Terminais portuários

O sítio onde os navios atracam, vulgarmente conhecido como cais, assume o termo terminal para o identificar consoante o tipo de operação que ali se desenvolve. Assim e em condições de operação normal, cada tipo de navio efectua as suas operações de carga e descarga em terminais próprios. Isso significa que são cais que se encontram devidamente adaptados ao tipo de operação que ali se desenvolve, quer em termos de equipamentos, condições físicas e meios humanos, nos quais se inclui a formação para operar determinados tipos de equipamentos, em segurança e eficiência.

Terminais de contentores:
Caracterizados por possuírem grandes terra-plenos com capacidade de armazenagem temporária de contentores. Costumam possuir meios elevatórios, como sejam gruas fixas ou móveis e meios de transporte e elevação de contentores. Em portos mais avançados já possuem elevados graus de automatização e robotização de operações.

Terminal de contentores de Santa Apolónia, Lisboa.
Terminais de passageiros:
Normalmente são terminais que possuem edifícios para proteger as pessoas das condições meteorológicas e aí serem processadas as operações. Dependem do tipo de tráfego de passageiros que recebem. Quando recebem tráfego internacional, possuem equipamentos mais sofisticados, e mais meios humanos, como seja o controlo de fronteiras, bagagens. Em tráfegos regionais ou locais (travessia de rios, por exemplo), o tipo de controlo e meios utilizados podem sem inferiores, mas não necessariamente.


Terminais multiusos:
Terminais de carga que recebem diferentes tipos de carga num só carregamento. Têm de ter espaço e condições para segregar as cargas e inclusive armazená-las em segurança. A armazenagem de carga nos portos, apenas deve acontecer por curtos espaços de tempo, de forma a não ocupar espaço na movimentação de cargas. O período de tempo pode variar bastante, mas pode-se considerar normal um espaço de 24h-48h, embora as médias devão ser inferiores. 
Terminal multi usos do Beato, Lisboa.
Terminais químicos (Terminais de granéis líquidos):
Cais equipados com mecanismos de carga e descarga de navios, com capacidade para lidar com matérias perigosas e de elevados riscos. Devem possuir planos de segurança e prevenção de riscos e danos ambientais. Pode considerar-se neste tipo de terminais os terminais petrolíferos abaixo. Aqui optei por colocá-los separados apenas para diferenciar que além dos derivados do petróleo existem outros produtos químicos altamente perigosos que são transportados por navios. Caso de produtos destinados às indústrias de resinas, colas, plásticos, etc. Exemplos desses químicos sejam: propileno, etileno, butadieno, etanol, metanol, etc.

Terminais petrolíferos (Terminais de granéis líquidos):
Talvez dos mais conhecidos. São os terminais onde operam navios que transportam petróleo e seus derivados, como sejam gasolinas, gasóleos, combustíveis para aviões ou navios, etc.

Terminais de pesca (Lotas):
Uns dos mais comuns, directamente ligados à indústria pesqueira. Normalmente um dos seus maiores requisitos é a capacidade de produção de gelo ou proximidade a grandes armazéns ou fábricas de transformação de pescado, assim como bons acessos a vias de comunicação principais que possam permitir um transporte rápido e disponibilização ao cliente final, como produto fresco.

Terminais de granéis sólidos:
Terminais equipados para operarem com carga a granel. Os mais conhecidos são os terminais de cereais, onde a carga é descarregada ou carregada através de mangas e pontes rolantes que funcionam pelos princípios de sucção/bombagem. Podem também operar com outro tipo de mercadorias como por exemplo os cais destinados ao embarque ou desembarque de cimento, minério, açúcar.

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