Ventura e Amera

Registo da passagem do Ventura e do Amera por Lisboa, no dia em que o Spitsbergen deixou a capital com destino ao porto de Leixões, no seu regresso ao norte da Europa.

O Spitsbergen ao fundo, deixando Lisbolândia.

Spirit of Discovery

Escala do Spirit of Discovery, o navio da Saga Cruises, em Lisboa no dia de hoje. Veio de Southampton e tem como destino Cartagena. Uma escala que teve uma duração aproximada de 8h.

Aspectos do navio da Saga com as embarcações estrangeiras e locais para passear turistas no rio Tejo.

Lontra do Tejo

Numa altura em que a poluição de embarcações marítimo turísticas no rio Tejo, simplesmente passou do 8 ao 80, pensávamos que com o facilitismo que se abriu neste sector, iam surgir navios bonitos a navegar no rio ou embarcações típicas e que proporcionassem conforto aos passageiros e sobretudo oferecessem qualidade, mas eis que entretanto trazem isto da Alemanha para cá...

Uma embarcação que roubou as lonas das feira da Ladra e as trouxe para dentro do rio, imitando as mais recentes esplanadas que surgem nas ruas de Lisboa, mesmo ao lado dos veículos estacionados. A Lontra do Tejo, chamemos-lhe assim a esta coisa, é baixinha para poder passar debaixo dos 72 m de altura do tabuleiro da ponte 25 de Abril, sem embater em nenhum dos comboios que os franceses fotografam pela manhãs.

Entretanto ainda não houve tempo ($) para mudar o nome à "Lontra do Tejo".

E lá continua ela, diariamente a passear o tecto retrátil de piscina e a sua lona de plástico, nas águas do Tejo, mostrando Lisboa aos turistas.

Hanseblick

Os cruzeiros no Tejo ultimamente têm despertado o interesse de muitos empresários. Talvez porque este tipo de viagem é procurada por clientes pouco exigentes e que estão dispostos a pagar os valores desproporcionais por tão pouca navegação, sem hesitar. Assim a nova moda de navegar no Tejo, que durante anos foi repudiada por turistas, nas várias viagens horárias efectuadas diariamente pelos cacilheiros,  já atraiu empresas estrangeiras para operarem no Tejo a exemplo do rio Douro. Empresas estrangeiras que apesar de pouco ou nada diferenciadoras continuam a aproveitar o bom negócio proporcionado pelos clientes dos seus países de origem, uma vez que se identificam com a marca. São os clientes alvo. Aqueles que passeiam apenas para tirar fotos para colocar em redes sociais, e então não têm tempo de pesquisar sobre cacilheiros e barcos tradicionais do rio Tejo. Embora e de verdade isso também não lhes interesse porque o motivo da viagem não é cultural e é um turista que não vem aprender nada (nem fazer nada).  

A empresa FRS abriu uma sucursal em Portugal e para aqui trouxe este navio que opera diariamente no Tejo, o Hanseblick. Um navio típico dos rios Europeus, onde as pontes baixas obrigam a alturas mínimas dos navios, assim como larguras mínimas para permitirem a navegação em canais. Assim o Hanseblick parece um toro de madeira a flutuar no Tejo, perdido por um cargueiro qualquer, tal é a desproporção do navio com o meio onde navega. O Hanseblick, reflecte a decadência do turismo náutico no Tejo. Que no espaço de dois anos passou de inexistente a existente decadente. Previa-se um aumento na qualidade da oferta, mas apenas se verificou um aumento nos preços e agora até pesqueiros de fibra já se passam por iates para passear no Tejo...

O Hanseblick é um navio com um tecto retráctil, um tipo de embarcação bastante vulgar nos rios Europeus, para passeios turísticos de curta duração, cujo objectivo é mostrar aos turistas os principais monumentos e atracções do lugar onde navegam. Tem 38,5 m de comprimento, 6,5 m de largura e 1,27 m de calado. Tem uma velocidade máxima de 10,8 nós e pode receber até 160 almas a bordo. Foi construído em 2008 e esteve ao serviço do parque de diversões da Volkswagen na Alemanha, o Autostadt em Wofsburg. Se fosse bom tinha lá ficado...