O HB Tucunare é um navio gigante e que demonstra o enorme potencial deste estaleiro Português que tem capacidade para receber os maiores navios do mundo, repará-los e ao mesmo tempo ainda proceder à reparação de mais cerca de 10 navios. Este estaleiro enfrenta a desleal concorrência dos estaleiros Turcos, que são capazes de oferecer melhores preços do que os estaleiros da União Europeia, mas que são também conhecidos por terem mão de obra menos qualificada e mais escrava, o que resulta em reparações com menor qualidade.
Saturday, April 24, 2021
HB Tucunare
O estaleiro da Lisnave em Setúbal repara os maiores navios do mundo. Navios que vêem a Portugal única e exclusivamente para serem reparados e depois seguem as suas vidas normais. Não chegam a operar nos portos Portugueses, salvo algumas excepções em que aproveitam para reabastecer e seguir viagem. É o exemplo do navio Brasileiro HB Tucunare que se encontra em reparação na Lisnave. Este é um navio denominado na nomenclatura Anglo Saxónica por Ore Carrier. É um tipo de navio destinado ao transporte de minérios a granel. Operam muitas vezes em lastro, uma vez que a maior parte das suas viagens, é de apenas uma direcção, sendo que apenas vão carregados num sentido, e no regresso vem vazios. O HB Tucunare é um navio com 6 anos, construído em 2015, tem 48495 t GT, 245 m de comprimento e 40 m de boca. Como se pode ver pelas imagens possui 6 porões de carga e parte da bandeira Brasileira pintada no seu casario. Nas imagens vê-mo-lo em doca seca no estaleiro da Lisnave em Setúbal. Anteriormente chamou-se Log in Tucunare.
Titlis descarregando sucata
Portugal, contribui para a reciclagem do lixo que é produzido no nosso país, assim como para a daquele que também é importado por nós. Um dos exemplos da importação de lixo, por Portugal, é o caso de sucata ferrosa. São quase semanais os navios que descarregam sucata vinda sobretudo da Europa, com destino à transformação, em Portugal. A maior parte destina-se à siderurgia nacional, situada em Paio Pires no Seixal. Os navios que a trazem até Portugal normalmente descarregam no terminal do Barreiro, ou então no terminal da Sapec em Setúbal. Dali a sucata é transportada por rodovia até ao Seixal, onde será transformada nos mais diversos tipos de materiais ferrosos, normalmente varões para a construção, biletes, chapas de aço ou até mesmo arame de vedações. O caso que hoje mostro é o navio Titlis, um navio com registo na ilha da Madeira, descarregando sucata no terminal da Sapec em Setúbal.
A sucata é descarregada com uma grua com garra directamente para o cais, onde segundas gruas de menores dimensões carregam os camiões que irão efectuar o transporte deste tipo de resíduos até ao local onde os mesmo serão transformados em segundos produtos.
Dentro do navio uma pá carregadora, auxilia amontoado a sucata de forma a que a garra consiga mais facilmente carregar a maior quantidade de material possível de cada vez, para assim esvaziar os porões do navio mais rapidamente. O Titlis é um navio de carga geral, construído há 12 anos. Navega com o IMO 9352353, e tem 4990 t GT. A sua capacidade de carga vai até às 7763 t. Tem 118 m de comprimento e 15 m de boca, com um calado de cerca de 5 m.
Wilhelmine Essberger
O navio Wilhelmine Essberger, descarregando no terminal da Alkion no Barreiro, visto desde Lisboa a sensivelmente 3,5 milhas náuticas do terminal. Este é um navio que veio desde Roterdão para o Barreiro. Tem 16 anos, 115 m de comprimento e 18,82 m de largura. Tem uma tonelagem bruta de 5815 t GT, e pode carregar até 8657 t.
Rimona
Registo da chegada a Lisboa do navio graneleiro Rimona. Precedente de Casablanca este navio vem carregar no terminal do Poço do Bispo, devendo largar com destino a Itália no próximo dia 28, quarta-feira. Este navio tem 14 anos, 120 m de comprimento e 17 m de boca.
Navega com a bandeira de Malta, o IMO 9468750, e tem 5222 t GT. Já ostentou os nomes Sider Puma (2008), Nicolaos M (2013) e Kavafis (2017), desde que saiu dos estaleiros Chineses em 2007.
Desta vez na porta do leme não vinham passageiros clandestinos, como há alguns dias aconteceu com um navio com proveniência de África.
As fixações que se vê no casco, existem para permitir a desmontagem da hélice e do leme, em estaleiro, quando necessário.
Seadream II de regresso à NavalRocha
Chegou a Lisboa na passada quinta-feira, pela manhã o pequeno navio de cruzeiros, SeaDream II. Vem ao estaleiro da NavalRocha, efectuar reparações anuais programadas. No ano passado por volta desta mesma data o navio encontrava-se também em Lisboa, na doca seca deste estaleiro. A NavalRocha tem vindo a fidelizar este operador de navios de pequena dimensão. Depois da sua saída do estaleiro, será a vez do seu irmão gémeo SeaDream I entrar, a 10 de Junho. A reparação terá a duração prevista de cerca de 30 dias, com ida a doca seca.
Os pontos de oxidação do casco, que nesta reparação deverão desaparecer. |
Os trabalhos a bordo já começaram, embora o navio ainda esteja no cais do estaleiro. |
A SeaDream foi uma das companhias que operou os seus navios durante a pior fase da pandemia que nos assola. Operou todo o Verão de 2020, na Noruega, onde a incidência da pandemia era mais baixa e as restrições também. Após a confirmação de casos positivos a bordo, já num cruzeiro com destino às Caraíbas, acabou por cancelar, os seus cruzeiros em 2020 até aos dias de hoje. Esteve parado em Alesund, de onde é proveniente. Tem prevista o reinício das duas operações a 16 de Junho em Veneza precisamente com este navio SeaDream II, numa viagem de 10 dias com fim em Piréu, Grécia. O Seadream I, o seu irmão encontra-se neste momento atracado em Alesund, aonde chegou a 18 de Dezembro último depois da escala que efectuou em Ponta Delgada a 10 de Dezembro de 2020.
Thursday, April 22, 2021
Dona Tututa
É uma homenagem à maior pianista Cabo Verdiana, o novo nome atribuído ao navio da Interilhas, ex-Fiesta, que se encontra em trabalhos de reconversão no estaleiro da NavalRocha, em Lisboa, para entrar ao serviço em Cabo Verde.
Sunday, April 18, 2021
3 clandestinos em cargueiro no porto de Lisboa
Bomar Regina após ter reabastecido no rio Tejo. Podia ser mais um navio cargueiro a vir até ao rio Tejo abastecer, não fosse terem sido detectados 3 imigrantes clandestinos a bordo do navio aquando da sua entrada do Tejo. Os 3 sujeitos foram detectados pelos tripulantes do rebocador que auxiliava a manobra do navio. Após o alerta as autoridades tomaram conta da ocorrência e impediram o desembarque desses migrantes, em Lisboa. O navio teve proveniência da Libéria e deverá continuar a sua viagem após a resolução deste incidente. Neste momento ainda aguarda as ordens de partida, do porto de Lisboa.
A porta do leme, o sítio onde os imigrantes ilegais viajaram até Lisboa. É um dos locais mais perigosos do navio, para a integridade física, representa uma morte quase certa em determinadas condições de ondulação, mas mesmo assim existe quem arrisque...
Trammo Paris
O navio tanque, Trammo Paris, deixando a barra de Lisboa, após ter saído do cais do terminal de granéis líquidos do Barreiro. O navio após a passagem pelo Bugio, teve mesmo de abrandar a sua velocidade para que o desembarque do piloto fosse possível. Saiu com destino ao Norte da Europa.
O Trammo Paris é um navio de 2017, com 17242 t GT, 154 m de comprimento e 24 m de largura. Tem capacidade para transportar 23237 metros cúbicos de gás em estado líquido.Navega com o registo em Singapura e o IMO 9792515.
Thursday, April 15, 2021
Montalvo com registo Hamilton?
O rebocador Montalvo prestes a deixar a doca seca, na Lisnave. O registo Setúbal caiu do costado deste rebocador ostentando agora um registo da capital das Bermudas, Hamilton. Será que vai deixar os portos Portugueses para sempre? Não. Trata-se apenas do registo anterior ainda por pintar e ficará na mesma pelos portos nacionais com a matrícula Portuguesa.
Wednesday, April 14, 2021
Vasco da Gama na Lisnave
Deu início esta semana à sua actividade com passageiros o navio Português, World Voyager, nas ilhas Canárias com passageiros Alemães. Enquanto isso o seu "irmão" de frota continua a sua extensa reparação no estaleiro da Lisnave, em Setúbal, local onde ainda permanece o também navio de cruzeiros Hamburg, fora de serviço devido à atual pandemia.
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