A barca d'Amieira

Pode ser considerado o primeiro serviço "ferry" do rio Tejo em Portugal, após o rio atravessar a fronteira Portuguesa. Trata-se de uma pequena plataforma flutuante, que efetua a travessia do rio Tejo, entre os concelhos de Nisa e Mação, no limite entre o Alto Alentejo e a Beira Baixa. Nesta zona o rio não é navegável, exceto por embarcações de pequeno porte como esta, a única existente na zona, que permite a travessia fluvial por pessoas e veículos, em segurança.

Devido à barragem do Fratel, a primeira barragem totalmente Portuguesa no rio Tejo, esta zona do rio não é navegável, nem mesmo por embarcações de pequeno porte. Apenas no interior da albufeira existem embarcações, entre elas o Friesch Poort sobre o qual já escrevemos neste blogue.

A barca d'Amieira é um transporte público que recentemente foi recuperado com a introdução desta nova plataforma, para ligação entre ambas as margens do rio. É uma travessia fluvial que anteriormente foi efectuada por uma outra embarcação e que esteve alguns anos desctaivada, devido ao aparecimento de alternativas rodoviárias, próximas desta zona, onde a estrada nacional 359 fica separada por alguns metros de rio Tejo. É um investimento que combate a desertificação do interior de Portugal e propicia a aproximação de ambas as margens separadas apenas por alguns metros de distância e profundidade. Permite o acesso pedonal desde a localidade de Amieira do Tejo, ao comboio da Beira Baixa. A barca da Amieira, opera em segurança, apenas quando não existem descargas nas barragens do Fratel e Pracana, ambas a montante do rio. Quando existem descargas nas barragens a corrente no rio fica muito forte e impede a sua operação.

A barca da Amieira tem 12 m de comprimento por 4 m de largura. Funciona entre as 9:30h e as 13:30 h. Na parte da tarde entre as 14:30h e as 17:30h, prestando um serviço público pela Câmara Municipal de Nisa, desde 22 de Setembro de 2020. Sem informação oficial mas quase certo é esta plataforma flutuante ter sido construída pela empresa Portuense, Cais Marinas, uma empresa especializada na construção de plataformas flutuantes e infraestruturas de apoio à náutica de recreio e lazer.

Tejo Azul

Nos últimos tempos, são às largas dezenas, as embarcações que navegam no Tejo cheias de gente. O Tejo Azul é uma dessas embarcações que navega no Tejo. O número de embarcações subiu exponencialmente e a procura assim o justifica, sinal de que o Tejo já merecia este movimento, mas de forma mais moderada.

O Tejo Azul, navegando com o Hanseatic Nature pela proa, em mais um cruzeiro de pôr do sol.

Canneto M

O navio Canneto M, a descarregar produtos químicos no terminal da Alkion no Barreiro. O Canneto M é um navio de 2008 que navega com a bandeira Italiana. Tem 161 m de comprimento e 23 m de boca. Possui casco duplo e foi construído em Vigo. É frequente os navios da Augusta Due s.r.l. virem ao terminal do Barreiro descarregar produtos químicos. O Datillo M é o irmão de frota deste navio que por cá também não é estranho. São ambos navios de médio porte já. A Augusta é uma companhia do grupo Mednav.

Emerald Princess

A Princess Cruises foi uma das companhias que nunca colocou Portugal de fora dos seus cruzeiros, contudo sempre colocou os portos nacionais como meras opções em viagens de posicionamento sem lhes dar grande importância. A pandemia fez as companhias mudarem de ideias e em menos de um mês a Princess já fez cerca de 10 escalas em portos nacionais com pelo menos 3 navios. 

A escala do Emerald Princess em Lisboa, neste fim de semana, é apenas uma dessas escalas. O Emerald Princess que apresenta alguns sinais de ferrugem no casco com 288 m de comprimento e 15 anos de idade.

A pintura do logótipo da Princess, na proa, um dos mais icónicos logótipos entre os entusiastas de navios.

City of Hamburg

Um dos três navios do tipo ro-ro, que efectuam serviço de transporte de componentes para aviões Airbus, e inclusive fuselagem de aviões Airbus. Navios da companhia Francesa Louis Dreyfus Armateurs. 

Recentemente esteve em Lisboa um outro navio o Ville de Bordeuaux. Passados alguns dias volta a escalar Lisboa, para o mesmo tipo de operação, reabastecimento de combustível, o City of Hamburg que transporta componentes para A320 e A220 desde Montoir, França para Mobile, na fábrica Airbus de Alabama. Falta apenas passar por Lisboa o Ciudad de Cádiz o outro navio deste armador que também está ao serviço da Airbus.

O City of Hamburg é um navio de 2008 que navega com a bandeira Francesa. Tem o IMO 9383558 e 15643 t GT. Tem 126,5 m de comprimento e 20,6 m de largura com um calado de cerca de 5m. 

Note-se apenas que aviões não são as maiores cargas transportadas por mar, daí que um navio cargueiro pequeno, como este, possa efectuar esse tipo de transportes sem grande dificuldade.

Hanseatic Spirit

O Hanseatic Spirit deixando para trás o Sea Cloud fundeado em Lisboa.

A típica foto de testemunho de passagem por Lisboa

A foto onde podemos ver as camas dos camarotes com vista panorâmica e o zodíaco com o nome Pedro Alvarez Cabral.

O terceiro dos navios encomendados pela Hapag Lloyd, ao estaleiro Vard da Noruega, estreou-se hoje em Lisboa. Este navio foi entregue pelo estaleiro a 28 de Junho de 2021 tendo feito a sua viagem inaugural em finais de Agosto de 2021. 

O próximo destino do Hanseatic Spirit, a ilha do Porto Santo.

A saída de Lisboa aconteceu pelas 19h com destino ao Porto Santo, arquipélago da Madeira.

São Jorge

O navio tanque, São Jorge da Transinsular, atracado no cais de Santa Apolónia Montante. Este navio sofreu um acidente grave, ao largo da ilha Graciosa, no passado dia 8 de Fevereiro, em que quase se perdeu. 

Na altura o navio ficou adornado com entrada de água e temeu-se o pior. Felizmente conseguiu-se reverter a situação e neste momento o navio já parece estar reparado, e até já conseguiu efectuar a travessia dos Açores até Lisboa.

O São Jorge é um dos navios tanque de pequeno porte mais bonitos que por aí navegam. Está ao serviço da Transinsular e é responsável pela distribuição de combustível pelas ilhas Açorianas. A estibordo, na popa pode ver-se uma grande abertura, que poderá ter servido para substituir peças de propulsão afectadas pelo encalhe com o ilhéu da Praia.

Desconhece-se se o navio irá voltar ao serviço nos Açores, após este acidente. Não existindo nenhuma informação em contrário.

Wind Surf e Europa 2

Dois navios bastante distintos, o Wind Surf e o Europa 2. O Wind Surf veio de Ponta Delgada, numa viagem que o trouxe desde a ilha Caribenha de Sain Martin e saiu com destino a Cádiz, neste que é o seu regresso ao verão Europeu. Já o Europa 2, permanece em Lisboa e só deverá deixar este porto com destino a Leixões amanhã ao final da tarde. Nas fotos vemos as operações de carga de mantimentos no Wind Surf e reabastecimento pelo navio tanque Sacoor II.

Neste sábado de Páscoa que se sentiu bastante quente em Lisboa, os passageiros do Europa 2, aproveitaram para desfrutar das piscinas do navio.

NRP Mondego

O navio patrulha NRP Mondego, um dos 5 navios adquiridos à Marinha Dinamarquesa para substituir os velhinhos patrulhas da classe Cacine.

Com o número de casco P 592 está na Marinha Portuguesa desde 5 de Maio de 2016, efectuando missões de patrulhamento nas águas territoriais e prestando todo o apoio da Marinha nos diversos quadrantes das suas competências, tal como as missões nos mares da Madeira que incluem o controlo e vigilância das pescas, salvaguarda da vida humana no mar e apoio logístico às actividades do Parque Natural da Madeira nas reservas marinhas das ilhas Desertas e Selvagens.

Scenic Eclipse

O navio Scenic Eclipse saiu de Lisboa hoje por volta das 17h , com destino ao Funchal. Atrás dele seguiu o Seven Seas Voyager para o mesmo destino. Ambos navegam a cerca de 15 nós mantendo uma distância de cerca de 3,5 NM um do outro. 

Ao largo de Oeiras o Scenic Eclipse soltou um dos seus gadgets, um dos 2 helicópteros H130 da Airbus. Os voos de helicóptero extras ao cruzeiro e 20 minutos de voo podem custar cerca de US$500. Desconhece-se se na presente viagem utilizaram o submarino, mas é provável que o tenham também utilizado.
Com o helicóptero prestes a descolar a silhueta do Scenic Eclipse altera-se, pois existe uma parte lateral que baixa, deixando mais espaço para a descolagem do helicóptero. Quando o heliporto não está em utilização essa parte lateral confere protecção ao helicóptero parqueado no heliporto e configura uma silhueta de semi círculo ao casario do navio o que o torna mais feio. Com o heliporto em utilização, fica mais bonito como navio e a assemelhar-se mesmo a um mega iate.

Actualização: O helicóptero deixou o navio com destino a um heliporto da região de Lisboa onde permaneceu durante a noite. Pela manhã saiu com destino a Espanha, numa possível ida à manutenção na Airbus em França.

O Seven Seas Voyager que seguiu minutos atrás do Scenic Eclipse, para o Funchal. Depois destes ainda saiu de Lisboa o Le Champlain que seguiu para Norte com destino a Leixões.