Saturday, May 23, 2020

Lisnave, Setúbal


Uma perspectiva diferente do maior estaleiro de reparação naval Português. Situado numa península artificial a península da Mitrena em Setúbal e fundado sobre areia, é considerado uma obra prima da engenharia civil. Embora tenha sido projectado também para a construção naval, desde quase sempre tem vindo a dedicar-se na maior parte à reparação naval onde se encontra entre os líderes mundiais do sector. Aqui são reparados dos maiores navios do mundo.
Na doca 20 (acima) pode ver-se o navio Atlantic Orchard em reparação. Esta doca inicialmente foi destinada à construção dos cascos dos navios que posteriormente seriam aprestados na doca 21, apenas alguns metros mais perto da água mas no mesmo enfiamento.
Ao fundo nos cais podemos ver o petroleiro Negra Matea (de popa para as imagens) e a draga HAM 318 (de proa). À esquerda nas docas 31 vemos o porta contentores Maria Luisa e na doca 33 o Bocs Spirit.
O Maria Luisa à direita e o Bocs Spirit à esquerda

Friday, May 22, 2020

Exportações da Auto Europa

Centenas de veículos aguardando a sua vez para embarcarem nos navios Patara e Grande Scandinavia, ambos com destino a países do Norte da Europa. De Setúbal vai-se para o Mundo. O Patara é um navio de 2012, com 182 m de comprimento e 31 m de largura. Pode transportar até 5000 veículos.  Foi construído na China.

O Grande Scandinavia da Grimaldi Lines é um navio de 2001, com 182 m de comprimento e 32 m de boca, tendo uma capacidade de transporte de veículos similar ao Patara.

Wednesday, May 20, 2020

Marina da Expo

A draga Odin operando na entrada das comportas da marina
Esta marina é uma herança da Expo 98, exposição que se realizou nesta zona da cidade e que pretendia dotar esta zona de uma infraestrutura para acolher centenas de embarcações. Tal nunca aconteceu, uma vez que desde cedo esta marina apresentou alguns problemas bem visíveis aos olhos de quem por lá passa, como seja o excesso de sedimentos que chega ao limite de extinguir locais de atracação de embarcações.
Esta é uma das cinco marinas da cidade de Lisboa. Situa-se mais a montante do rio Tejo, face às restantes. É considerada uma marina nobre por se situar numa zona cara da cidade em termos imobiliários, tal como é normal em infraestruturas deste tipo, contudo em termos de embarcações e para quem gosta de shipspotting, não é das melhores para se fotografar embarcações, na região de Lisboa. Apesar do acesso ser fácil e a obtenção de fotografias estar facilitada pela ausência de vedações ou obstáculos visuais que impeçam a visualização das embarcações ali atracadas. Oficialmente chama-se Marina Parque das Nações e é triste o estado em que se encontra face ao que foi sonhado para a sua utilização, obra que inclui passagens em pontes móveis, sistemas de comportas, edifícios flutuantes, entre outros serviços essenciais de qualquer marina.

Ao fundo consegue-se visualizar o Santa Maria Manuela no Cais do Oriente, parte desta marina.

Tuesday, May 19, 2020

Royal Clipper na doca seca

O navio veleiro de cruzeiros, da Star Clippers,  Royal Clipper encontra-se na doca seca a efectuar a sua reparação. No cais do estaleiro encontra-se também o navio de cruzeiros SeaDream II. O Royal Clipper deverá deixar a doca seca do estaleiro da NavalRocha apenas no dia 31 de Maio. 

O Royal Clipper, o SeaDream II e o iate Balto pela sua proa.

A partida do MSC Fantasia

Após uma escala de 57 dias, o MSC Fantasia acabou por deixar o porto de Lisboa no dia de ontem, apenas com a tripulação e com destino a Algeciras, no sul de Espanha. Na sua previsão de viagens, tem como porto de partida o porto de Génova no próximo dia 11 de Julho. Veremos se assim se concretiza. Esperamos que a sua próxima escala em Lisboa possa ser mais curta e mais Feliz do que esta, apesar de longa. O navio deixou Lisboa por volta das 14h:45.

A descida do Tejo, na passagem pela capelinha do Alto da Boa Viagem.

A saída do Tejo.

Friday, May 15, 2020

Cais da Matinha

Cais da Matinha, um cais semi-abandonado, situado na zona Oriental de Lisboa, e onde se encontra atracado o paquete Funchal, o mais antigo navio de cruzeiros Português. Este acaba por embelezar toda a zona e muitos já se acostumaram a ir ali passear apenas para admirar o navio.

Thursday, May 14, 2020

Um quebra gelos em Lisboa

Passagem breve pelo porto de Lisboa, apenas para abastecimento de combustível do navio Kohl I, navio graneleiro proveniente do porto de Aveiro. De Lisboa parte para Murmansk. Navio de 2007, com 180 por 23 m de largura. Navega com a bandeira do Panamá e o IMO 9428499. 
A proa quebra gelo, pouco usual em navios que efectuam escalas em Lisboa.


Star Pride

Chegou hoje a Lisboa, o navio Star Pride. O navio veio de Philipsburg, na ilha de Saint-Martin, e deverá permanecer por Lisboa até ao final do mês de Julho. Aqui começou a preparar a sua ida ao estaleiro naval em Palermo para o seu alongamento, previsto no programa de expansão dos navios atualmente a decorrer por parte da WindStar Cruises. Este é o segundo navio da Wind Star Cruises a utilizar o porto de Lisboa para preparação da sua ida ao estaleiro. Reveja aqui o irmão do Star Pride aquando da sua passagem para o mesmo tipo de operação. De salientar que o Star Legend já se encontra em Palermo, na Sicília na continuação dos seus trabalhos.
Apenas mais um apanhado na malha da crise mundial gerada pela falta de passageiros nos navios de cruzeiros. Assim antecipou a chegada à Europa e por cá vai continuar nos próximos tempos. Pela sua proa tem o MSC Fantasia que também continua a aguardar o abrandamento da pandemia e o relançamento da indústria mundial do turismo.

Nesta fase os navios e as companhias estão a aproveitar para fazer manutenção programada aos seus navios e também para idas aos estaleiros navais, sem que isso tenha consequências no agendamento dos seus programas de viagens. Apenas as finanças começam a preocupar de forma séria todas as companhias mundiais, podendo mesmo esta paragem levar ao colapso de algumas.
Em condições normais de operação o navio teria feito apenas uma escala em Lisboa, no passado dia 9 de Abril e depois teria partido para o Mediterrâneo para lá efectuar mais cruzeiros. Assim permaneceu mais tempo nas Caraíbas e daí partiu já em direcção a Lisboa, porto seguro onde pode atracar para manutenção e segurança da tripulação, enquanto prepara a ida ao estaleiro. Não nos podemos esquecer que a bordo dos navios vivem e trabalham PESSOAS.

Tuesday, May 12, 2020

Spanaco Reliability

Navio de carga geral Spanaco Reliabitity, fundeado no mar da Palha aguardando cais para descarregar, o que veio a acontecer no cais do Beato. Construído em 2007, este navio mede 90 m de comprimento e tem cerca de 15 m de boca. Anteriormente chamou-se Lisa-C.


Friday, May 8, 2020

Amke

Na popa do Amke o Spanaco Reliability
O navio de carga geral, Amke a descarregar limalha de ferro no cais do Poço do Bispo. Segundo a comunicação social este navio está ali a operar, mas devia tê-lo feito no cais do Barreiro uma vez que esta matéria prima se destina a ser utilizada na siderurgia nacional, situada nas proximidades do terminal do Barreiro. Tal não acontece devido a problemas laborais no porto de Lisboa que envolvem o patronato e estivadores.
No interior da doca podemos ver o pequeno e bastante bonito rebocador Canopus.
Fica o registo desde cais pela primeira vez neste blogue. Este é o cais comercial mais a Leste do porto de Lisboa, se considerarmos apenas os cais com operações regulares de navios de grande porte, excluindo portanto o cais da Matinha onde se encontra o navio Funchal atracado e o cais do Oriente e todos os outros a montante destes onde ainda conseguem chegar batelões e embarcações de pequeno porte ou rasas. Por se situar bastante a montante do rio Tejo, ali só chegam os navios mais pequenos e de menores calados, tal como o Amke, navio que veio da Rússia mas que navega com a bandeira de conveniência do registo de navios da ilha da Madeira e tem 6,2 m de calado máximo. 

O que distingue este registo de navios do registo convencional é a facilidade de contratação de mão de obra escrava e mais facilmente explorável, contornando as leis e direitos laborais, que é permitida em troca de pagamentos à ilha da Madeira. De Português este navio não tem nada. É igual aos proprietários de embarcações de recreio Portuguesas que navegam com a bandeira Holandesa. O Amke, navega com o IMO 9374387, tem 115 m de comprimento por 17 m de boca, demorou cerca de 8 dias para chegar de São Petersburgo a Lisboa, ou seja como facilmente se entende, hoje em dia deslocamos-nos muito rapidamente de um ponto do globo ao outro, o que é bom e mau ao mesmo tempo, tal como estamos a experiênciar.