Da direita para a esquerda: Portugs Sines, Portugs Cascais, Portugs Leixões, e ao fundo o Peneda da ReboSado. |
Portugs Sines, ex-Svitzer Sines |
Da direita para a esquerda: Portugs Sines, Portugs Cascais, Portugs Leixões, e ao fundo o Peneda da ReboSado. |
Portugs Sines, ex-Svitzer Sines |
A nova lancha construída pelo estaleiro Damen em Singapura, chegou a Lisboa a bordo do cargueiro Pia, no dia 28 de Fevereiro, por volta das 11 h. Tem permanecido atracada em Lisboa, primeiro no terminal do Beato onde foi descarregada e depois rumou à Rocha, onde é visível nestas fotos e onde tem recebido a bordo os militares da Guarda Nacional Republicana, muito provavelmente em formação.
A Bojador custou 8 485 770€ sendo a primeira lancha de mais 3 que se seguem. Embora esta vá ser a maior de todas as que se seguem. Tem o IMO 9881718. Em termos de características técnicas esta lancha tem 34,95 m de comprimento, 7,35 m de boca e um calado de 2,5 m. Possui um casco em alumínio marítimo. É o projecto Fast Crew Supplier (FCS) 3307 do estaleiro Holandês Damen e cujas características técnicas assim como fotos de interiores podem ser vistas com mais detalhe aqui. Neste momento é um meio naval que equipa pelo menos 6 países.
O Cabo Bojador é um cabo situado na costa de Marrocos, que foi dobrado em 1434, por Gil Eannes. Até à data era conhecido como o Cabo do Medo. Esperamos que medo seja o que os prevaricadores vão sentir quando esta lancha os abordar em flagrante delito.Registo do navio Russo Topaz Belaya que se encontra fundeado no porto de Lisboa com uma carga de pás de torres eólicas. O navio veio do porto Turco de Nemrut (próximo do tão famoso destino final, Aliaga). Antes esteve também fundeado na baía de Palma em Maiorca, de onde saiu para Gibraltar. Tem como destino o porto de Bremen. É um navio relativamente recente, 4 anos (2017), com um design que evidencia a sua jovialidade e o diferencia bastante dos outros navios construídos para o mesmo tipo de carga. São comuns nos navios mais recentes os costados mais próximos da linha de água, contudo com a desvantagem de ficarem mais rapidamente imobilizados ou fundeados quando a ondulação no percurso da sua viagem atinge determinados valores máximos.
Não sabemos se é o caso deste navio, mas suspeitou-se que não é bem assim. Pois, este é um navio com 123 m de comprimento, 16,7 m de largura, do tipo carga geral, transportes especiais pesados e com um calado de apenas 2,85 m. É anormalmente baixo para navios deste tipo. Isto para quem gosta de navios e os vê há muitos anos, desconfia que aqui há algo especial neste navio. E há mesmo.
O Topaz Belaya, navega com o IMO 9811579, e com registo no porto de Astrakhan na Rússia. Astrakhan situa-se próximo do Mar Cáspio, o que significa que este navio poderá nunca ter visitado o porto no qual está registado.Atendendo a que este navio possui 17 (!) navios irmãos todos iguais facilmente se conclui que são uma série de navios construídos para navegar em canais e águas interiores como são o caso dos rios Don e Volga na Rússia e Mar Cáspio. Este navio foi construído no estaleiro Vard Vung Tau, no Vietnam. Um estaleiro subsidiário do grupo Norueguês VARD (parte do grupo Italiano Fincantieri).
Através deste link podemos ficar a conhecer com grande pormenor a história e o porquê de tantos navios iguais. Recomendo vivamente a leitura caso queiram aprofundar e conhecer mais sobre o Topaz Belaya, um projecto que visou substituir os rebocadores e barcaças no transporte em águas interiores de cargas ligadas ao sector energético (petróleo, gás e energias renováveis), sobretudo na Rússia. Isso explica o porquê das limitações em termos de dimensões do navio, quer em altura (possibilidade de transitar debaixo de pontes com vão livre baixo) e limite físico em comprimento e largura para as eclusas de determinados rios onde está previsto navegar. Este navio é o resultado da mudança e evolução no sector marítimo e dos transportes com o resultado do conhecimento e capacidades técnicas dos últimos anos nas mais diversas áreas do conhecimento, resultando num produto extremamente eficaz e bastante competitivo. Veja o vídeo.
Este é um navio certamente especial e envolvido em muita história recente. Um dos muitos que poderá estar de visita a Lisboa esta única vez na sua vida de navio e que tem muito para contar no mundo do shipping devido a todas as empresas e grandes grupos económicos que o rodeiam e a ele estão ligados de forma directa ou indirecta. Tem a sua partida de Lisboa agendada para o próximo dia 15 (segunda-feira) pelas 23:30 h.
Este post explica todo este navio especial que à vista desarmada para alguns seria apenas mais um navio fundeado no rio Tejo.Fernando Namora, navio gémeo do Fernando Pessoa |
Resta-nos esperar e crer que poderá mesmo ser uma realidade o regresso da actividade turística através dos navios de cruzeiros, ao porto de Lisboa.
Assim o primeiro navio programado, é o Mein Schiff 3 que tem escala agendada para o dia 5 de Abril, seguindo-se a este o AIDAstella, no dia 6 de Abril. Ambos navios que já visitaram Lisboa anteriormente e que aqui pretendem continuar a operar e efectuar escalas. A previsão de escalas poderá ser consultada no site do porto de Lisboa, aqui.
De notar que desde Março de 2020, até ao dia de hoje, encontram-se navios de cruzeiros em Lisboa, e por cá alguns efectuaram escalas, mais ou menos demoradas, mas nenhum operou com passageiros.
Atualização dia 9 de Março 2021: Entretanto a programação de cruzeiros prevista, foi retirada do site do Porto de Lisboa, e foi substituída pelo Despacho nº 2300-A/2021 que basicamente diz ao Porto de Lisboa para ter calma antes de lançar foguetes.
Anafi auxiliado pelo rebocador Sirios na proa e Montemuro na popa |
O Halki que saiu da doca seca no dia de ontem. |
Os dois casarios a cruzarem-se na bacia do estaleiro. |
Este casco não vê tratamento talvez desde que saiu do estaleiro de construção... |
O Shandong Fu You, é um navio Chinês que ostenta o registo de Hong Kong. É um navio relativamente novo, 3 anos. O Shandong Fu You, veio de Nova Orleães e operou no terminal de cereais da Trafaria. Depois fundeou no Tejo e tem previsto seguir para Hamburgo, depois de Lisboa.
Diz-se que falta um acento no FÚ. Será mesmo? |
Uns dizem que Shandong Fu significa Boa Fortuna, outros que significa Montanhas de Este. É mesmo tipico Chinês, não se percebe nada, mas enganam-nos bem e assim vão destruir o Mundo connosco a permitir que nos tragam cereais em troco de "fletes balatos".
Apesar de tudo é um navio bonito e que acabou por conquistar o Tejo, quando todos os outros já se foram embora, afastados por um vírus Chinês, o produto de maior duração que alguma vez a China produziu.