Saturday, August 29, 2020

Cargueiros na falta de cruzeiros

Numa altura em que a maior parte das companhias de navegação, de turismo e lazer, já cancelaram toda a sua actividade para o ano 2020, restam apenas os navios mercantes para aqueles que os gostam de ver e fotografar.
Em Lisboa os navios de cruzeiros só deverão voltar em 2021, salvo alguma excepção e ou escala técnica tal como até aqui tem acontecido com alguns (poucos) navios de passageiros. 
Esta tarde o cais do Beato apresentava um movimento de navios bastante interessante, com 4 navios mercantes a operarem neste cais. 
Destaque para os dois, cujo registo foi mais fácil o Baltic Patriot e o Victoria. O Arklow Day e o Alithia encontravam-se atracados por entre estes dois. O navio Baltic Patriot é um navio frigorífico e o Victoria é um navio de carga geral. De notar que todos estes navios são cargueiros já de grande porte, à excepção do Arklow Day. O Baltic Patriot tem 150 m de comprimento, 22,5 m de boca e 10402 toneladas. Já o Victoria é um navio com 108 m de comprimento e 18 m de boca, com 5629 toneladas. Que ao menos não nos faltem os navios de mercadorias.

Tuesday, August 25, 2020

Wes Nicole e Alithia

Dois navios a operarem no cais do Beato o Wes Nicole, navio de carga geral com 19 anos e 89,87 m de comprimento por 15,5 m de largura e o graneleiro Alithia com 180 m de comprimento, 30 m de boca e com um calado de 8 m.  O Alithia descarrega cereais para os silos do terminal e o Wes Nicole carregou carga (areia?) com destino a Marrocos.

Lagoa

O navio Lagoa a carregar no Cais do Poço do Bispo, materiais de construção, com destino a Cabo Verde. O Lagoa é um navio de 1997 (23 anos) que se encontra a navegar com o IMO 9150470 e bandeira de Cabo Verde, São Vicente. É um navio que tem 100,5 m de comprimento por 16,5 m de boca. Tem uma tonelagem bruta de 3981 toneladas.

Monday, August 24, 2020

Porto do Caniçal

O navio de apoio à imigração ilegal, Aquarius Dignitus e a draga Anjos.
 O porto do Caniçal, na zona leste da ilha da Madeira, é neste momento a principal porta de entrada de mercadorias na ilha da Madeira. Ali chegam e partem quase todos os produtos produzidos e consumidos na ilha. 
Acima vemos os navios Max Stability a operar no porto do Caniçal com o Funchalense 5 pela sua popa, carregando de volta ao continente os equipamentos dos pilotos não locais que participaram no Rally Vinho Madeira.


Além das mercadorias, este é também, ainda uns dos principais portos de pesca da Região Autónoma, onde se posicionam as maiores embarcações de pesca nomeadamente da pesca do atum.

Monte da Guia

O velhinho (26 anos) Monte da Guia, navio porta contentores Português, a descarregar em Santa Apolónia, proveniente de Ponta Delgada Açores. A terra que lhe empresta o nome é um cone vulcânico da ilha do Faial, junto à cidade de Horta. 
O navio chegou a Lisboa hoje e partirá ainda hoje com destino a Leixões, onde deverá dar início a mais uma rotação até aos Açores, nas suas habituais viagens de ligação aos arquipélagos Portugueses.
Pela popa o navio tinha o Rebecca S, que deverá partir apenas amanhã ao final do dia para o porto do Caniçal, na ilha da Madeira.

Montalvo

O rebocador Português Montalvo, com porto base em Setúbal, estava a navegar ao longo da Costa Sul da ilha da Madeira, no passado dia 9 de Agosto. Este rebocador costuma efectuar viagens até às ilhas Portuguesas quando é necessário o transporte de plataformas flutuantes para obras marítimas e este poderá ter sido o motivo desta viagem.

NRP Tejo (P590) ex-HDMS Viben (P562)

O navio patrulha oceânico, NRP Tejo, a navegar junto à costa da ilha da Madeira e atracado no seu posto de amarração no porto do Funchal. Este navio da Marinha Portuguesa, costuma efectuar campanhas de aproximadamente 2 meses, na ilha da Madeira, para patrulhar os mares desta região, assegurando sobre estes a soberania nacional, fiscalizando as actividades desenvolvidas no mar, assim como prestando auxílio a quem dele precisar. Possuem ainda a missão de assegurar o transporte dos guardas do Parque Natural da Madeira, de e para as ilhas Desertas e Selvagens. 
O NRP Tejo, ex-HDMS Viben (da Marinha Dinamarquesa), é um navio com 54 m de comprimento, 9 m de boca e 2,5 m de calado. Veio substituir os velhinhos patrulhas da classe Cacine, que entretanto foram desactivados.
Está ao serviço da Marinha Portuguesa desde 28 de Abril de 2015, formando a classe Tejo, juntamente com os seus 2 irmãos, NRP Douro e NRP Mondego.

Lobo Marinho

O ferry Lobo Marinho cuja construção foi financiada pela União Europeia, para o desenvolvimento da ilha do Porto Santo, continua a operar no arquipélago da ilha da Madeira com viagens diárias entre a ilha da Madeira e a ilha do Porto Santo. No verão, período de maior procura pela ilha Dourada, o navio chega a efectuar duas viagens diárias entre as duas ilhas, o que não deixa de compensar a falta de viagens no mês de Janeiro quando o navio simplesmente abandona a ligação e efectua a sua paragem anual para manutenção, ficando a ilha sem transporte marítimo regular, de passageiros. 
A aproximação final ao Porto do Funchal por entre as ilhas Desertas.
Apesar da pandemia que se vive, os preços das viagens marítimas de e para o Porto Santo continuam a registar valores altos, apesar de algumas campanhas que disfarçam essa situação e servem para desmentir essa realidade, tal como viagens a 10€ para residentes na ilha da Madeira, em determinados dias e horários, mas que mesmo assim não impedem que o navio navegue em algumas viagens com muito poucos passageiros, algo anormal para um mês que sempre registou picos de passageiros transportados e que demonstra algum desinteresse em encher o navio mesmo em tempos de crise.
Registamos algumas das suas viagens neste mês de Agosto, que proporcionam sempre bons momentos para quem gosta de navios, do mar e de navegar. Registe-se que o navio continua a aparentar boas condições de manutenção do casco apesar dos tempos difíceis que se vive actualmente.
Ao fundo a praia do Garajau em plena reserva natural e no topo o Cristo Rei.
A tripulação cumprindo com as orientações da Direcção Geral de Saúde
A manobra de atraque no Porto do Funchal
De regresso ao Porto Santo, à saída do Funchal.
Já a navegar em Oceano aberto a Norte da ilha da Madeira, próximo da Ponta de São Lourenço.

Sunday, August 23, 2020

CS Stratos

Registo da passagem pela vila do Porto Moniz (ilha da Madeira), do navio frigorífico CS Stratos, no passado dia 18 de Agosto. O navio navegava relativamente próximo de terra, ao ponto de ser visível a partir desta a olho nú. Provavelmente navegava a cerca de 4 milhas náuticas da costa. 
A vila do Porto Moniz, é um dos pontos mais a Oeste da ilha da Madeira, e é por onde navegam todos os navios com proveniência do continente Sul Americano que se dirigem ao Norte da Europa com passagem a Norte da ilha da Madeira. Nesta zona os navios aproximam-se de terra para poderem conseguir redes móveis para que os tripulantes consigam efectuar contactos com os familiares, visto que até aqui estiveram em navegação e longe de terra durante alguns dias. Assim aqueles que estão em casa, conseguem ter alguma notícia dos que navegam, uma vez que as comunicações apesar de existentes ainda continuam a ter preços muito altos, quando em alto mar e efectuadas através de satélites a partir do navio.

A sinalização de terra, no farol do ilhéu do Porto Moniz.
O porto mais próximo nesta zona, é mesmo o porto do Porto Moniz, que não dispõe de cais acostável para receber este tipo de navios, apenas possui um cais para embarcações de pesca de médio porte, o mesmo que se pode ver na primeira foto deste post. Contudo esta vila encontra-se dotada de um heliporto que por sua vez se encontra inoperacional por razões desconhecidas, mas que em situações como esta poderá vir a ser útil para operações com navios, por exemplo evacuações médicas ou até mudanças de tripulações.
Nesta zona a navegação mantém as distâncias à costa assinaladas nas cartas marítimas, contudo os tripulantes sempre poderão desfrutar de algumas vistas magníficas da Costa Norte da ilha da Madeira.
Seixal, ilha da Madeira.
O CS Stratos é um navio frigorífico de 2007, que tem 162,5 m de comprimento, 26 m de largura e 7 m de calado. Navega com o IMO 9350991 e já ostentou vários nomes, entre eles Spas Strat S A e Star Stratos.

Friday, August 7, 2020

Aurette A

Um dos maiores navios que operam para o Grupo Sousa, grupo empresarial madeirense que possui a maior frota nacional de navios mercantes. Porém o Aurette A, opera para este grupo em regime de fretamento, daí nem se encontrar caracterizado com pinturas do grupo Sousa. É um navio de 154,54 m de comprimento, 24,5 m de boca e desloca 14236 toneladas. Tem capacidade para transportar até 1199 contentores de 20 pés. Foi construído em 2002 na Alemanha e presentemente navega com a bandeira de Malta. É propriedade da Arkas Shipping & Transport com sede em Izmir, Turquia.
O Aurette A e o Furnas pela sua popa. Ao fundo o Monte Brasil e o Max Stability. 
O Terminal de contentores de Santa Apolónia.
O nome do proprietário no casco do navio que está ligado à rota de Algeciras.

O cargueiro Sava

O cargueiro Sava é um dos muitos navios anónimos que passam por Lisboa, trazendo as mais elementares coisas que nos entram em casa. Tal como muitos outros navios o Sava navega com uma bandeira de conveniência que facilita a escravidão a bordo, e promove os benefícios fiscais para o seu operador. Num meio onde a concorrência do preço dos fretes diminui a cada dia, este acaba por ser o esquema encontrado por armadores, para conseguirem manter-se no mercado. Obviamente que todos perdem, começando pelas tripulações que deixam de ser tripulantes para serem escravos modernos. Incluem-se também nas perdas os consumidores, de forma indirecta e suavizada ao longo de muito tempo. Esta questão poderá ganhar alguns contornos relevantes atendendo ao recente acidente com o navio Russo  Rhosus, em Beirute, mas poderá também ficar esquecida por conveniência de muitos, tal como até aqui tem acontecido. Não nos podemos esquecer que um navio carregado representa milhões em mercadoria.
O Sava é um navio de 1999, ex-Serenay 1 e ex-Boterdiep. Tem 121 m de comprimento e 15,85 m de largura em cima de 5680 toneladas. Navega com o IMO 9158082 e porto de registo em Port Villa. Começou a navegar para os Holandeses, mas em 2013, passou para a Turquia, onde se mantém ao serviço da Sava Shipping Line Corp. através da Kamer Marine Denizcilik Ic ve Dis Ticaret Ltd. 
É um navio de carga geral, considerado pequeno, face aos gigantes existentes no mercado. Na altura da foto apresentava-se bem cuidado, fundeado no Tejo com o cabo da âncora a passar pelo bolbo de proa para estibordo.

O Royal Clipper deixou a quarentena em Lisboa

Acabou de deixar Lisboa, esta semana, dia 5 de Agosto, o Royal Clipper. Daqui partiu com destino a porto Grego de Piréu onde está previsto chegar no próximo dia 17. Lisboa fica assim desprovida de navios de cruzeiros estrangeiros, em porto, numa altura em que algumas companhias de cruzeiros que por cá passavam já fecharam as portas e pelo menos 5 navios já desapareceram para sempre do mercado de cruzeiros.