Na popa do Amke o Spanaco Reliability |
O navio de carga geral, Amke a descarregar limalha de ferro no cais do Poço do Bispo. Segundo a comunicação social este navio está ali a operar, mas devia tê-lo feito no cais do Barreiro uma vez que esta matéria prima se destina a ser utilizada na siderurgia nacional, situada nas proximidades do terminal do Barreiro. Tal não acontece devido a problemas laborais no porto de Lisboa que envolvem o patronato e estivadores.
No interior da doca podemos ver o pequeno e bastante bonito rebocador Canopus. |
Fica o registo desde cais pela primeira vez neste blogue. Este é o cais comercial mais a Leste do porto de Lisboa, se considerarmos apenas os cais com operações regulares de navios de grande porte, excluindo portanto o cais da Matinha onde se encontra o navio Funchal atracado e o cais do Oriente e todos os outros a montante destes onde ainda conseguem chegar batelões e embarcações de pequeno porte ou rasas. Por se situar bastante a montante do rio Tejo, ali só chegam os navios mais pequenos e de menores calados, tal como o Amke, navio que veio da Rússia mas que navega com a bandeira de conveniência do registo de navios da ilha da Madeira e tem 6,2 m de calado máximo.
O que distingue este registo de navios do registo convencional é a facilidade de contratação de mão de obra escrava e mais facilmente explorável, contornando as leis e direitos laborais, que é permitida em troca de pagamentos à ilha da Madeira. De Português este navio não tem nada. É igual aos proprietários de embarcações de recreio Portuguesas que navegam com a bandeira Holandesa. O Amke, navega com o IMO 9374387, tem 115 m de comprimento por 17 m de boca, demorou cerca de 8 dias para chegar de São Petersburgo a Lisboa, ou seja como facilmente se entende, hoje em dia deslocamos-nos muito rapidamente de um ponto do globo ao outro, o que é bom e mau ao mesmo tempo, tal como estamos a experiênciar.
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