Sunday, January 10, 2021

Insular na doca seca

O Insular na doca seca e em primeiro plano o rebocador Cachofarra

O Roaz Corvineiro retocando a sua maquilhagem

O navio da GS Lines, Insular, encontra-se em docagem no estaleiro NavalRocha, juntamente com o pequeno ferry de tráfego local Roaz Corvineiro, de Setúbal. Estes navios efectuam as ligações entre Portugal Continental e Insular e entre Setúbal e a Península de Tróia respectivamente.


Saturday, January 9, 2021

SFL Dee

O navio SFL Dee de quem já havíamos falado a 27 de Dezembro, ainda se encontra em Lisboa, a descarregar cereais no terminal do Cais do Beato. O navio chegou a Lisboa no passado dia 21 de Dezembro. Inicialmente esteve no cais avançado de Alcântara, depois esteve fundeado alguns dias no Mar da Palha e agora atracou no terminal do Cais do Poço do Bispo onde está a descarregar cereais. Após a descarga continua com porto incerto, muito provavelmente aguardando o próximo frete.

O Lagoa

Chegada a Lisboa do navio porta contentores Cabo Verdiano, Lagoa. O ex-Açor B, chegou de Mindelo, de onde havia saído no passado dia 3 de Janeiro e vai Descarregar e carregar em Lisboa, para depois prosseguir a sua viagem para o porto de Leixões, antes de retornar a Cabo Verde. O Lagoa, ostenta a bandeira de Cabo Verde e o registo na ilha de São Vicente. O Lagoa é um navio de 1997 (24 anos), com 100 m de comprimento e 16,5 m de largura. O Lagoa deve deixar o Cais do Poço do Bispo, apenas finda a sua operação que deverá acontecer por volta de amanhã à noite, ou segunda-feira. 




O Lagoa a atracar pela proa do graneleiro SFL Dee

Ao fundo o paquete Funchal

Saturday, January 2, 2021

O STH Chiba


O STH Chiba foi o primeiro navio que fotografei neste ano de 2021. Um graneleiro proveniente da Ucrânia (com paragem em Ceuta) e que está a descarregar no terminal da Tagol, na margem Sul do rio Tejo. Navio de 2017, com 199,99 m de comprimento e 32,25 m de largura, com 12 m de calado. Estas dimensões quase dimensões padrão e comuns a muitos navios graneleiros de de grande porte são as dimensões que limitam a passagem ou não, destes navios pelo Canal do Suez e Canal do Panamá, rotas de navegação de extrema importância mundial. Neste caso e com estas dimensões, este navio consegue navegar em ambos os canais. Pertence à Sea Trade Holdings (STH) e navega com registo no porto de Majuro, ilhas Marshall. Pode ver mais detalhes sobre o STH Chiba neste link, assim como ver algumas fotografias em slideshare sobre a sua construção. Como mero apontamento, Chiba é a capital da província de Chiba no Japão, e o STH Chiba é um navio que já se encontra dentro de elevados padrões ecológicos e cujo proprietário mostra na informação abaixo. 


O registo de popa, das ilhas Marshall, Majuro.

Thursday, December 31, 2020

Passagem de ano na Madeira

Se existe passagem de ano em Portugal, digna de festejar, essa é a passagem de ano Madeirense. Embora este ano condenemos os festejos que ali se vão realizar dentro de algumas horas. Este dia, está às décadas associado a uma parada de navios de passageiros, no porto do Funchal, que ao longo dos anos, tem vindo a ganhar reputação por entre os entusiastas de navios a nível mundial. Este ano, atípico em tudo, essa bonita tradição, quebrou-se.

Apesar de tudo, dois navios de cruzeiros, o Mein Schiff 1 e o Mein Schiff 3, irão marcar presença nas águas Madeirenses, sem efectuarem qualquer desembarque. Ficarão fundeados a cerca de 3 milhas do porto do Funchal (esta distância corresponde ao limite de jurisdição da autoridade portuária).  O Mein Schiff 1 o único navio com passageiros a bordo, cerca de 1083 passageiros e 790 tripulantes, chegará próximo da meia noite e depois de assistir ao espectáculo pirotécnico de recepção ao novo ano, deverá regressar novamente às ilhas Canárias onde tem estado a operar para o mercado Alemão, país da sua operadora, Tui Cruises. Já o Mein Schiff 3 que chegou à Madeira no passado dia 27 de Dezembro, tendo permanecido ao largo, na zona da Ponta do Sol e Madalena do Mar, deverá também aproximar-se do Funchal para ver os fogos, devendo permanecer na ilha mais alguns dias. No porto do Funchal encontram-se apenas o ferry Lobo Marinho, e no exterior do molhe do porto as dragas Baixio, Porto Novo e Anjos. de onde serão lançados os fogos de artifício contratados em Julho quando já eram conhecidos os efeitos da pandemia e previsível a sua duração.

Desejo um óptimo ano de 2021 a todos os leitores deste blogue e que em 2021, tenham sobretudo Saúde, o resto tudo se alcança com mais ou menos dificuldades. Bom Ano.

Monday, December 28, 2020

Vasco da Gama saiu com destino a Setúbal

O navio Vasco da Gama, deixou Lisboa, hoje pelas 7 h com destino ao estaleiro de Setúbal, o único estaleiro com capacidade para docar este navio, em Portugal. Entrou no estaleiro por volta das 13 h e desconhece-se quando dali sairá. Deixou no cais os seus dois irmãos mais novos, o World Explorer e o World Voyager.


Sunday, December 27, 2020

UAM's em fim de vida

Unidades Auxiliares de Marinha em processo de abate, UAM 631 Levante, UAM 636 Ventante, UAM 640 Ciclone, UAM 684 Patrão Joaquim Lobo e UAM 686 Patrão Cego do Maio. Estas unidades encontram-se parqueadas no Centro Náutico de Algés e avaliando pelo seu estado e pelas notícias veiculadas pela Marinha Portuguesa, encontram-se em processo de abate ao efectivo. A UAM 631 Levante, entrou ao serviço à 36 anos (21-09-1984) e operou maioritariamente na Direcção Geral da Autoridade Marítima na Capitania do Porto de Lisboa. A UAM 636 Ventante entrou ao serviço a 29 de Maio de 1987 (33 anos) e esteve na Capitania do Porto de Viana do Castelo. Já a UAM 640 Ciclone esteve na capitania do Porto da Figueira da Foz, tendo entrado ao serviço a 17 de Fevereiro de 1989 (31 anos). A UAM 684 Patrão Joaquim Lobo, entrou ao serviço em 3 de Setembro de 1987 (33 anos) e esteve ao serviço na capitania do porto de Tavira. A UAM 686 Patrão Cego do Maio entrou ao serviço em 3 de Setembro de 1987 (33 anos) e esteve ao serviço na capitania do porto da Nazaré. Todas estas unidades têm mais de 30 anos, encontrando-se portanto obsoletas. Espera-se pela reposição de unidades mais recentes, mais bem equipadas e que possam substituir estas mesmas unidades agora em fim de vida, nos diversos serviços nas quais estas operaram.
A UAM 684 Patrão Joaquim Lobo, unidade Salva Vidas que operou em Tavira, ao serviço do Instituto de Socorro a Náufragos.


A UAM 686 ao serviço do ISN e a UAM 636 com a identificação da Polícia Marítima.

SFL Dee

Navio graneleiro SFL Dee atracado no cais avançado de Alcântara com sinais de descarga de granéis sólidos. Este navio tem registo em Honk Kong, como tem vindo a tornar-se banal, nos navios graneleiros. É um navio com 7 anos, mas aparenta ter muitos mais, devido ao design antigo. Construído no estaleiro Wenchong, em 2013, ostentou o nome Western Copenhagen, até 2016. Tem 177 m de comprimento e 28 m de boca, com 19998 t GT. Pertence à SFL, uma companhia que se dedica ao aluguer de navios, e tem origens Norueguesas, mas cuja operação se encontra diluída um pouco por toda a parte, de forma a servir os seus interesses.

Monday, December 21, 2020

Porque apitam os navios em Lisboa?

Navio semi oculto pelo nevoeiro, no rio Tejo

É uma pergunta bem frequente, sobretudo por parte dos novos ricos que recentemente roubaram as casas que pertenciam aos idosos que foram corridos das zonas ribeirinhas de Lisboa, à força. A esse tipo de gente o apito dos navios incomoda. Àquelas que sempre viveram próximo do rio, o apito dos navios é melodia em noites e manhãs de nevoeiro, no rio. Sinais que reconhecem sem olharem o rio. Os navios também apitam à chegada e saída dos portos em todo o Mundo, mesmo quando não existe nevoeiro, tal como fazem os comboios quando entram ou saem das estações ferroviárias. Contudo só em Lisboa, os navios incomodam os novos ricos, os mesmos que não sentiram incómodo em roubar a casa com vista para o rio, a idosos carenciados, nem nas formas e meios de obter os meios para as poderem adquirir por quantias exorbitantes.

Nas fotos, vemos o navio de carga geral, Mario C, fundeado (parado) no Tejo, encoberto pelo nevoeiro. Tal como as fotos demonstram o navio está semi-oculto. A fotografia foi obtida quando o nevoeiro começou a dissipar-se, porque minutos antes o navio estava totalmente oculto, parado no rio.

O Mario C, visto da margem do rio, quando o nevoeiro começou a dissipar-se.

É por essa razão que segundo as leis marítimas internacionais (o equivalente ao código da estrada para os veículos automóveis), os navios que estejam fundeados são obrigados a sinalizar a sua presença, através de sinais sonoros. Isso impede que outros navios que estejam a circular próximo destes, os abalroem (batam), causando naufrágios ou desastres ambientais. Não nos podemos esquecer que como neste exemplo das fotografias, ali próximo passam navios com cargas altamente perigosas para o ambiente, com destino ao terminal químico do Barreiro, assim como navios ferrys com centenas de passageiros, que em caso de naufrágio morriam rapidamente por hipotermia, uma vez que o nevoeiro acontece em dias em que a temperatura da água não convida a banhos. Além do mais estamos a falar de um rio onde 99% dos Lisboetas nunca tomou um único banho, nas suas vidas. 

Mas perguntam, não existe tecnologia de navegação que possa sinalizar a existência dos navios parados? Existe, mas tal como o GPS nos veículos automóveis não é 100% fiável, essa mesma tecnologia existente nos navios também não o é, então recorre-se aos conhecimentos elementares e básicos e que estão provados que funcionam bem em situações idênticas.

O Mario C, é um navio com 130 m de comprimento e 22 m de largura, com 8500 t GT.

Sunday, December 20, 2020

Vasco da Gama, oficialmente Português

O Vasco da Gama e o World Voyager, sob um intenso nevoeiro

O nevoeiro a ocultar o navio cargueiro Mario C na popa do Vasco da Gama e o graneleiro Federal Churchill de 200 m na sua proa.

A chaminé com o logótipo da Cruise & Maritime Voyages, apagado e a oxidação do casco bem visível devido à paragem prolongada.

O registo Madeira que veio substituir o anterior porto de Nassau.

O navio Vasco da Gama, acostado em Lisboa desde o dia 25 de Novembro, último, ostenta finalmente o pavilhão Português, com registo na ilha da Madeira. A bandeira Portuguesa já se encontra na popa do navio, assim como a palavra Madeira, logo abaixo do nome. Os símbolos do anterior operador, Cruise & Maritime Voyages, encontram-se a ser removidos. Tal como mostram as fotos, já foram ocultos na chaminé e estibordo e encontra-se em desenvolvimento o que parece ser uma pintura parcial para ocultação da oxidação do casco. Oxidação que se tem tornado uma imagem viral um pouco por todo o mundo, nos vários navios de cruzeiros que se encontram parados e sem manutenção. Sinais de degradação que evidenciam a quantidade de trabalho e mão de obra necessários para manter estes navios sempre com aspecto imaculado, tal como estamos habituados a vê-los, entrar e sair dos nossos portos. Em breve o Vasco da Gama poderá ostentar logótipos da Nicko Cruises que já o anunciou como o seu novo navio, nas redes sociais. Este navio também já foi anunciado como espectável para operar com o mercado Português.
Os irmãos mais novos do Vasco da Gama, World Explorer e World Voyager
A cobertura retráctil de uma piscina

A bandeira Portuguesa, num navio Português.