Tuesday, November 24, 2020

Nordica em mais uma escala em Santa Apolónia

O navio porta contentores Nordica, operando no terminal de contentores de Santa Apolónia. Este é um navio recente, de 2011 (9 anos), tem 151 m de comprimento, 23 m de largura e 7,6 m de calado.
É um navio frequente em Lisboa. Pode ver outros registos dele em Lisboa, este ano, Aqui e Aqui.

Astor

 

Astor, mais um navio que deixou de navegar. Com o fim da Cruise & Maritime Voyages (CMV), este foi um dos navios que estava na sua frota e que não conseguiu despertar o interesse de novos investidores neste mercado.Viu assim a sua última viagem acontecer no dia de ontem, numa praia da Turquia. Na foto relembramos uma das suas passagens por Lisboa ao serviço da Transocean Tours subsidiária da CMV.

A despedida do Max Stability

O navio Max Stability efectuou a sua última viagem ao serviço da Transinsular, a semana passada, tendo saído de Lisboa, após descarga no Cais do Poço do Bispo, no passado sábado pelas 19:30 h com destino ao porto Grego de Piraeus. Na sua última viagem entre o porto do Caniçal na ilha da Madeira e Lisboa, o navio trouxe uma carga especial, uma embarcação de pesca que descarregou em Lisboa. Foi substituído na linha da Madeira pelo novo navio da Transinsular, o Ilha da Madeira (novo, ex-Conmar Najade, navio de 2007). 

Monday, November 23, 2020

World Voyager, por estrear

Os irmãos olhando-se de frente abençoados por Santa Engrácia
A companhia de navegação Mystic Cruises tem posicionados 2 dos seus navios em Lisboa, ambos fora de serviço. Segundo a empresa esta situação deve-se à falta de espaço em Viana do Castelo e Leixões para acomodar os navios nestes portos. Tratam-se do World Explorer e do seu irmão gémeo World Voyager. 
World Explorer

O World Explorer foi forçado a parar a sua operação regular de cruzeiros, devido à actual pandemia. Ainda esteve a operar no Mediterrâneo nomeadamente Grécia em Setembro, mas o cerco efectuado por vários governos para evitar que pessoas incautas proliferem o vírus, fez com que o navio voltasse a um cais seguro tal como a restante frota mundial.

O heliporto para aeronaves ate 2,8 t. Permite evacuações médicas em pontos remotos, e embarques e desembarques por via aérea, em locais remotos.


O World Voyager aguarda a sua estreia com passageiros a bordo
O World Voyager, deixou o estaleiro em Viana do Castelo e dirigiu-se para Lisboa, ainda por estrear. Este navio vê assim o início da sua carreira ser adiado pela pandemia, tal como já aconteceu com o Iona da P&O Cruises, com o Spirit of Adventure da Saga , o Celebrity Apex, o Scarlet Lady, entre outros que se iam estrear neste mercado multimilionário este ano. Ambos os navios têm previsão de permanência em Lisboa até Março próximo altura em que se prevê que possa existir uma retoma do mercado e ambos possam partir e navegar livremente pelo Mundo sem restrições de entrada em países ou portos, tal como acontece actualmente. São navios gémeos com apenas 126 m de comprimento por 19 m de largura e que hasteiam a bandeira de Portugal na popa, com registo na Madeira. Com as suas 9315 toneladas GT tem capacidade para 176 passageiros e 125 tripulantes. O World Voyager recebeu o IMO 9871529. 
A tripulação aproveita o confinamento a bordo, para cuidar da manutenção dos navios


Os botes do tipo Zodiac, para permitir a saída do navio e desembarque em lugares onde nem portos existam.
As balsas fechadas tal como obrigam as novas leis marítimas.

A ponte de comando fechada, certamente mais confortável quando se navega em mares gelados.


As escadas descaradamente à vista na falta de um logótipo na chaminé...


Tuesday, November 17, 2020

NRP António Enes (F471)

O NRP António Enes (F471), partindo da base militar do Alfeite, com destino aos Açores, onde se encontra agora, para mais uma missão no Arquipélago Português.  Com os seus 49 anos, esta corveta ainda continua a lutar pela salvaguarda da vida humana no mar, assim como fiscaliza as pescas e garante a jurisdição Portuguesas sobre as águas do Atlântico que nos pertencem.

Wednesday, November 11, 2020

O Monteverdi

Atrás do Monteverdi podemos ver o Balto e o rebocador Nereu.
Registo da passagem pouco usual de um navio de navegação em águas interiores, pelo porto de Lisboa. Tratou-se do Monteverdi, um navio novo, ainda por terminar que por aqui passou a reboque do Eems Wrestler. O Monteverdi dirige-se para a Holanda onde irá ser terminado e navegará em águas interiores. Trata-se de um navio tanque químico, com 110 m de comprimento, 13,5 m de largura e 6,6 m de calado. 

A construção ainda inacabada
Foi construído em 6 meses na cidade de Khersen na Ucrânia, na foz do rio Dnieper, junto ao Mar Negro, com um custo de 2,7 M € e com 1200 toneladas de aço produzido na Ucrânia. Dali partiu com destino ao estaleiro Holandês de Werkendam do grupo Veka Shipbuilding, onde será terminada a sua construção e então finalizada, poderá então carregar cerca de 5320 toneladas de produtos químicos em águas interiores Europeias. 

Esta parceria entre o grupo Holandês Veka e o Ucraniano, Smart Maritime Group já se mantém há mais de 10 anos com mais de 12 navios construídos. A madrinha do Monteverdi é a directora de Marketing do estaleiro Ucraniano, Svetlana Shott, que assim homenageia o compositor Italiano, Claudio Gionanni Antonio Monteverdi.

O Monteverdi em construção na Ucrânia. Fonte:Metallurgprom.


O rebocador que está a efectuar o transporte desde a Ucrânia até à Holanda, do Monteverdi.

Sunday, November 8, 2020

O naufrágio do Funchalense (IV)

O Southwester a afundar-se ao largo da Figueira da Foz. Foto: Força Aérea Portuguesa

Passou quase despercebido à maior parte da população o naufrágio do navio porta contentores Southwester, entre a Figueira da Foz e Leixões, na semana passada. O ex-Funchalense (IV), navegava entre Montoir, França e Espanha, porto de Sevilha com um carregamento de aço, quando ao largo da Figueira da Foz começou a meter água na casa das máquinas de forma abrupta, no passado dia 5 de Novembro. Os tripulantes vendo o navio na iminência de naufragar, lançaram-se ao mar num dos meios de socorro do navio, após pedido de auxílio às autoridades marítimas locais. O pedido de socorro foi recebido por volta das 00:30h, em Lisboa. Foram logo direcionados para o local os navios EM Hydra e o Bochen Oslo, que se encontravam a navegar nas proximidades do local. Foram socorridos da balsa onde se encontravam 7 tripulantes Turcos e 7 de nacionalidade Georgiana, pelo navio porta contentores EM Hydra que foram desembarcados em Leixões.

Southwester a naufragar. Foto: Autoridade Marítima Nacional

O navio foi localizado pela Força Aérea Portuguesa, os tripulantes resgatados com sucesso, e após diligências foi iniciado o seu reboque para o porto de Leixões na manhã de sábado segundo um comunicado do Autoridade Marítima Nacional. A cerca de 17 milhas náuticas (31 kms) de Espinho, os rebocadores que transportavam o navio para Leixões tiveram de desprender o cabo de reboque, uma vez que o navio começou a afundar-se e podia afundar também os rebocadores que estavam a tentar salvá-lo.

A última posição do navio dada pelo seu AIS.

Os contornos do naufrágio podem levantar algumas dúvidas, mas atendendo a que o navio estava a navegar com uma bandeira de conveniência o importante é que não tenham existido perdas de vidas humanas, estando agora as autoridades marítimas a avaliar e monitorizar eventuais danos ambientais e equacionando prontidão de resposta para atender a tais eventualidades. Perde-se assim o navio que serviu a ilha da Madeira entre 1999 e Março de 2007, altura em que deixou de pertencer à ENM. 

Este navio havia sido adquirido pela Empresa de Navegação Madeirense (ENM), em 1999, após fretamento com o então nome Caroline Schulte. Era um navio de 1998, construído na Turquia, com 100 m de comprimento, 16 m de boca e 4150 t GT. Navegou com o IMO 9126728. Nas últimas inspecções que realizou foram detectadas várias anomalias de segurança, o que faziam prever este tipo de desfecho. Quando se facilita, acaba sempre por acontecer, mas a constante luta por fretes baratos leva a este tipo de situações.

O Funchalense a operar no Cais Norte de Porto do Funchal, ilha da Madeira.

Wednesday, November 4, 2020

Mystic ships

O estreante absoluto World Voyager
Entraram hoje no porto de Lisboa, os dois mais recentes navios da companhia de cruzeiros Mystic Cruises, ambos navios Portugueses. 

Infelizmente vieram para ficar numa longa escala que se prevê à volta de 5 meses, até Março de 2021, havendo sempre a possibilidade da mesma prolongar-se ou abreviar-se, dependendo da evolução da pandemia, sua cura, tratamento, ou condições oferecidas aos marítimos neste ou noutro porto. O World Explorer viu o seu programa de cruzeiros ser alterado pela atual pandemia, e após uma breve passagem pelo Mediterrâneo regressou "a casa". Já o World Voyager, o mais recente navio da empresa, vem directamente do estaleiro de Viana do Castelo, e aqui vai ficar parado até iniciar a sua actividade pela primeira vez, com passageiros. A vinda destes dois navios para Lisboa, deve-se à falta de espaço em cais no porto de Viana do Castelo, cidade onde ambos foram construídos, devido à construção em curso de mais navios irmãos destes dois, num total de 4, no estaleiro de construção naval da cidade. Por enquanto e cumprindo os regulamentos e imposições nenhum tripulante entra ou sai dos navios, em cais. Esta é a mais triste estreia de um navio Português, em Lisboa, tudo por causa de uma grave crise de saúde pública a nível mundial que se atravessa. Aos tripulantes deixamos um voto de coragem para poderem enfrentar a "prisão" que vivem tudo em prol da economia do mar.

O World Explorer, na sua segunda escala em Lisboa.

Cruzeiros em Lisboa

Depois de quase 7 meses com poucos navios de passageiros, hoje deram entrada no Tejo dois irmãos, veleiros para uma escala técnica. Tratam-se do Wind Star e Wind Surf que aqui vieram abastecer-se de combustível e mantimentos e daqui deverão partir com destino a Roterdão, ao longo do dia de amanhã e depois. 

Ambos tiveram proveniência da capital de Barbados, Bridgetown. Atravessaram o Atlântico como se numa corrida estivessem a participar na viagem que os trouxe de novo para a Europa. São habituais visitantes anuais de Lisboa e portos Portugueses. 

O Wind Star, o irmão mais pequeno do Wind Surf


Fica o registo da sua passagem por Lisboa. O Wind Surf é irmão do Club Med 2 que recentemente esteve em Setúbal em manutenção na Lisnave e efectuou uma escala técnica em Lisboa, ainda no fim de semana passado.
O irmão gémeo do Club Med 2.

Sunday, November 1, 2020

Cacilheiros do Tejo

Sintrense a cruzar-se com o Campolide
São os únicos navios de passageiros que visitam Lisboa todos os dias e são os mais ignorados por todos, excepto por todos aqueles que dependem deles para as suas deslocações diárias. Encontram-se em fim de vida, mas a cada ano que passa, lá o seu certificado de navegabilidade é renovado, são pintados de novo, inspeccionados e revisionados a fundo e lá voltam a cruzar o Tejo vezes sem fim até que chegue a concretizar-se a promessa de navios novos com melhores condições de conforto do que as que estes oferecem. Verdade que já são clássicos, mas continuam sendo a imagem de marca de Lisboa e da ligação da cidade ao rio. Diz-se que serão substituídos por navios eléctricos que já se encontram a caminho. Enquanto os novos não chegam, vamos registando estes no seu rodopio diário entre as margens do Tejo.
Campolide

Sintrense