Thursday, September 17, 2020

Movimento de navios cargueiros

Alinda, Mastery D e ao fundo o Monte Brasil e o Laura S. 

Com a pandemia a alastrar-se e a crescer a olhos vistos, e com o afastamento progressivo dos navios de passageiros, restam os navios de cargueiros para fotografar em Lisboa. E como o porto de Lisboa é um dos principais portos nacionais, felizmente vai existindo alguma actividade portuária, digna de ir registando. Registe-se a presença do navio Alinda e do Mastery D, no Terminal de Contentores de Santa Apolónia. 

O Alinda chegou hoje pelas 13h de Roterdão e sairá ainda hoje para Leixões. É um navio que efectua o transporte de bens desde o Norte da Europa para Portugal, e no sentido inverso contribui para o enriquecimento do PIB nacional com as exportações Portuguesas. É um tipo de transporte denominado de short sea, ligação curta, entre diferentes países, com o objectivo de ser rápida e competir com o transporte rodoviário por exemplo. O Alinda é um navio com bandeira Holandesa, com 129,6 m de comprimento, por 20,7 m de boca e calado que pode atingir os 7,4 m.  Tem capacidade de transporte para 679 TEUS, distribuídos nas 7545 GT do navio. Navega com o IMO 9440605. O Alinda é um navio de 2008, e que recentemente se chamou Ice Runner. 

Pela sua proa encontrava-se também o Mastery D, exactamente com a mesma precedência e mesmo destino, apenas com um horário de escala mais alargado, que pode indicar que transportou mais carga ou que aqui a tripulação teve período de descanso. O Mastery D chegou ontem a Lisboa, pelas 15h e sairá amanhã pelas 7:30 h. É um navio com 14 anos (2006), que tem 154,5 m de comprimento, 21,8 m de boca e 7 m de calado. Navega com a bandeira da Libéria e tem 8971 toneladas brutas, o que faz dele um navio ligeiramente maior que o Alinda. 

O Max Stability cujo casario "esmaga" o Arklow Fame. Ao fundo ainda podemos ver o Funchal.
O Arklow Fame "desaparecido".

No cais do  poço do Bispo estava a descarregar/carregar o Max Stability e o Arklow Fame. O Max Stability chegou do porto do Caniçal por volta do meio dia e deixará Lisboa daqui a dois dias com destino a Leixões. Já o Arklow Fame estava a carregar cimento com destino ao porto Inglês de Sunderland.

Além destes navios estava a abastecer combustível no quadro central o Jasmine Knutsen, depois de uma passagem pelo estaleiro da Lisnave em Setúbal. Daqui parte sem destino revelado logo que termine o abastecimento.

O Bomar Sedna e a nova atração da margem Sul, cavalos a embelezar a paisagem natural.


A chegar à Banática (cais comercial concessionado à empresa Repsol) para descarregar combustíveis, estava o pequeno Bomar Sedna, um pequeno navio tanque. Com 101 m de comprimento e 19 m de boca, o Bomar Sedna navega com a bandeira de Malta, e daqui partirá com destino a Bilbao. É um navio de 2008 (12 anos).

A proa do Jasmine Knutsen, própria para carga/descarga em monobóias.

O pequeno Arklow Fame comparado com um camião cisterna que o abastecia.

O Jasmine Knutsen quando se encontrava na doca seca nº 22, da Lisnave.

Wednesday, September 16, 2020

O estaleiro da Rocha

O porta contentores X-Press Vesúvio na doca nº 1.

O estaleiro da Rocha Conde d´Óbidos, é um simpático estaleiro no interior de Lisboa, que repara navios até cerca de 160 m de comprimento, devido ao limite físico da sua maior doca seca (173,5m).

É com agrado que de vez em quando ali vou espreitar que navios estão em reparação e por vezes surgem lá navios que habitualmente não escalam Lisboa, mas que escolhem este estaleiro para efectuar as suas manutenções e reparações. Muito provavelmente os prazos de execução e a qualidade do trabalho serão o factor de escolha. Encontram-se no estaleiro em reparação o navio porta contentores X-Press Vesúvio e o navio tanque Ios I. Além destes está em cais o rebocador Roman e o Balto encontra-se dentro da doca número 4. 

O navio tanque Ios I, o rebocador Roman e o Balto.

Ainda esta semana sairam da doca seca 2 navios tanque, o São Jorge que já rumou aos Açores, região onde opera, e o Ios I.

    


Da esquerda para a direita, o rebocador Montemuro, o Sirios, o Montevil e os rebocadores Ulisses (dentro) e Cachofarra. Dentro da doca vemos o X-Press Vesúvio e o Ios I, ao fundo.

Tuesday, September 15, 2020

Aurette A

O navio porta contentores Aurette A, carregando no terminal de contentores de Lisboa. Veja mais fotos do navio e as suas características no post anterior sobre o mesmo, aqui
Ao fundo pode ver-se parte do Laura S
Ao fundo podemos ver parte do Laura S.

Friday, September 11, 2020

A draga Petrax 1

A par da Petrax 2, esta é a única draga em Portugal com sistema de descarga de fundo. Pena não a vermos a trabalhar mais, permanecendo sempre atracada em Setúbal. 
Na foto acima podemos comparar o seu método de funcionamento através da capacidade de carga e capacidade de flutuação bem visível na foto, e o porquê deste tipo de navios não naufragar quando se abrem para efectuar a descarga. Tem 65,5 m de comprimento por 14 m de largura e chegou a Setúbal vinda de Vitória, no Brasil.  Ao lado da Petrax 1, fazem-lhe companhia os velhinhos ferrys da ligação Setúbal-Tróia, e ainda os rebocadores que operam no porto de Setúbal. Na foto abaixo vemos a Petrax 1 e o rebocador Portugs Setúbal por fora do cais e por dentro o rebocador Portugs Viana e o ferry Mira Praia. 
Na foto seguinte podemos ver parte da frota da Rebosado e ainda o ferry Rápido. Atrás dele o rebocador Cabo Espichel, a estibordo destes o Ponta do Outão e o Cabo da Roca. Em primeiro plano vemos o Resistente e o Safado.

Arklow Fern

O navio de carga geral, Arklow Fern a carregar no cais do Poço do Bispo, através de camiões cisterna por injecção de ar comprimido.
Os navios Irlandeses da Arklow, são navios muito frequentes neste terminal onde costumam carregar materiais cimentícios.
O Arklow Fern é um navio pequeno, apenas com 90 m de comprimento e 14 m de boca. Tem 10 anos de idade e navega com o IMO 9527661. Ostenta orgulhosamente o registo da sua localidade na Irlanda, Arklow, no costado com 2998 toneladas. 
Teve proveniência do porto de Viana do Castelo e tem como destino o porto Inglês de Workingtown, no lado Oeste de Inglaterra, próximo da ilha de Man. 

Max Stability e Insular

Os navios das ilhas, por assim dizer, atracados em Santa Apolónia. São estes os navios responsáveis por fazer chegar aos Madeirenses e Açoreanos, todos os bens de consumo que as ilhas importam. 
Nas fotos vemos o Insular, que veio de Ponta Delgada e parte para o mesmo lugar de proveniência. 

Nas restantes fotos vemos o navio da Transinsular, Max Stability deixando o terminal de contentores de Santa Apolónia em direcção a Leixões. Salvo algumas viaturas o navio navegava praticamente com o convés vazio. Contudo não deixa de impressionar com os quase 127 m de comprimento. 
O Max Stability com os navios Nicon Fortune e Navios Centaurus (direita) ao fundo.

Thursday, September 10, 2020

Brens no terminal da Sapec


Navio de carga geral, Brens a descarregar no terminal da Sapec em Setúbal. O Brens é um navio com bandeira Portuguesa, construído em 2009. Tem 118,5 m de comprimento e 15,2 m de boca. Tem o IMO 9352341 e uma tonelagem de 4990t. Já nevagou com os nomes Industrial Hobart, Mercs Uva, Haugaard Scan e Haugaap.

Baltic Spring e Amuesa

Com a falta de navios de passageiros, resta-nos os navios cargueiros e num país que importa até os cereais que nos chegam à mesa, enquanto houver transporte marítimo vamos importando...
Registo do navio frigorífico Baltic Spring atracado no cais do Beato e navio de carga geral Amuesa, deixando o terminal de cereais da Silopor, no Beato com destino ao porto Espanhol de Avilés, próximo de Gijón. 
O Amuesa é um navio oficialmente Português, com registo na ilha da Madeira que atinge os 12 nós de velocidade máxima e navega com o IMO 9320805. É um pequeno navio de carga geral com 90 m de comprimento e 14 m de largura com uma tonelagem máxima carregado de 5945 toneladas. Tem 2945 toneladas (GT) e um calado de 5,90 m. Foi construído em 2007, em Pontevedra, no estaleiro Factoría Naval de Marin. 
Ao fundo o Arklow Fern e o paquete Funchal na Matinha
Já o Baltic Spring é um navio frigorífico com 156,5 m de comprimento, 23 m de boca e 9,5 m de calado. 
Navega com o IMO 8909070 e tem a particularidade de possuir uma piscina para a tripulação no deck superior, um verdadeiro luxo se atendermos que se trata de um navio de trabalho, mas que é feito de pessoas tal como em todos os outros trabalhos. 
É um navio de 1991 construído na Alemanha, em Bremen e continua a pertencer ao armador Alemão Ost-West-Handel (OWH, na sua chaminé). Tem registo na Monróvia e já se chamou Hansa Stockholm. 


O Amuesa deixando o cais e a tripulação a preparar a escada para o piloto desembarcar

O navio Faaborg operando no terminal de contentores de Lisboa, mesmo ao lado do Cais do Beato.

Wednesday, September 9, 2020

Maras

O navio cargueiro Maras, descarregando no terminal Atlanport, do Barreiro. Fotografia obtida a partir da zona ribeirinha de Lisboa, sensivelmente a 7 kms de distância. O Maras é um navio pequeno, tem apenas 88,6 m de comprimento por 12,5 m de boca. Provavelmente estava a descarregar sucata com destino à siderurgia nacional. Como curiosidade no fundo da foto, vê-se parte da Torre do Relógio, local onde foi instalada a primeira  central telefónica da rede interna de telefones, na antiga CUF, Barreiro em 1928.

Monday, September 7, 2020

A sombra de um navio

Em tempos de pandemia, o rio Tejo surpreende-nos com esta bela imagem da sombra de um grande navio, um verdadeiro navio, o "nosso" paquete Funchal.
O paquete Funchal que continua (felizmente) a resistir no Cais da Matinha. Atracado no rio Tejo em mais uma época difícil para todos os navios de cruzeiros e não apenas para ele, como até à bem pouco tempo vinha a acontecer. 


 A longa paragem de 5 anos, começa a deixar marcas no costado do navio, que reflectem a sua imobilização, mas não lhe retiram graciosidade nem charme.