Tuesday, July 28, 2020

Josco Yongzhou, navio novo

Navio com registo em Hong Kong que se encontra a operar no terminal de cereais da Tagol. Chegou a Lisboa no passado dia 23, atracou no terminal da Trafaria e dali saiu em direcção ao terminal da Tagol.
Esta movimentação pouco habitual, poderá dever-se ao facto do navio ser novo, ou de ali ter aguardado cais para operar na Tagol. 
A sua partida de Lisboa está estimada para quarta-feira dia 29 de Julho com destino a Cartagena. Teve precedência do porto Brasileiro de Vila do Conde. Este é um navio acabado de construir que tem apenas alguns meses. Tem como data de construção o mês de Maio. Tem como dimensões principais, 199,90 m de comprimento, 32,24 m de boca e 18,60 m de calado. Navega com o IMO 9872511, e esta é possivelmente a sua primeira viagem, a entrega da sua primeira carga.
A sua construção já foi afectada pela atual pandemia, e começou a operar mesmo em tempos bastante conturbados. Tendo a sua entrega dependido apenas da amizade existente entre o estaleiro e o dono do navio. A entrega do navio por parte do estaleiro, aconteceu a 20 de Março e foi formalizada através de vídeo. Aconteceu paralelamente com o seu outro navio gémeo. Ambos tinham a denominação de estaleiro Dacks DE073 e Dacks DE074. Como a maior parte dos navios cargueiros, não tem direito a grandes celebrações de entrega ou baptismos de primeira escala. Os navios cargueiros, servem apenas para trabalhar, não para diversão, logo passam a maior parte das suas vidas despercebidos à maior parte dos comuns cidadãos. 
Este navio saiu do estaleiro Dacks, uma joint venture entre o Ocean Shipping Group Company (COSCO) e a Kawasaki Heavy Industries, Ltd (KHI). Este estaleiro é um dos maiores do mundo e pretende mesmo alcançar o topo mundial na construção de navios mercantes. Possui a maior doca da China com 700 m de comprimento. Neste momento encontra-se afectado na sua capacidade de produção pela atual pandemia, mas mesmo assim consegue meter no mercado navios como este, que podem atingir os 15,8 nós de velocidade deslocando 61000 DWT.


O casco do Josco ainda brilha de novo...

Monday, July 27, 2020

Excalibur

Excalibur, essa grande espada do rei Artur, muito associada à soberania Britânica...contudo hoje o Excalibur que veio hoje ao Tejo meter combustível é apenas um navio tanque, colosso em dimensões. Não deixou indiferentes os que passavam e das margens do rio e que desde a ponte o viam, durante a sua escala de cerca de 9 horas. Daqui saiu pelas 21 h com destino a Gibraltar. 
O Excalibur saiu no dia 6 de Julho da Holanda, do porto de Roterdão e encontrava-se já ao largo de Cádiz. Contudo veio desde Cádiz até Lisboa para abastecer, talvez muito provavelmente pela demora ou impedimentos de entrada em portos Espanhóis, situação que se desconhece. 
O leme a marcar 10 metros...
É um navio com 18 anos de idade e capacidade para 138 000 metros cúbicos de gás natural. Tem 277 m de comprimento, 43,4 m de boca e mais de 10 m de calado. Navega com o registo do porto Belga de Antuérpia. 


Zona de serviço dos tanques de transporte do navio

Wednesday, July 22, 2020

Manisa Aurora

O navio Português Manisa Aurora operando no cais do Beato em Lisboa. Este navio ostenta na sua popa a bandeira de Portugal, não tendo nenhum porto de registo. Ostenta apenas uma palavra Portuguesa, Madeira, no casco, o que não lhe confere um porto de registo mas sim um paraíso fiscal ao abrigo das leis marítimas internacionais. Esta situação é comum a muitos navios "Portugueses" ou àqueles que aqui se lavam.
Este navio tem 8 anos, 108 m de comprimento e 18,2 m de largura. Navega com o IMO 9583055, e tem 5630 toneladas. 
Teve precedência de Marrocos e tem partida prevista para Bissau, embora ainda sem data. Ao que parece encontra-se a carregar materiais de construção. Note-se que muitas empresas Portuguesas da área da construção, que trabalham em África, costumam abastecer-se em Portugal, uma vez que lá é muito difícil conseguir matérias primas que garantam qualidade de construção. Neste processo o transporte marítimo é essencial.

Immensity

Navio de carga geral, Immensity carregando no cais do Poço do Bispo. O navio carregou areia com destino a Manfredonia, um porto na Costa Leste de Itália, viagem que ainda se encontra a realizar apesar de já ter largado de Lisboa no passado dia 16 de Julho pela tarde. 
O navio e a sua carga a granel.
Entretanto parou em Gibraltar, a gasolineira dos navios que entram e saem do Mediterrâneo, e dali saiu para o porto onde deverá descarregar a areia Portuguesa.
O Immensity é um navio pequeno com capacidade de transporte de 9766t. Navega com a bandeira de Malta. Tem 18 anos, 108,5 m de comprimento e 18,6 m de boca.
O Immensity quando ainda tinha os porões vazios, em cais.

Saturday, July 11, 2020

No cais, sem portaló...

É tão esranho ver um navio amarrado ao cais, mas sem portaló, durante meses a fio...e ainda para mais quando se trata do mais bonito veleiro do Mundo, que a muitos tem passado completamente ao lado. Se algumas pessoas soubessem faziam fila para o virem ver, mas era preciso que pudessem saber admirá-lo, com a beleza, imponência e toda a graciosidade que ele tem. Por cá continua o Royal Clipper ainda sem data conhecida para deixar Lisboa.



Friday, July 10, 2020

Harvest Frost na Trafaria

Navio graneleiro Harvest Frost a descarregar no terminal de granéis sólidos (cereais), da Trafaria. Este terminal é o que os maiores navios recebe em Lisboa, devido a ser um terminal de águas profundas e estar equipado para operar com navios de grande porte, tal como são os navios de transporte de granéis sólidos.
O Harvest Frost e a Trafaria, do outro lado de Lisboa (Belém).
O Harvest Frost teve proveniência de Santarém, Brasil e tem a sua saída agendada para o próximo dia 14, com destino a Nova Orleães. É um navio com 6 anos de idade, 237 m de comprimento e 40 m de boca (largura). Tem 95263 toneladas, navega com o IMO 9643879, e com a bandeira das ilhas Marshall, porto de registo Majuro, um porto bem conhecido dos navios que apenas existem para ter lucro, e não se interessam com as pessoas nem com a vida dos tripulantes, condições sociais ou regalias de saúde. 
A capacidade de armazenagem da Trafaria, faz com que qualquer navio grande pareça pequeno.

Thursday, July 9, 2020

A visita do Ocean Diamond

O navio Ocean Diamond efectuou uma escala técnica ao largo de Cascais na passada sexta-feira, dia 3 de Julho. O navio proveniente de Portsmouth; dali largou no passado dia 27 de Junho, esteve cerca de 24 h fundeado em Cascais, e daqui saiu com destino a Las Palmas de Gran Canária onde chegou no dia de ontem e ali se encontra agora atracado.
O Ocean Diamond ao largo de Cascais na passada sexta-feira.
Os navios continuam a navegar com tripulações reduzidas ao máximo possível e algumas companhias começam a elaborar planos de retoma e reestruturação. O efeito mais notório na Quark Expedions é a redução descarada de valores nos preços das suas viagens.
A drástica redução de preços que mostra a possibilidade de oferta do mesmo produto por valores bem menores.
Numa viagem de exploração de 20 dias, os valores baixaram cerca de 5 mil euros por passageiro, uma prova mais do que evidente de que os preços dos cruzeiros de exploração estão hiper inflacionados e são um nicho de mercado cuja tendência é diminuir o crescimento desenfreado que tinha vindo a acontecer nos últimos dois anos, tudo isto devido à atual pandemia. 
 O Ocean Diamond, é o ex-Le Diamant, um navio que tem vindo a visitar os portos Portugueses de forma assídua sempre que passa por este lado da costa do Oceano Atlântico, nas suas subidas e descidas de e para a Antártida, ou Ártico. Inclusive, foi em Lisboa que ganhou o atual aspecto, numa longa paragem técnica, quando em 2011 deixou de pertencer à Compagnie du Ponant e passou a pertencer à Quark Expeditions.
É já um navio de 1973 embora reconstruído em 1986, pelo que apresenta um design de linhas clássicas, embora agressivas, por ter demasiadas angulosidades. Contudo estas linhas fazem dele um navio único, sem navios irmãos, tal como os navios novos que chegam a ter 10 navios sob o mesmo projecto tornando-os apenas mais um entre muitos. Assim o Ocean Diamond, consegue manter a sua dignidade e postura por ser único e um navio facilmente identificável por quem se dedica um pouco mais a este tipo de assuntos.

Tuesday, July 7, 2020

Os cargueiros das ilhas


Encontravam-se atracados ao final do dia de hoje, no terminal de contentores de Santa Apolónia, os navios Rebecca S e Laura S, ambos navios da GS Lines, uma empresa do grupo Madeirense, Sousa; Grupo Sousa Lines.
O Rebecca S, vendo-se o Convento e igreja da Madre de Deus ao fundo, por detrás da sua proa.
O Rebecca S (ex-Samba) é um navio que se encontra na linha da ilha da Madeira, efectuando a ligação entre este arquipélago e Portugal continental. Chegou a Lisboa, no passado domingo dia 6, proveniente da ilha do Porto Santo e daqui deve sair com destino a Leixões. É um navio de 2007, com 7584 toneladas, 129,6 m de comprimento e 20,6 m de boca.

Laura S


Já o Laura S (ex-Heinrich J), está ao serviço dos Açores, efectuando um serviço semelhante. Chegou a Lisboa, ontem de manhã e daqui deve sair com destino a Leixões no dia de amanhã. O serviço que efectuam chama-se cabotagem, uma vez que transportam carga entre portos do mesmo país. O Laura S é mais velho (1998) do que o Rebecca S e menor. Tem 119,65 m de comprimento, por 20,63 m de boca, distribuindo assim as suas 5850 toneladas. Estes navios receberam os nomes das filhas do proprietário dos navios, Laura Sousa a filha mais velha e Rebecca Sousa. Além destes existe um outro navio o Raquel S de Raquel Sousa. 
O Laura S, pela sua popa o Rebecca S e ao fundo o Wes Janine

O Royal Clipper continua também a sua longa escala em Santa Apolónia.

Monday, July 6, 2020

Ainda o Ice Glacier

Mais algumas perspectivas do muito bonito navio frigorífico Ice Glacier que entretanto ainda continua por Lisboa, atracado no cais do Beato, tal como já tinha mostrado Aqui. Este navio deveria já ter largado mas razões desconhecidas mantêem-no por cá. Muito provavelmente a falta de fretes...mas não se sabe.


Pela popa do Ice Glacier o navio de carga geral Pola Anastacia e o Funchal ao fundo.

Thursday, July 2, 2020

Doca do Beato

Uma parte do porto de Lisboa, a doca do Beato, situada a Este do centro de Lisboa, esta doca serve como local de atraque de batelões e algumas embarcações de pesca tradicionais e de pobres. Na baixa-mar, fica a seco, com a lama a impedir a sua utilização por embarcações. Apenas limícolas podem frequentar a doca nessa parte do dia, em que os crustáceos ficam mais vulneráveis, à predação. 
As embarcações que aqui atracam são rebocadas de e para aqui, e normalmente são as mesmas que efectuam os desembarques e embarques de mercadorias no meio do rio. Ao fundo pode ver-se o paquete Funchal atracado no cais da Matinha e em primeiro plano os batelões sem propulsão Rute junto ao cais e Raio. À sua direita, na foto, vemos o rebocador Canopus e mais seis batelões atracados pelo exterior do cais da Doca do Beato.