Saturday, April 24, 2021

As balsas do Vasco da Gama

O navio Vasco da Gama encontra-se na Lisnave em manutenção e renovação. De entre os equipamentos do navio, encontram-se em manutenção e revisão as suas balsas, os meios salva vidas do navio. É público também através de comunicados da empresa que o opera, de que alguns interiores estão sendo renovados com vista a satisfazer os clientes mais exigentes e que estejam dispostos a usufruir do navio de forma mais confortável. Entretanto no mercado Alemão ao qual o navio se destina, já existe enorme expectativa da entrada do navio ao serviço. Diz-se que também será destinado aos passageiros Portugueses, mas ainda não se conhece mais pormenores sobre isso.


O Vasco da Gama e o navio tanque Bull Sumbawa
O Vasco da Gama é um navio que foi salvo das sucatas e dos especuladores de navios, pelo empresário Português Mário Ferreira. Sabe-se que o empresário tinha interesse na aquisição de mais navios da extinta Cruise & Maritime Voyages, contudo os elevados valores pedidos pelos especuladores de navios, levaram a que o mesmo tivesse desistido dos mesmos, acabando os mesmos na sucata ou parados na Grécia. Actualmente o Vasco da Gama, com 28 anos de idade, ex-Statendam da Holland America Line, é o maior navio de passageiros Português. Mantém ainda as cores da companhia que o mandou construir a Holland America Line, pelo que a sua identidade ainda está demasiado associada a esta companhia e não ao operador Português cuja identidade também ainda não se encontra bem definida no mercado, uma vez que nem logótipos nas chaminés os seus navios possuem ainda.

Isartal ex-Norderau

O navio de carga geral Isartal em pequenos trabalhos, fundeado no meio do rio Tejo, em Lisboa. O Isartal é o ex-Norderau, bem conhecido dos portos Portugueses. Tem 16 anos e 87 m de comprimento por 13 m de largura. Tem 2461 t GT, e neste momento navega com a bandeira da ilha da Madeira.


HB Tucunare

 O estaleiro da Lisnave em Setúbal repara os maiores navios do mundo. Navios que vêem a Portugal única e exclusivamente para serem reparados e depois seguem as suas vidas normais. Não chegam a operar nos portos Portugueses, salvo algumas excepções em que aproveitam para reabastecer e seguir viagem. É o exemplo do navio Brasileiro HB Tucunare que se encontra em reparação na Lisnave. Este é um navio denominado na nomenclatura Anglo Saxónica por Ore Carrier. É um tipo de navio destinado ao transporte de minérios a granel. Operam muitas vezes em lastro, uma vez que a maior parte das suas viagens, é de apenas uma direcção, sendo que apenas vão carregados num sentido, e no regresso vem vazios. O HB Tucunare é um navio com 6 anos, construído em 2015, tem 48495 t GT, 245 m de comprimento e 40 m de boca. Como se pode ver pelas imagens possui 6 porões de carga e parte da bandeira Brasileira pintada no seu casario. Nas imagens vê-mo-lo em doca seca no estaleiro da Lisnave em Setúbal. Anteriormente chamou-se Log in Tucunare.

O HB Tucunare é um navio gigante e que demonstra o enorme potencial deste estaleiro Português que tem capacidade para receber os maiores navios do mundo, repará-los e ao mesmo tempo ainda proceder à reparação de mais cerca de 10 navios. Este estaleiro enfrenta a desleal concorrência dos  estaleiros Turcos, que são capazes de oferecer melhores preços do que os estaleiros da União Europeia, mas que são também conhecidos por terem mão de obra menos qualificada e mais escrava, o que resulta em reparações com menor qualidade.

Titlis descarregando sucata

 

Portugal, contribui para a reciclagem do lixo que é produzido no nosso país, assim como para a daquele que também é importado por nós. Um dos exemplos da importação de lixo, por Portugal, é o caso de sucata ferrosa. São quase semanais os navios que descarregam sucata vinda sobretudo da Europa, com destino à transformação, em Portugal. A maior parte destina-se à siderurgia nacional, situada em Paio Pires no Seixal. Os navios que a trazem até Portugal normalmente descarregam no terminal do Barreiro, ou então no terminal da Sapec em Setúbal. Dali a sucata é transportada por rodovia até ao Seixal, onde será transformada nos mais diversos tipos de materiais ferrosos, normalmente varões para a construção, biletes, chapas de aço ou até mesmo arame de vedações. O caso que hoje mostro é o navio Titlis, um navio com registo na ilha da Madeira, descarregando sucata no terminal da Sapec em Setúbal.

A sucata é descarregada com uma grua com garra directamente para o cais, onde segundas gruas de menores dimensões carregam os camiões que irão efectuar o transporte deste tipo de resíduos até ao local onde os mesmo serão transformados em segundos produtos.

Dentro do navio uma pá carregadora, auxilia amontoado a sucata de forma a que a garra consiga mais facilmente carregar a maior quantidade de material possível de cada vez, para assim esvaziar os porões do navio mais rapidamente. O Titlis é um navio de carga geral, construído há 12 anos. Navega com o IMO 9352353, e tem 4990 t GT. A sua capacidade de carga vai até às 7763 t. Tem 118 m de comprimento e 15 m de boca, com um calado de cerca de 5 m. 




Wilhelmine Essberger

O navio Wilhelmine Essberger, descarregando no terminal da Alkion no Barreiro, visto desde Lisboa a sensivelmente 3,5 milhas náuticas do terminal. Este é um navio que veio desde Roterdão para o Barreiro. Tem 16 anos, 115 m de comprimento e 18,82 m de largura. Tem uma tonelagem bruta de 5815 t GT,  e pode carregar até 8657 t. 

Rimona

Registo da chegada a Lisboa do navio graneleiro Rimona. Precedente de Casablanca este navio vem carregar no terminal do Poço do Bispo, devendo largar com destino a Itália no próximo dia 28, quarta-feira. Este navio tem 14 anos, 120 m de comprimento e 17 m de boca. 

Navega com a bandeira de Malta, o IMO 9468750, e tem 5222 t GT. Já ostentou os nomes Sider Puma (2008), Nicolaos M (2013) e Kavafis (2017), desde que saiu dos estaleiros Chineses em 2007.

Desta vez na porta do leme não vinham passageiros clandestinos, como há alguns dias aconteceu com um navio com proveniência de África.
As fixações que se vê no casco, existem para permitir a desmontagem da hélice e do leme, em estaleiro, quando necessário.

O Rimona é operado desde a Grécia, pela Pacific & Atlantic Shipamanagers.

Seadream II de regresso à NavalRocha

Chegou a Lisboa na passada quinta-feira, pela manhã o pequeno navio de cruzeiros, SeaDream II. Vem ao estaleiro da NavalRocha, efectuar reparações anuais programadas. No ano passado por volta desta mesma data o navio encontrava-se também em Lisboa, na doca seca deste estaleiro. A NavalRocha tem vindo a fidelizar este operador de navios de pequena dimensão. Depois da sua saída do estaleiro, será a vez do seu irmão gémeo SeaDream I entrar, a 10 de Junho. A reparação terá a duração prevista de cerca de 30 dias, com ida a doca seca.
Os pontos de oxidação do casco, que nesta reparação deverão desaparecer.

Os trabalhos a bordo já começaram, embora o navio ainda esteja no cais do estaleiro.



A SeaDream foi uma das companhias que operou os seus navios durante a pior fase da pandemia que nos assola. Operou todo o Verão de 2020, na Noruega, onde a incidência da pandemia era mais baixa e as restrições também. Após a confirmação de casos positivos a bordo, já num cruzeiro com destino às Caraíbas, acabou por cancelar, os seus cruzeiros em 2020 até aos dias de hoje. Esteve parado em Alesund, de onde é proveniente. Tem prevista o reinício das duas operações a 16 de Junho em Veneza precisamente com este navio SeaDream II, numa viagem de 10 dias com fim em Piréu, Grécia. O Seadream I, o seu irmão encontra-se neste momento atracado em Alesund, aonde chegou a 18 de Dezembro último depois da escala que efectuou em Ponta Delgada a 10 de Dezembro de 2020.

Thursday, April 22, 2021

Dona Tututa

É uma homenagem à maior pianista Cabo Verdiana, o novo nome atribuído ao navio da Interilhas, ex-Fiesta, que se encontra em trabalhos de reconversão no estaleiro da NavalRocha, em Lisboa, para entrar ao serviço em Cabo Verde.

Sunday, April 18, 2021

3 clandestinos em cargueiro no porto de Lisboa

Bomar Regina após ter reabastecido no rio Tejo. Podia ser mais um navio cargueiro a vir até ao rio Tejo abastecer, não fosse terem sido detectados 3 imigrantes clandestinos a bordo do navio aquando da sua entrada do Tejo. Os 3 sujeitos foram detectados pelos tripulantes do rebocador que auxiliava a manobra do navio. Após o alerta as autoridades tomaram conta da ocorrência e impediram o desembarque desses migrantes, em Lisboa. O navio teve proveniência da Libéria e deverá continuar a sua viagem após a resolução deste incidente. Neste momento ainda aguarda as ordens de partida, do porto de Lisboa.

A porta do leme, o sítio onde os imigrantes ilegais viajaram até Lisboa. É um dos locais mais perigosos do navio, para a integridade física, representa uma morte quase certa em determinadas condições de ondulação, mas mesmo assim existe quem arrisque...

Trammo Paris

O navio tanque, Trammo Paris, deixando a barra de Lisboa, após ter saído do cais do terminal de granéis líquidos do Barreiro. O navio após a passagem pelo Bugio, teve mesmo de abrandar a sua velocidade para que o desembarque do piloto fosse possível.  Saiu com destino ao Norte da Europa.

O Trammo Paris é um navio de 2017, com 17242 t GT, 154 m de comprimento e 24 m de largura. Tem capacidade para transportar 23237 metros cúbicos de gás em estado líquido.Navega com o registo em Singapura e o IMO 9792515.