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Thursday, November 23, 2023

Cale de Aveiro

Cale de Aveiro, o navio ferry que efetua as travessias da ria de Aveiro entre o Forte da Barra e São Jacinto, e que em breve será substituído pelo novo ferry 100% eléctrico, Salicórnia. 
O Cale de Aveiro é um navio com 34 m de comprimento e 10 m de boca que desloca cerca de 280 t com um calado de 3,5 m. Tem capacidade para 120 passageiros e 24 viaturas. Navega desde 1960 com o IMO 8423882, tendo sido construído na Suécia pelo estaleiro Karlskronavarvet - Karlskrona. Existe a informação de que navegou anteriormente com os nomes Farja 61/247, até 1980, Aspoe Atrom até Maio de 1993 e com o nome Breitling até Janeiro de 2004. 
Apesar de ser um navio antigo o Cale de Aveiro está a operar em Aveiro apenas desde 6 de Agosto de 2007 (16 anos), induzindo em erro aqueles que ao vê-lo pensam que está ali na Ria há muito mais décadas. 
Antes de operar na Ria de Aveiro, o Cale de Aveiro chegou a Portugal para operar no rio Douro assegurando a travessia provisória após a queda da ponte Hintze-Ribeiro, tendo surgido da necessidade de assegurar a travessia de passageiros e viaturas em substituição da ponte. A compra na Holanda e transporte para Portugal, no navio Condock I (IMO 7812749), está associada a um empresário conhecido na operação fluvial de navios de passageiros no rio Douro. O transporte foi feito desde o porto de Roterdão e as dimensões do ferry foram escolhidas de forma a que pudesse navegar no rio Douro, desde a Foz até Hintze-Ribeiro. Juntamente com o Cale de Aveiro veio para Portugal o ferry Castelo de Paiva, que mais tarde foi adaptado a doca flutuante no estaleiro da NavalRia em Aveiro, onde ainda permanece. O Cale de Aveiro navegou com o nome Cidade de Penafiel, no Douro, pela Douro Azul.
O que resta do ferry Castelo de Paiva, no estaleiro da NavalRia. 

Com a saída de serviço do Cale de Aveiro, é bem provável que a sucata seja o seu destino final, devido à idade avançada.

Monday, July 10, 2023

Salicórnia

 

Numa breve passagem pelos arredores do estaleiro da NavalTagus no Seixal, pode-se ver os navios em reparação entre eles o rebocador Madeirense, Comandante Passos Gouveia, e os cacilheiros da Transtejo, Seixalense e Dafundo e os catamaãs Miguel Torga e Cesário Verde. Viu-se também a evolução da construção do novo ferry totalmente eléctrico para a Ria de Aveiro, o Salicórnia. Este ferry destina-se a substituir o Cale de Aveiro, na ligação com São Jacinto.
O ferry homenageia a planta que abunda na Ria de Aveiro, os chamados espargos do mar, devido ao sabor a sal que esta planta escamosa apresenta e pelo facto de crescer em águas salobras.

O ferry Salicórnia no seu estado atual. Ultimando os pormenores exteriores, como a colocação das portas hidráulicas para entrada e saída de veículos e passageiros, e os assentos exteriores nos decks de passageiros, assim como a pintura do pavimento do deck de viaturas.
Neste ferry o destaque vai para o salão de passageiros, situado abaixo da ponte de comando, com janelas amplas que permitirá uma viagem panorâmica pela Ria de Aveiro.


O Salicórnia há alguns meses atrás, ainda antes da fase de pinturas.