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Saturday, November 26, 2022

Andorinha e Queen Isabel

O Andorinha e o Queen Isabel atracados na Régua na operação do Verão passado. Dois dos mais recentes navios que operam no Douro, o Andorinha, navio de 80 m de comprimento entrou ao serviço em 2020. Encontra-se ao serviço pela Tauck, no Douro.

O Andorinha à esquerda e o Queen Isabel à direita, com a Régua como pano de fundo à fotografia.

Monday, August 29, 2022

Pirata Azul no Douro

 

O Pirata Azul, é sem sombras de dúvidas um dos meus navios preferidos. Desde que deixou a Madeira e foi navegar no rio Douro, ganhou vida e continua embelezando o Douro e proporcionando viagens inesquecíveis a todos aqueles que querem conhecer o Douro a bordo deste veteranos dos mares e rios.

Se não conhece este navio releia toda a sua história, mais abaixo. Nestas imagens vêmo-lo a manobrar para atracar no Cais de Cambres e abastecer combustível antes de iniciar mais um cruzeiro com início no cais da Régua.

Pirata Azul, toda a história
Blauer Pirate, você conhece este navio? Não? E se lhe perguntar pelo Pirata Azul já conhece?
Pois saiba que Blauer Pirate foi o nome de construção deste navio em 1968, nos estaleiros Norderwerft Johann Rathje Koser, em Hamburgo, Alemanha.
Teve o número de casco 865. Foi lançado à água a 18 de Junho de 1968 e estava terminado a 3 de Julho do mesmo ano, ou seja apenas 16 dias depois. Atenção, não foi construído em apenas 16 dias, estes dias decorreram entre o seu lançamento à água e o fim dos trabalhos de construção.
Quando o navio foi lançado à água muitos destes trabalhos já estavam concluídos. Recebeu o número IMO 6819776 e a bandeira Alemã com a qual navegou até 13 de Setembro de 1971. Foi construído com três motores Kloeckner-Humboldt-Deutz ligados a três veios de propulsão que lhe conferiam uma velocidade de 23 nós.
Mas estes deram imensos problemas e na maior parte das vezes o navio apenas utilizava dois motores reduzindo assim a sua velocidade para 16 nós. Tinha, aquando da sua construção, 37,69m de comprimento, 6,51m de boca e 1,55m de calado. Tinha 175 toneladas brutas e capacidade para 240 passageiros.
Entrou ao serviço da Insel-Schnellverkehr Reederei GmbH nas rotas entre Accumersiel e a ilha Alemã de Wangerooge, e entre Norderney e Helgoland. Efectuou também serviços entre Wangerooge e Helgoland. Manteve-se nestas linhas até Maio de 1971, de vez em quando apresentando problemas com o terceiro motor. Em Abril de 1970 foi fretado pela Flensburg Flensburg GmbH & Co, Personenschiffahrt por 1 mês para operar no fiorde de Flensburg, no limite entre a Alemanhã e a Dinamarca. No mesmo ano, mas no mês seguinte, Maio, é fretado desta vez pela Sund-Linien Gefion, de Copenhaga (Dinamarca). Efectua a rota entre Halmstad na Suécia e Copenhaga (Dinamarca).
Nesta rota muda de nome para Lady Judy. Em Setembro de 1970 ainda a operar pela mesma companhia, mas na rota entre Malmo (Suécia) e Copenhaga, sofre um incêndio que destruiu a sua casa das máquinas e salão dos passageiros. Daqui foi rebocado para Bremerhaven, para o estaleiro Gesellsch, onde foi reparado e recuperado. Aqui terminou o serviço pelo seu dono a Insel-Schnellverkehr Reederei GmbH, sendo vendido a 13 de Setembro de 1971 para a Companhia Nacional de Navegação, que tinha planos para o utilizar em cruzeiros diários no Algarve. Foi de imediato renomeado Pirata Azul, o nome Português mais semelhante à sua anterior nomenclatura.
Quando chegou a Portugal um dos motores e subsequentemente uma hélice também foram retirados e passou apenas a dispor de dois que lhe conferem 1500Cv. Estas mudanças aconteceram no, hoje, estaleiro da Naval Rocha. Nesta fase ostenta a bandeira Panamiana, durante todo o período em que esteve em estaleiro, desde o dia 13 de Setembro até 18 de Maio de 1972.
Contudo os planos para utilizar o navio no Algarve falharam e o mesmo foi vendido a 24 de Março de 1974 ao empresário Madeirense José Maria Branco. Foi abatido ao afectivo da Companhia Nacional de Navegação a 21 de Março de 1974. Passou a operar na linha Funchal - Porto Santo. Substituiu nesta linha um anterior navio do mesmo empresário com o nome Milano.
Foi à data um navio que revolucionou o transporte para esta ilha, pois conseguia efectuar a viagem em "apenas" 2:30h, face às 4:30h que demorava o seu antecessor. Actualmente este navio ainda seria considerado veloz se estivesse nesta linha, pois o navio que opera nesta rota actualmente efectua a viagem em 2:15h, ou seja uma insignificância de redução horária em relação aos anos 70.
Mais de 35 anos e a viagem reduziu-se em 15 minutos.
Posteriormente foi vendido ao Governo Regional da Madeira que assumiu a responsabilidade dos transportes marítimos de e para aquela ilha. Contudo este navio apesar de ter sido construído para operar no Mar do Norte, não teve muita afeição por parte dos seus passageiros, que o "acusaram" de ser um "navio de rio", pois comportava-se mal na travessia entre ambas as ilhas, nomeadamente quando deixava de navegar na parte Sul da ilha da Madeira e entrava em Oceano aberto entre as duas ilhas.
Manteve-se a operar até aos anos 80, altura em que apareceram na mesma linha outros tipos de navios mais rápidos. Em 1983, com a compra do navio Independência (atual companheiro de frota na Barcadouro) pelo Governo Regional com o intuito de reduzir os tempos de viagem entre as duas ilhas, acabou por ficar imobilizado, efectuando apenas viagens nas paragens dos outros navios nas reparações anuais, ou então nos períodos de maior afluência de turistas à ilha que entretanto havia sofrido uma enorme procura devido às melhores condições de transporte disponíveis.
Com a chegada a esta linha de navios do tipo ro-ro, este foi mesmo retirado de serviço, e colocado à venda. Permaneceu alguns anos imobilizado no porto do Funchal. A 6 de Maio de 1999 é colocado em hasta pública pela Administração dos Portos da Região Autónoma da Madeira, facto que se veio a realizar sendo vendido ao empresário Madeirense Emanuel Moniz Melim* (conhecido por ligações ao futebol regional). Este posteriormente vendeu o Pirata Azul à Barcadouro - Sociedade de Turismo Fluvial e Terrestre (empresa formada em 1996), a 8 de Junho de 2001.
Após a aquisição por parte desta empresa fluvial, rumou a Vila do Conde onde foi remodelado, saindo com o aspecto actual, excepto a pintura que inicialmente foi toda branca. Começou a operar por esta companhia em 2001 e nesta se mantêm até ao presente.


Independência no Douro

Visitar o Douro é revisitar navios que já operaram na ilha da Madeira. Uma passagem pelo Douro significa revisitar o Independência e o Pirata Azul. Nas imagens abaixo podemos constatar o bem que se encontra o Independência, carregando passageiros no Cais da Régua para mais uma subida do rio Douro.



Os passageiros no momento do embarque para mais um cruzeiro panorâmico Douro Acima, no navio catamarã que foi pioneiro neste tipo de casco, para a actividade turística com passageiros no Douro.

Sunday, August 28, 2022

Viking Hemming

O Viking Hemming manobrando na Régua de partida com destino ao Porto. O Viking Hemming é um dos 4 navios da Douro Azul que operam em exclusivo para a Viking Cruises no Rio Douro. Os outros irmãos são o seu irmão gémeo Viking TorgilViking Helgrim e o Viking Osfrid. A construção do Viking Hemming e do Viking Torgil foram financiados com fundos Europeus.

O Viking Hemming navegando em frente à Quinta da Pacheca

Wednesday, August 24, 2022

aRosa Alva em Cambres

aRosa Alva, o navio da aRosa que opera no rio Douro, atracado ao porto comercial de Cambres . Régua/Lamego, provavelmente abastecendo combustível. Construído em Viana do Castelo em 2019 o aRosa Alva tem capacidade para receber um máximo de 126 passageiros, com uma tripulação de cerca de 30 pessoas. Este navio tem 80 m de comprimento, 11,4 m de largura e um calado de 1,8 m. Faz parte do universo Douro Azul, com a marca aRosa.

Uma viagem de 7 noites neste navio pelo rio Douro tem valores que variam entre 1600 e 2200€, com a língua a bordo a ser o Inglês e o Alemão, mercado destinatário deste tipo de produto e origem da aRosa, empresa que já chegou a operar navios oceânicos mas que abandonou esse ramo de negócio possuindo agora apenas navios fluviais, cerca de 14 pelos diferentes rios da Europa.

Douro Splendour

O navio Douro Splendour navegando no Rio Douro,  cumprindo mais um dos seus cruzeiros de Verão ao serviço da Douro Azul. 
 

Sunday, July 24, 2022

Pegaso

 

O rebocador da APDL, Pegaso, atracado no estaleiro naval do porto de Lisboa. A APDL, não se deixou intimidar e continua a ter uma frota própria de rebocadores que servem este porto nortenho com excelentes resultados operacionais. Uma prova do que devia ser feito nos outros portos. Uma administração portuária que não possui rebocadores é como uma instalação sanitária sem papel higiénico.
De reparar no mastro hidráulico do Pegaso para que possa passar debaixo das pontes existentes em Leixões e Douro.

Thursday, June 2, 2022

Sea Star

O navio Sea Star, o navio mais recente da Barcadouro, no momento da aproximação e passagem na barragem de Bagaúste, barragem da Régua, rio Douro.

O Sea Star é um navio de 1991, construído no estaleiro Belga B.V.B.A. Scheepswerf, com 45 m de comprimento e 10 m de largura. Com um calado de 2 m. Navega com o IMO 9034286. Veio da Croácia para o Douro e tal como o Independência e o Pirata Azul, faz parte da frota da Barcadouro uma das empresas de cruzeiros fluviais no rio Douro que oferece viagens de um dia a bordo dos seus navios oferecendo aos seus passageiros a experiência de subir ou descer o rio Douro com refeições a bordo.


O Sea Star no interior da eclusa no momento em que esta enchia e o navio era elevado. Repare-se no mastro deitado para não embater na parte superior da eclusa/barragem.
A saída da eclusa num dia em que muitas pessoas assistiam à operação de elevação do navio e de abertura e fecho de comportas.

A popa do Sea Star com a embarcação auxiliar e o registo Douro.

Monday, May 2, 2022

LH Gaivota

A lancha de levantamentos hidrográficos, Gaivota navegando no rio Douro. Parece um modelo de rádio controle navegando em águas tranquilas, mas na verdade é uma embarcação com 8.5 m de comprimento, 2.7 m de boca e um calado de 60 cm. Desloca 4.2 toneladas e atinge uma velocidade máxima de 15 nós. É parte do espólio de meios navais estatais pouco conhecidos.


Saturday, November 20, 2021

AmaVida

O navio AmaVida, navio da Douro Azul operado em exclusivo para a AmaWaterways, atracado no cais do Pinhão. Este navio destaca-se por possuir um heliporto, que possibilita a realização de voos panorâmicos no Douro. Uma oferta distinta dos outros. 

Navega neste rio desde 2013, após a sua construção nos estaleiros da NavalRia (2012), em Aveiro, juntamente com o Queen Isabela, o outro navio da Douro Azul. É um navio que tem capacidade para 108 passageiros, em 79 m de comprimento e 11,4 m de largura. Tem dois motores que lhe garantem uma velocidade máxima de 12 nós.  A tripulação do navio acomoda-se em 13 camarotes. Já os passageiros dispõem de 54 camarotes.

Tuesday, June 22, 2021

Spirit of Chartwell

Uma imagem típica da frente ribeirinha da cidade do Porto, com os navios Spirit of Chartwell e Alto Douro atracados na Ribeira, compondo assim a imagem típica do Douro, visto a partir de Gaia.

O Spirit of Chatwell e o Alto Douro são apenas 2 navios de entre os inúmeros que já operam no rio Douro. O Spirit of Chatwell é uma barcaça de luxo que ficou conhecido por ser o navio onde decorreram festejos do jubileu da Rainha Isabel II. É uma barcaça de luxo trazida para o Douro, após o insucesso que teve em operar no rio Tamisa. Devido às comodidades oferecidas a bordo é conhecido por apenas operar com aqueles que estejam dispostos a pagar mais só porque querem sentir-se superiores e melhores do que os outros. O Alto Douro é um navio de cruzeiros fluviais normal, como os restantes que operam no Douro.


O registo Inglês da barcaça caiu e foi substituído pelo Douro.

Os Rabelos a servirem apenas de decoração para enganar turistas.

Wednesday, June 16, 2021

Pirata Azul no Douro

Com a pandemia a dar sinais de abrandamento em zonas onde as pessoas conseguem viver em sociedade e em respeito uns pelos outros, começam os navios a regressar às suas rotinas com os primeiros turistas. É o caso do rio Douro em que algumas companhias já retomaram os seus itinerários habituais e cruzeiros, ainda que a meio gás. 
O Pirata Azul, atracado no Cais da Régua.

A Barcadouro, a empresa que opera o navio Pirata Azul, já o fez e o Pirata Azul foi um dos seus primeiros navios a  sulcar novamente as águas do rio Douro. Hoje apresento alguns registos de um dos meus navios preferidos, navegando no rio Douro por entre vinhedos e socalcos em rochas de xisto. Assim como o registo de uma das suas descidas na barragem de Bagaúste (Barragem da Régua), sem passageiros, após ter efectuado o desembarque destes no Pinhão, numa viagem de subida do rio Douro, desde a Régua. O Pirata Azul é um navio que foi adquirido na ilha da Madeira, onde se encontrava semi-abandonado, após ter deixado de realizar as travessias entre a Madeira e a ilha do Porto Santo, por ter sido substituído nessa linha por navios mais recentes. Após a aquisição sofreu algumas alterações que lhe devolveram o esplendor e graça que tem e que fazem dele o navio mais bonito que navega no rio Douro. 
Navegando em direcção ao Pinhão na passagem pela Quinta do Tedo.

A saída da eclusa da barragem de Bagaúste (Régua).



A aproximação à eclusa com o mastro baixado, mesmo ao lado na N222.


Atracando no Pinhão para desembarcar turistas.


Na sua nova casa depois do mar da Travessa.





A barragem de Bagaúste, com o Pirata Azul no interior da eclusa