Um registo fotográfico e introspectivo a quando tudo estava bem e Lisboa recebia de braços abertos passageiros e tripulantes do Celebrity Century, atual Marella Explorer 2, para passearem nos triciclos comprados em Itália imitando Portugal o Bangladesh e a Índia dando oportunidade aos turistas de conhecerem um verdadeiro país do terceiro mundo, que ensina a Europa a lidar com pandemias.
Os mesmos passageiros ávidos de descoberta que compravam excursões até Fátima e Óbidos e no final ainda levavam os ímans produzidos na China imitando uma torre de Pisa, parecida com a Torre de Belém ou mistura das duas coisas num pedaço de gesso pintado talvez por uma criança, que teve de ser importado de tão longe para ser vendido por um imigrante, demonstrando a incapacidade da economia nacional em aproveitar o turismo para gerar emprego.
Recusado o pedido de desembarque em águas dos Açores, o navio aproximou-se das ilhas do Grupo Central e ali pediu novamente para aportar em Lisboa. Pedido recusado e o navio é também informado que fica excluído de navegar em águas territoriais Portuguesas. Uma exclusão que nem aos barcos do narcotráfico é aplicada pois esses até no Algarve conseguem descarregar, em praias onde Holandeses se bronzeiam, demonstrando a forte competência e profissionalismo das nossas forças de segurança ao impor a soberania nacional a um navio cheio de moribundos e cadáveres...
Talvez a recusa se tenha devido ao facto de termos os aeroportos nacionais sem tráfego aéreo internacional e o navio poder não estar a necessitar de apoio humanitário urgente. Contudo será sempre bem vindo quando voltar a trazer jovens de andarilho ávidos de comprarem os ímanes chineses para ajudarem a economia nacional, comendo uma pizza congelada ao almoço na mais pronunciada rua de Lisboa, sob o olhar atento de um vendedor de folhas de louro e um carteirista Romeno, enquanto um polícia cego procura incessantemente os carros mal estacionados pela zona fazendo imperar a ordem e a lei aos que se portam mal.
Os navios da Tui UK, são presença habitual pelos portos nacionais, onde costumam operar com passageiros maioritariamente do Reino Unido e em épocas baixas.
O Marella Discovery 2, é um navio que sempre operou para os maiores gigantes do turismo, mas que usou a bandeira da Libéria durante 7 anos, a das Bahamas durante 6 e aos 25 anos de serviço navega com a bandeira de Malta, em direcção ao Reino Unido. Certo é que esta recusa poupa recursos ao serviço nacional de saúde e que assim já poderão ser aplicados a todos aqueles que receberam a cidadania temporária Portuguesa, antes de serem espancados no aeroporto.