Saturday, April 24, 2021

Rimona

Registo da chegada a Lisboa do navio graneleiro Rimona. Precedente de Casablanca este navio vem carregar no terminal do Poço do Bispo, devendo largar com destino a Itália no próximo dia 28, quarta-feira. Este navio tem 14 anos, 120 m de comprimento e 17 m de boca. 

Navega com a bandeira de Malta, o IMO 9468750, e tem 5222 t GT. Já ostentou os nomes Sider Puma (2008), Nicolaos M (2013) e Kavafis (2017), desde que saiu dos estaleiros Chineses em 2007.

Desta vez na porta do leme não vinham passageiros clandestinos, como há alguns dias aconteceu com um navio com proveniência de África.
As fixações que se vê no casco, existem para permitir a desmontagem da hélice e do leme, em estaleiro, quando necessário.

O Rimona é operado desde a Grécia, pela Pacific & Atlantic Shipamanagers.

Seadream II de regresso à NavalRocha

Chegou a Lisboa na passada quinta-feira, pela manhã o pequeno navio de cruzeiros, SeaDream II. Vem ao estaleiro da NavalRocha, efectuar reparações anuais programadas. No ano passado por volta desta mesma data o navio encontrava-se também em Lisboa, na doca seca deste estaleiro. A NavalRocha tem vindo a fidelizar este operador de navios de pequena dimensão. Depois da sua saída do estaleiro, será a vez do seu irmão gémeo SeaDream I entrar, a 10 de Junho. A reparação terá a duração prevista de cerca de 30 dias, com ida a doca seca.
Os pontos de oxidação do casco, que nesta reparação deverão desaparecer.

Os trabalhos a bordo já começaram, embora o navio ainda esteja no cais do estaleiro.



A SeaDream foi uma das companhias que operou os seus navios durante a pior fase da pandemia que nos assola. Operou todo o Verão de 2020, na Noruega, onde a incidência da pandemia era mais baixa e as restrições também. Após a confirmação de casos positivos a bordo, já num cruzeiro com destino às Caraíbas, acabou por cancelar, os seus cruzeiros em 2020 até aos dias de hoje. Esteve parado em Alesund, de onde é proveniente. Tem prevista o reinício das duas operações a 16 de Junho em Veneza precisamente com este navio SeaDream II, numa viagem de 10 dias com fim em Piréu, Grécia. O Seadream I, o seu irmão encontra-se neste momento atracado em Alesund, aonde chegou a 18 de Dezembro último depois da escala que efectuou em Ponta Delgada a 10 de Dezembro de 2020.

Thursday, April 22, 2021

Dona Tututa

É uma homenagem à maior pianista Cabo Verdiana, o novo nome atribuído ao navio da Interilhas, ex-Fiesta, que se encontra em trabalhos de reconversão no estaleiro da NavalRocha, em Lisboa, para entrar ao serviço em Cabo Verde.

Sunday, April 18, 2021

3 clandestinos em cargueiro no porto de Lisboa

Bomar Regina após ter reabastecido no rio Tejo. Podia ser mais um navio cargueiro a vir até ao rio Tejo abastecer, não fosse terem sido detectados 3 imigrantes clandestinos a bordo do navio aquando da sua entrada do Tejo. Os 3 sujeitos foram detectados pelos tripulantes do rebocador que auxiliava a manobra do navio. Após o alerta as autoridades tomaram conta da ocorrência e impediram o desembarque desses migrantes, em Lisboa. O navio teve proveniência da Libéria e deverá continuar a sua viagem após a resolução deste incidente. Neste momento ainda aguarda as ordens de partida, do porto de Lisboa.

A porta do leme, o sítio onde os imigrantes ilegais viajaram até Lisboa. É um dos locais mais perigosos do navio, para a integridade física, representa uma morte quase certa em determinadas condições de ondulação, mas mesmo assim existe quem arrisque...

Trammo Paris

O navio tanque, Trammo Paris, deixando a barra de Lisboa, após ter saído do cais do terminal de granéis líquidos do Barreiro. O navio após a passagem pelo Bugio, teve mesmo de abrandar a sua velocidade para que o desembarque do piloto fosse possível.  Saiu com destino ao Norte da Europa.

O Trammo Paris é um navio de 2017, com 17242 t GT, 154 m de comprimento e 24 m de largura. Tem capacidade para transportar 23237 metros cúbicos de gás em estado líquido.Navega com o registo em Singapura e o IMO 9792515. 

Thursday, April 15, 2021

Montalvo com registo Hamilton?

O rebocador Montalvo prestes a deixar a doca seca, na Lisnave. O registo Setúbal caiu do costado deste rebocador ostentando agora um registo da capital das Bermudas, Hamilton. Será que vai deixar os portos Portugueses para sempre? Não. Trata-se apenas do registo anterior ainda por pintar e ficará na mesma pelos portos nacionais com a matrícula Portuguesa. 

Wednesday, April 14, 2021

Vasco da Gama na Lisnave

Deu início esta semana à sua actividade com passageiros o navio Português, World Voyager, nas ilhas Canárias com passageiros Alemães. Enquanto isso o seu "irmão" de frota continua a sua extensa reparação no estaleiro da Lisnave, em Setúbal, local onde ainda permanece o também navio de cruzeiros Hamburg, fora de serviço devido à atual pandemia.

Friday, April 9, 2021

Fiesta

A falta de asa da ponte e o mastro de proa que tornam este navio feio...
O ferry Fiesta, na doca seca do estaleiro da NavalRocha. Tal como se previu o ferry está a fazer uma mudança de cores para mudar de operador. Por enquanto o azul e o branco sobressaem e ao que tudo indica serão essas as cores do seu novo esquema de cores. Quanto ao nome não se consegue ainda descortinar se irá manter o antigo ou mudar, mas observando os trabalhos, parece que se prepara também para uma mudança de nome, para assim começar a operar em Cabo Verde.




As cores antigas ainda presentes no car-deck...

Wednesday, March 31, 2021

Acidente na ponte 25 de Abril

O navio graneleiro Ionic Hawk, embateu esta tarde no pilar Sul da ponte 25 de Abril. O navio precedente de Casablanca, devia ter fundeado no Quadro Ocidental do porto de Lisboa, para efectuar um reabastecimento. Não conseguiu efectuar essa manobra e acabou por embater no pilar Sul da ponte 25 de Abril, tendo avançado para montante. Posteriormente regressou ao fundeadouro onde deveria ter lançado âncora, a jusante da ponte. Aí foi submetido a inspecções segundo a informação da Autoridade Marítima Nacional. Pelo estado do casco do navio e pela sua bandeira, este tipo de acidentes são de prever. A bandeira das ilhas Marshall significa que a tripulação que opera o navio é mal paga e os tripulantes são tratados como escravos pelos seus patrões. Logo os resultados são acidentes deste tipo com maior frequência. O péssimo estado de conservação do casco do navio também indica uma poupança excessiva na manutenção e cuidado com o navio, pelo que neste incidente a culpa deve recair sobre quem autoriza que este tipo de situações aconteça.

O bolbo do navio, a zona que embateu na ponte. Aparenta estar não danificado pela foto registada depois do incidente.

Apesar de maltratado o Ionic Hawk tem um esquema de pintura do costado, bastante bonito. É um navio de 2012, com 22432 t GT, com 180 m de comprimento e 30 m de largura. Navega com o IMO 9608673 sob uma bandeira de um país que permite que os tripulantes a bordo trabalhem e sejam escravizados. Situação que nem deveria ser permitida. As bandeiras que permitem a escravidão a bordo deviam ser eliminadas dos mares.

Segundo o comunicado da Autoridade Marítima Nacional a ponte não sofreu danos, tal como era de esperar, pois está construída para resistir a choques de navios sem que a sua capacidade resistente estrutural seja afectada. Para aqueles que não sabem ou desconhecem, a base dos pilares da ponte possui um maciço de betão que é bem visível desde as margens do rio, cuja função, além de toda a componente relacionada com a hidráulica é assegurar que um embate de um navio não cause danos na ponte. Está construída de modo a que numa situação destas o navio "afunde" e a ponte continue cumprindo a sua função.

A base dos pilares da ponte 25 de Abril, ao nível da linha de água, comparada com um navio de grandes dimensões que por ali navegam. Registo do dia anterior ao incidente.

Esta situação é semelhante àquela dos armadores nacionais que registam os seus navios na ilha da Madeira e vendem isso nos meios de comunicação social privados, como se fosse uma coisa boa para o país. Na verdade o registo de navios na Madeira também permite umas leis laborais que facilitam o esclavagismo a bordo de navios, incluindo navios de passageiros. Significa que conseguem mais lucros à conta do trabalho dos seus empregados, e fogem aos direitos laborais dos mesmos. O Ionic Hawk tem prevista a sua saída de Lisboa, amanhã após reabastecer. A mesma deverá acontecer caso o navio não possua nenhum rombo no casco que o impeça de navegar.

Fassa

Saída do navio graneleiro Fassa. Um dos maiores navios que conseguem atracar no cais do Beato. Esteve neste cais cerca de 10 dias, onde descarregou a sua carga. 

Na saída ainda se cruzou com o Phobos, que estava de chegada
Daqui saiu em lastro com destino à Argentina, onde muito provavelmente voltará a carregar com destino à Europa. O Fassa está registado nas famosas ilhas Cayman. Pertence à Equinox Maritime lda, uma companhia especializada no transporte marítimo de longa distância, com origens Gregas.


É um navio com 15 anos de idade (2006), 190 m de comprimento e 32,26 m de boca. Tem 30936 t GT, e 4 gruas que lhe permitem operar sozinho.

Este navio já fez história em Viana do Castelo, ao tornar-se no maior navio de sempre que aquele porto recebeu a 16 de Fevereiro de 2019, quando ali atracou para descarregar 17 000 toneladas de soja.