Monday, April 21, 2025

NYK Rigel e Marina L



Foram estes os dois porta contentores que estavam no terminal de Alcântara aquando da descida do Tejo pelo navio Norwegian Star. O NYK Rigel, chegou a Lisboa no passado Domingo, tendo permanecido até ao dia de hoje em porto. Daqui saiu com destino ao porto Francês de Le Havre. Havia tido procedência de Roterdão. Anteriormente esteve em Southampton, vindo da América. Faz parte dos navios que efectuam as trocas comerciais com os EUA, na agora muito em vouga, guerra comercial, liderada pelo líder dos EUA.
O NYK Rigel, já não é um navio novo, data de 2009. Tem o IMO 9416977 e navega com a bandeira do Panamá. Consegue transportar 4888 TEUS, ao longo dos seus 294,12m de comprimento e 32,2m de largura. É uma construção do estaleiro da Hynday Samho Heavy Industries, na Coreia do Sul. Tem 55487 t GT e desta vez não estava a ostentar no casco as famosas letras NYK Line, uma vez que está ao serviço da ONE (Ocean Network Express), uma empresa formada pela NYK Line, pela K Line e pela MOL. O maior acionista da ONE, é a NYK Line, daí a presença deste navio por cá.
Já o Marina L, navio mais pequeno com capacidade de apenas 1300 TEUS, é um navio que está ao serviço da Maersk e faz a rota entre Lisboa, Tânger Med e Algeciras. Navega com o IMO 9431331, tendo sendo contruído em 2009. Tem 160,84 m de comprimento e 25,41 m de boca. Já navegou com diversos nomes nomeadamente, como Julius, Mercs Jaffna, CFS Desiree e O.M. Lenitatis. 

4 comments:

  1. Bom dia, senhor Barconauta, e obrigado por esta partilha. É preciso fazer algumas clarificações. O navio NYK Rigel fez uma paragem SPOT em Lisboa, ou seja, uma paragem geralmente não prevista e que não faz parte da rotação regular, que é a seguinte: Le Havre - Rotterdam - Antuérpia - Bremerhaven - Charleston - Savannah - Le Havre.

    O Marina L, por sua vez, é mesmo o navio que veio substituir a rotação direta que Lisboa tinha com a costa leste dos Estados Unidos. Atualmente, essa ligação acontece por transbordo a partir do Porto de Tânger Med, o que demonstra ainda mais as dificuldades da Doca de Alcântara em receber linhas de longo curso (deep sea). E se uma pessoa pensar na rua de acesso ao porto para os contentores, não é difícil perceber porquê.

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    1. Olá. Agradeço bastante este tipo de comentário que acrescentam informação e valor ao meus registos. Assim a informação fica mais correcta e todos ficam com um melhor conhecimento das rotas e rotinas do porto. Obrigado.
      Quanto a Alcântara, um dos principais problemas está no facto da CML pensar que os contentores também se podem transportar em bicicletas
      ..pois o único investimento que se vê na zona é ciclovias e tascas para turistas.

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  2. Bom dia, Senhor Barconauta,

    Obrigado pelo testemunho de estima. Dado o seu forte envolvimento no setor portuário, gostaria de perguntar se teria alguma explicação para a escala do bulk carrier Albion Bay na Doca de Alcântara — não no cais avançado, onde normalmente atracam os graneleiros (e onde, aliás, se encontra atualmente o Handy Inclusivity), mas sim no cais habitualmente utilizado por navios porta-contentores, na passada sexta-feira.

    Desde já, agradeço pela atenção e por qualquer esclarecimento que possa partilhar.

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    1. Boa noite.

      Em relação ao Albion Bay, não tenho conhecimento do que o levou a atracar no cais dos Porta Contentores. Cheguei a vê-lo lá, desde a ponte 25 de Abril, mas nem dei muita importância a esse movimento, pelo que não sei informar. Obrigado.

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