa, as embarcações tradicionais do Tejo voltaram a navegar pelo rio. Ao menos que assim seja, mostrando Lisboa aos turistas em embarcações típicas ao contrários dos triciclos do Oriente que proliferam nas estradas da Capital de Portugal.