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Thursday, November 30, 2023

Argus - Polynesia

O velhinho bacalhoeiro Argus, atracado a um dos cais dos Bacalhoeiros de Ílhavo - Aveiro, onde se encontra aguardando uma recuperação tal como aconteceu com o Santa Maria Manuela que tem efectuado cruzeiros com bastante sucesso. Está ali desde 2009, tendo a sua recuperação total para voltar a navegar já tendo sido posta de parte. Agora os planos são para cedência museológica à Câmara Municipal de Ílhavo.
O ainda Polynesia, navegou mais de 30 anos pelos mares das Caraíbas, em cruzeiros desde 1975 quando deixou os bancos de pesca da Terra Nova e virou navio de cruzeiros, pela Windjammer, empresa que veio a falir em Novembro de 2007. Em 1975 ganhou também o aspecto atual com o acréscimo de mais um deck para 112 passageiros assistidos por 45 tripulantes. No total tem 4 decks.
O ex-Argus, construído na Holanda (De Haan & Oerlmans) em 1939 para a Parceria Geral de Pescas é agora propriedade da Pascoal e Filhos. Tem 57,54 m de comprimento, 9,91 m de boca e 413.39 t. Efetuava cruzeiros pela Windjammer e Barefoot Cruises, companhia que faliu em 2007, finalizado assim a sua carreira. Foi deixado em mau estado num cais em Aruba, quando foi salvo da sucata e veio a reboque desde Oranjestad, para Portugal com a intenção de ser recuperado tal como aconteceu com o Santa Maria Manuela, um dos 3 navios bacalhoeiros ainda existentes a par do navio Creoula da Marinha Portuguesa. Devido ao passado de glória nos cruzeiros, e imortalizado em documentários de televisão o Polynesia é o mais conhecido dos 3 irmãos, embora nos últimos quase 20 anos, tenha caído no esquecimento de muitos daqueles que nele viajaram.

Thursday, November 23, 2023

Cale de Aveiro

Cale de Aveiro, o navio ferry que efetua as travessias da ria de Aveiro entre o Forte da Barra e São Jacinto, e que em breve será substituído pelo novo ferry 100% eléctrico, Salicórnia. 
O Cale de Aveiro é um navio com 34 m de comprimento e 10 m de boca que desloca cerca de 280 t com um calado de 3,5 m. Tem capacidade para 120 passageiros e 24 viaturas. Navega desde 1960 com o IMO 8423882, tendo sido construído na Suécia pelo estaleiro Karlskronavarvet - Karlskrona. Existe a informação de que navegou anteriormente com os nomes Farja 61/247, até 1980, Aspoe Atrom até Maio de 1993 e com o nome Breitling até Janeiro de 2004. 
Apesar de ser um navio antigo o Cale de Aveiro está a operar em Aveiro apenas desde 6 de Agosto de 2007 (16 anos), induzindo em erro aqueles que ao vê-lo pensam que está ali na Ria há muito mais décadas. 
Antes de operar na Ria de Aveiro, o Cale de Aveiro chegou a Portugal para operar no rio Douro assegurando a travessia provisória após a queda da ponte Hintze-Ribeiro, tendo surgido da necessidade de assegurar a travessia de passageiros e viaturas em substituição da ponte. A compra na Holanda e transporte para Portugal, no navio Condock I (IMO 7812749), está associada a um empresário conhecido na operação fluvial de navios de passageiros no rio Douro. O transporte foi feito desde o porto de Roterdão e as dimensões do ferry foram escolhidas de forma a que pudesse navegar no rio Douro, desde a Foz até Hintze-Ribeiro. Juntamente com o Cale de Aveiro veio para Portugal o ferry Castelo de Paiva, que mais tarde foi adaptado a doca flutuante no estaleiro da NavalRia em Aveiro, onde ainda permanece. O Cale de Aveiro navegou com o nome Cidade de Penafiel, no Douro, pela Douro Azul.
O que resta do ferry Castelo de Paiva, no estaleiro da NavalRia. 

Com a saída de serviço do Cale de Aveiro, é bem provável que a sucata seja o seu destino final, devido à idade avançada.

Tuesday, September 26, 2023

Expresso do Triângulo e Trafaria Praia

O catamarã, Expresso do Triângulo no seu estado atual, em doca seca, no estaleiro da NavalRia, em Aveiro, aguardando um novo destino. Anteriormente navegou com os nomes Helgeland de 1983 a 1997, Helgeland II de 1997-1998 e Fjordtroll  de 1998 a 2001.

O navio construído em 1983 no estaleiro Fjellstrand na Noruega, operou nos mares dos Açores desde agosto de 2001 até sensivelmente 2014, altura em que cessou operações e ficou parado no porto da Horta até 2018, data em que deixou a frota da AtlânticoLine e rumou até Aveiro, por inviabilidade de reclassificação e poder continuar a operar no transporte de passageiros nos mares dos Açores.

Nos Açores, o Expresso do Triângulo, a partir de Dezembro de 2001, esteve ao serviço da Transmaçor assegurando o transporte de passageiros entre as ilhas do Faial, Pico e São Jorge (Triângulo). Tem 31,5 m de comprimento, 9,40 m de boca e 3,5 m de pontal. Tem uma arqueação de 287 t e atinge uma velocidade de 22 nós. 

Encontra-se ao lado do Trafaria Praia o cacilheiro que foi adquirido por um cidadão do Porto e chegou a operar no Tejo transportando turistas, sem sucesso, depois de uma cidadã obesa o ter transformado numa pseudo obra de arte e que inclusive representou Portugal numa exposição em Veneza.

O Expresso do Triângulo que ainda ostenta o nome, porto de registo e matricula tal como quando chegou dos Açores.

O Expresso do Triangulo foi comprado pela Empresa Black & Blue, que é nada mais nada menos que uma empresa do grupo que detém este estaleiro naval. Por sua vez o cidadão proprietário do Trafaria Praia é também acionista neste estaleiro, pelo que dadas estas circunstâncias ambos os navios estão apenas "em casa" aguardando planos para o seu futuro.

Desconhece-se o futuro de ambos os navios, contudo sabe-se que o estaleiro da NavalRia é o primeiro estaleiro Português que possui licenciamento para demolição de navios, podendo estes dois vir a ser aqui reciclados, ao invés de dizermos desmantelados.