O navio de cruzeiros Kristina Regina efectuou a sua última escala em Lisboa, em 2010, já lá vão 13 anos.
À data o seu destino era ainda incerto e para um navio com a sua idade a sucata não seria nada estranho, embora houvessem intenções claras que esse não seria o seu fim, por parte da família Partanen que o operava e pelo qual tinham uma enorme estima, pois este navio possui uma história marítima de relevância para a Finlândia e Finlandeses. Assim em 2010, conseguiu ser comprado pela empresa Oy SS Borea Ab, que o salvou de um destino inglório tendo em vista a sua preservação como navio museu e hostel. Devolveu-lhe as cores originais, renomeou-o com o nome original e mudou o registo de Kotka, cidade da família Partanen, para Turku, cerca de 257 kms a Oeste; a cidade onde se encontra atualmente servindo como navio hostel e restaurante, juntamente com outras unidades próximas.
Com uma vasta história e importância o SS Bore, está atracado permanentemente no rio Aura, mesmo ao lado dos principais terminais ferry da Finlândia, os terminais da Silja Line e da Viking Line. Atualmente oferece acomodação para 250 visitantes. Um desses visitantes, é o meu amigo Filipe, que me enviou os registos que abaixo apresento e a quem agradeço pela simpatia. Assim posso mostrar-vos o estado atual do ex-Kristina Regina, o pequeno navio Finlandês que por diversas vezes visitou os portos Portugueses, até 2010 e que é mundialmente conhecido, por ser um dos mais pequenos navios de cruzeiros, ícone de um enorme país, tendo inclusive sido o único navio de cruzeiros deste país. A Finlândia, que os constrói nesta mesma cidade, a apenas 6 kms do SS Bore, tal como acontece neste preciso momento com a construção do Icon of the Seas, que é atualmente, já o maior navio de cruzeiros do Mundo, tendo já efetuado os testes de mar e que deverá entrar ao serviço da Royal Caribbean em 2024 ou antes ainda até.
Os Ferrys Baltic Princess e Viking Grace, vizinhos de cais do SS Bore.
É sempre gratificante receber imagens e testemunhos que comprovam o bom estado de conservação em que o navio se encontra na sua nova vida após ter sido retirado de serviço em 2010, devido ao não cumprimento das rígidas normas SOLAS que à data entraram em vigor, nomeadamente os regulamentos de incêndio (o navio possui demasiada carga térmica a bordo, madeiras).
Os interiores do SS Bore, um navio com 99,83 m de comprimento, 15,25 m de boca e 5,26 m de calado, com apenas 4295 t GT após conversão em navio de passageiros. Anteriormente serviu como navio ferry entre a Suécia e Finlândia, tendo sido o último navio a vapor construído na Escandinávia.
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