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Friday, December 9, 2022

Portuense

O barco Portuense, com a matrícula P-230-AL, construído em Aveiro, é um falso rabelo. É uma embarcação construída apenas com a finalidade turística, com capacidade para transportar 45 passageiros, num casco de aço ao contrário dos tradicionais rabelos com casco em madeira. Tem 4 m de boca, 19 m de comprimento e um calado de apenas 0,60 m. Destina-se apenas ao transporte de turistas no rio Douro, imitando uma embarcação tradicional, os rabelos que antigamente serviam para transportar o vinho do Douro até Gaia. Além do Portuense, existem ainda mais alguns falsos rabelos que navegam no Douro. São bastante fáceis de identificar, uma vez que possuem cascos em aço e não em madeira como os tradicionais. Além disso possuem mais comodidades para o fim a que se destinam, transporte de turistas.

Saturday, November 26, 2022

Andorinha e Queen Isabel

O Andorinha e o Queen Isabel atracados na Régua na operação do Verão passado. Dois dos mais recentes navios que operam no Douro, o Andorinha, navio de 80 m de comprimento entrou ao serviço em 2020. Encontra-se ao serviço pela Tauck, no Douro.

O Andorinha à esquerda e o Queen Isabel à direita, com a Régua como pano de fundo à fotografia.

Monday, August 29, 2022

Pirata Azul no Douro

 

O Pirata Azul, é sem sombras de dúvidas um dos meus navios preferidos. Desde que deixou a Madeira e foi navegar no rio Douro, ganhou vida e continua embelezando o Douro e proporcionando viagens inesquecíveis a todos aqueles que querem conhecer o Douro a bordo deste veteranos dos mares e rios.

Se não conhece este navio releia toda a sua história, mais abaixo. Nestas imagens vêmo-lo a manobrar para atracar no Cais de Cambres e abastecer combustível antes de iniciar mais um cruzeiro com início no cais da Régua.

Pirata Azul, toda a história
Blauer Pirate, você conhece este navio? Não? E se lhe perguntar pelo Pirata Azul já conhece?
Pois saiba que Blauer Pirate foi o nome de construção deste navio em 1968, nos estaleiros Norderwerft Johann Rathje Koser, em Hamburgo, Alemanha.
Teve o número de casco 865. Foi lançado à água a 18 de Junho de 1968 e estava terminado a 3 de Julho do mesmo ano, ou seja apenas 16 dias depois. Atenção, não foi construído em apenas 16 dias, estes dias decorreram entre o seu lançamento à água e o fim dos trabalhos de construção.
Quando o navio foi lançado à água muitos destes trabalhos já estavam concluídos. Recebeu o número IMO 6819776 e a bandeira Alemã com a qual navegou até 13 de Setembro de 1971. Foi construído com três motores Kloeckner-Humboldt-Deutz ligados a três veios de propulsão que lhe conferiam uma velocidade de 23 nós.
Mas estes deram imensos problemas e na maior parte das vezes o navio apenas utilizava dois motores reduzindo assim a sua velocidade para 16 nós. Tinha, aquando da sua construção, 37,69m de comprimento, 6,51m de boca e 1,55m de calado. Tinha 175 toneladas brutas e capacidade para 240 passageiros.
Entrou ao serviço da Insel-Schnellverkehr Reederei GmbH nas rotas entre Accumersiel e a ilha Alemã de Wangerooge, e entre Norderney e Helgoland. Efectuou também serviços entre Wangerooge e Helgoland. Manteve-se nestas linhas até Maio de 1971, de vez em quando apresentando problemas com o terceiro motor. Em Abril de 1970 foi fretado pela Flensburg Flensburg GmbH & Co, Personenschiffahrt por 1 mês para operar no fiorde de Flensburg, no limite entre a Alemanhã e a Dinamarca. No mesmo ano, mas no mês seguinte, Maio, é fretado desta vez pela Sund-Linien Gefion, de Copenhaga (Dinamarca). Efectua a rota entre Halmstad na Suécia e Copenhaga (Dinamarca).
Nesta rota muda de nome para Lady Judy. Em Setembro de 1970 ainda a operar pela mesma companhia, mas na rota entre Malmo (Suécia) e Copenhaga, sofre um incêndio que destruiu a sua casa das máquinas e salão dos passageiros. Daqui foi rebocado para Bremerhaven, para o estaleiro Gesellsch, onde foi reparado e recuperado. Aqui terminou o serviço pelo seu dono a Insel-Schnellverkehr Reederei GmbH, sendo vendido a 13 de Setembro de 1971 para a Companhia Nacional de Navegação, que tinha planos para o utilizar em cruzeiros diários no Algarve. Foi de imediato renomeado Pirata Azul, o nome Português mais semelhante à sua anterior nomenclatura.
Quando chegou a Portugal um dos motores e subsequentemente uma hélice também foram retirados e passou apenas a dispor de dois que lhe conferem 1500Cv. Estas mudanças aconteceram no, hoje, estaleiro da Naval Rocha. Nesta fase ostenta a bandeira Panamiana, durante todo o período em que esteve em estaleiro, desde o dia 13 de Setembro até 18 de Maio de 1972.
Contudo os planos para utilizar o navio no Algarve falharam e o mesmo foi vendido a 24 de Março de 1974 ao empresário Madeirense José Maria Branco. Foi abatido ao afectivo da Companhia Nacional de Navegação a 21 de Março de 1974. Passou a operar na linha Funchal - Porto Santo. Substituiu nesta linha um anterior navio do mesmo empresário com o nome Milano.
Foi à data um navio que revolucionou o transporte para esta ilha, pois conseguia efectuar a viagem em "apenas" 2:30h, face às 4:30h que demorava o seu antecessor. Actualmente este navio ainda seria considerado veloz se estivesse nesta linha, pois o navio que opera nesta rota actualmente efectua a viagem em 2:15h, ou seja uma insignificância de redução horária em relação aos anos 70.
Mais de 35 anos e a viagem reduziu-se em 15 minutos.
Posteriormente foi vendido ao Governo Regional da Madeira que assumiu a responsabilidade dos transportes marítimos de e para aquela ilha. Contudo este navio apesar de ter sido construído para operar no Mar do Norte, não teve muita afeição por parte dos seus passageiros, que o "acusaram" de ser um "navio de rio", pois comportava-se mal na travessia entre ambas as ilhas, nomeadamente quando deixava de navegar na parte Sul da ilha da Madeira e entrava em Oceano aberto entre as duas ilhas.
Manteve-se a operar até aos anos 80, altura em que apareceram na mesma linha outros tipos de navios mais rápidos. Em 1983, com a compra do navio Independência (atual companheiro de frota na Barcadouro) pelo Governo Regional com o intuito de reduzir os tempos de viagem entre as duas ilhas, acabou por ficar imobilizado, efectuando apenas viagens nas paragens dos outros navios nas reparações anuais, ou então nos períodos de maior afluência de turistas à ilha que entretanto havia sofrido uma enorme procura devido às melhores condições de transporte disponíveis.
Com a chegada a esta linha de navios do tipo ro-ro, este foi mesmo retirado de serviço, e colocado à venda. Permaneceu alguns anos imobilizado no porto do Funchal. A 6 de Maio de 1999 é colocado em hasta pública pela Administração dos Portos da Região Autónoma da Madeira, facto que se veio a realizar sendo vendido ao empresário Madeirense Emanuel Moniz Melim* (conhecido por ligações ao futebol regional). Este posteriormente vendeu o Pirata Azul à Barcadouro - Sociedade de Turismo Fluvial e Terrestre (empresa formada em 1996), a 8 de Junho de 2001.
Após a aquisição por parte desta empresa fluvial, rumou a Vila do Conde onde foi remodelado, saindo com o aspecto actual, excepto a pintura que inicialmente foi toda branca. Começou a operar por esta companhia em 2001 e nesta se mantêm até ao presente.


Independência no Douro

Visitar o Douro é revisitar navios que já operaram na ilha da Madeira. Uma passagem pelo Douro significa revisitar o Independência e o Pirata Azul. Nas imagens abaixo podemos constatar o bem que se encontra o Independência, carregando passageiros no Cais da Régua para mais uma subida do rio Douro.



Os passageiros no momento do embarque para mais um cruzeiro panorâmico Douro Acima, no navio catamarã que foi pioneiro neste tipo de casco, para a actividade turística com passageiros no Douro.

Sunday, August 28, 2022

Viking Hemming

O Viking Hemming manobrando na Régua de partida com destino ao Porto. O Viking Hemming é um dos 4 navios da Douro Azul que operam em exclusivo para a Viking Cruises no Rio Douro. Os outros irmãos são o seu irmão gémeo Viking TorgilViking Helgrim e o Viking Osfrid. A construção do Viking Hemming e do Viking Torgil foram financiados com fundos Europeus.

O Viking Hemming navegando em frente à Quinta da Pacheca

Wednesday, August 24, 2022

aRosa Alva em Cambres

aRosa Alva, o navio da aRosa que opera no rio Douro, atracado ao porto comercial de Cambres . Régua/Lamego, provavelmente abastecendo combustível. Construído em Viana do Castelo em 2019 o aRosa Alva tem capacidade para receber um máximo de 126 passageiros, com uma tripulação de cerca de 30 pessoas. Este navio tem 80 m de comprimento, 11,4 m de largura e um calado de 1,8 m. Faz parte do universo Douro Azul, com a marca aRosa.

Uma viagem de 7 noites neste navio pelo rio Douro tem valores que variam entre 1600 e 2200€, com a língua a bordo a ser o Inglês e o Alemão, mercado destinatário deste tipo de produto e origem da aRosa, empresa que já chegou a operar navios oceânicos mas que abandonou esse ramo de negócio possuindo agora apenas navios fluviais, cerca de 14 pelos diferentes rios da Europa.

Douro Splendour

O navio Douro Splendour navegando no Rio Douro,  cumprindo mais um dos seus cruzeiros de Verão ao serviço da Douro Azul. 
 

Saturday, November 20, 2021

AmaVida

O navio AmaVida, navio da Douro Azul operado em exclusivo para a AmaWaterways, atracado no cais do Pinhão. Este navio destaca-se por possuir um heliporto, que possibilita a realização de voos panorâmicos no Douro. Uma oferta distinta dos outros. 

Navega neste rio desde 2013, após a sua construção nos estaleiros da NavalRia (2012), em Aveiro, juntamente com o Queen Isabela, o outro navio da Douro Azul. É um navio que tem capacidade para 108 passageiros, em 79 m de comprimento e 11,4 m de largura. Tem dois motores que lhe garantem uma velocidade máxima de 12 nós.  A tripulação do navio acomoda-se em 13 camarotes. Já os passageiros dispõem de 54 camarotes.

Tuesday, November 16, 2021

Gil Eanes

Navio Hotel Gil Eanes, operado pela CroisiEurope, no rio Douro desde 19 de Abril de 2015. Altura em que iniciou as suas viagens semanais pelo rio Douro, dando assim o primeiro passo nos cruzeiros no rio Douro que tem vindo a ganhar cada vez mais notoriedade e popularidade entre os turistas que por enquanto ainda são em maior número, estrangeiros do que cidadãos nacionais. O Gil Eanes tem capacidade para 132 passageiros em 66 camarotes. As suas dimensões são as medidas padrão dos navios hotel no rio Douro, 80 m de comprimento, 11,4 m de largura e 1,8 m de calado. Navega com o ENI 1840470 e com a bandeira Francesa. Tem 262 toneladas e 4 decks. Foi construído em 2015, na Bélgica ao contrário da maior parte dos navios que atualmente operam no Douro que já são felizmente de construção nacional. O Gil Eanes foi construído na Bélgica no estaleiro Meuse et Sambre em Beez-Namur, ao longo do rio Mosa. A CroisiEurope opera no rio Douro desde 2002.
O navio de cruzeiros fluviais, Gil Eanes atracado no cais do Pinhão, concelho de Alijó. Importante não confundir este Gil Eanes com o Gil Eannes, o navio museu, antigo navio hospital que se encontra atracado em Viana do Castelo. Ambos nem o nome possuem em comum, uma vez que o Gil Eannes de Viana do Castelo possui o nome com dois "n's" e ambos desempenham funções distintas. 

O Gil Eanes em construção na Bélgica, foto de Hugues Van Peel

Foto: Alain Pascal 16-12-2014

Sunday, November 14, 2021

Emerald Radiance

O navio Emerald Radiance atracado no Pinhão, concelho de Alijó. O navio de cruzeiros fluviais construído em 2017 nos estaleiros da West Sea, em Viana do Castelo, navega para a Emerald Cruises no Douro. Tem 79 m de comprimento, 11,4 m de largura e 1,8 m de calado, as dimensões padrão dos maiores navios que operam no rio Douro. Isto porque encontram-se limitados pelas dimensões das eclusas das barragens e pelos fundos do rio Douro na zona do Pinhão-Tua, que rondam os 2,5 m de profundidade, apenas.


Navega a 11 nós de velocidade, com dois motores Scania de 552 kW. A capacidade de transporte é de 112 passageiros e 38 tripulantes, um rácio que é praticamente comum a também todos os navios hotel que operam no rio Douro.

Navega com a matrícula Portuguesa, PT-110190-AL, e com o registo no Douro.
Este navio fluvial, faz parte do grupo Scenic Cruises, que opera no rio Douro com dois navios, o Emerald Radiance e o Scenic Azure.
As viagens normalmente têm 8 dias de duração com partidas e chegadas ao Porto, com passagem dos passageiros do navio em excursão até Salamanca, Espanha. O mercado preferencial é Britânico com as viagens a serem vendidas com valores a começar nas 1700 £ por pessoa.

Thursday, November 4, 2021

Viking Torgil

 

O Viking Torgil aproximando-se da Barragem de Bagaúste (Lamego - Peso da Régua).
O Viking Torgil, navio de cruzeiros que opera no rio Douro, desde Março de 2014. O navio propriedade da Douro Azul, opera em exclusivo para a Viking Cruises. Foi construído em Aveiro na NavalRia, em 2014. Tem 79,85 m de comprimento, 11,40 m de boca e 1,80 m de calado. Em termos de casario possui cerca de 7,20 m.
Alguns aspectos do Viking Torgil, subindo o rio Douro.

O Viking Torgil, tal como o seu irmão gémeo Viking Hemming, podem transportar até 106 passageiros em 53 camarotes. Já os tripulantes possuem apenas 15 camarotes. O navio é caracterizado por possuir uma proa com um design que lhe permite aproveitar o espaço e ali criar uma zona de lazer agradável para os passageiros poderem desfrutar das paisagens do Douro.

Wednesday, September 15, 2021

Cruzeiros no Douro

Metade da frota da CroisiEurope atracada no cais de Ribadouro, no rio Douro. Este cais situa-se aproximadamente no meio do percurso do rio, no território Português. É a confluência do rio Bestança com o rio Douro. 
Na foto podem ver-se o Vasco da Gama junto ao cais, o Infante D. Henrique no meio e por fora o Fernão de Magalhães, 3 dos 6 navios desta empresa, que operam nas águas do rio Douro.

Tuesday, June 22, 2021

Spirit of Chartwell

Uma imagem típica da frente ribeirinha da cidade do Porto, com os navios Spirit of Chartwell e Alto Douro atracados na Ribeira, compondo assim a imagem típica do Douro, visto a partir de Gaia.

O Spirit of Chatwell e o Alto Douro são apenas 2 navios de entre os inúmeros que já operam no rio Douro. O Spirit of Chatwell é uma barcaça de luxo que ficou conhecido por ser o navio onde decorreram festejos do jubileu da Rainha Isabel II. É uma barcaça de luxo trazida para o Douro, após o insucesso que teve em operar no rio Tamisa. Devido às comodidades oferecidas a bordo é conhecido por apenas operar com aqueles que estejam dispostos a pagar mais só porque querem sentir-se superiores e melhores do que os outros. O Alto Douro é um navio de cruzeiros fluviais normal, como os restantes que operam no Douro.


O registo Inglês da barcaça caiu e foi substituído pelo Douro.

Os Rabelos a servirem apenas de decoração para enganar turistas.

Wednesday, June 16, 2021

Pirata Azul no Douro

Com a pandemia a dar sinais de abrandamento em zonas onde as pessoas conseguem viver em sociedade e em respeito uns pelos outros, começam os navios a regressar às suas rotinas com os primeiros turistas. É o caso do rio Douro em que algumas companhias já retomaram os seus itinerários habituais e cruzeiros, ainda que a meio gás. 
O Pirata Azul, atracado no Cais da Régua.

A Barcadouro, a empresa que opera o navio Pirata Azul, já o fez e o Pirata Azul foi um dos seus primeiros navios a  sulcar novamente as águas do rio Douro. Hoje apresento alguns registos de um dos meus navios preferidos, navegando no rio Douro por entre vinhedos e socalcos em rochas de xisto. Assim como o registo de uma das suas descidas na barragem de Bagaúste (Barragem da Régua), sem passageiros, após ter efectuado o desembarque destes no Pinhão, numa viagem de subida do rio Douro, desde a Régua. O Pirata Azul é um navio que foi adquirido na ilha da Madeira, onde se encontrava semi-abandonado, após ter deixado de realizar as travessias entre a Madeira e a ilha do Porto Santo, por ter sido substituído nessa linha por navios mais recentes. Após a aquisição sofreu algumas alterações que lhe devolveram o esplendor e graça que tem e que fazem dele o navio mais bonito que navega no rio Douro. 
Navegando em direcção ao Pinhão na passagem pela Quinta do Tedo.

A saída da eclusa da barragem de Bagaúste (Régua).



A aproximação à eclusa com o mastro baixado, mesmo ao lado na N222.


Atracando no Pinhão para desembarcar turistas.


Na sua nova casa depois do mar da Travessa.





A barragem de Bagaúste, com o Pirata Azul no interior da eclusa