Cais da Matinha, um cais semi-abandonado, situado na zona Oriental de Lisboa, e onde se encontra atracado o paquete Funchal, o mais antigo navio de cruzeiros Português. Este acaba por embelezar toda a zona e muitos já se acostumaram a ir ali passear apenas para admirar o navio.
Friday, May 15, 2020
Thursday, May 14, 2020
Um quebra gelos em Lisboa
Passagem breve pelo porto de Lisboa, apenas para abastecimento de combustível do navio Kohl I, navio graneleiro proveniente do porto de Aveiro. De Lisboa parte para Murmansk. Navio de 2007, com 180 por 23 m de largura. Navega com a bandeira do Panamá e o IMO 9428499.
A proa quebra gelo, pouco usual em navios que efectuam escalas em Lisboa. |
Star Pride
Chegou hoje a Lisboa, o navio Star Pride. O navio veio de Philipsburg, na ilha de Saint-Martin, e deverá permanecer por Lisboa até ao final do mês de Julho. Aqui começou a preparar a sua ida ao estaleiro naval em Palermo para o seu alongamento, previsto no programa de expansão dos navios atualmente a decorrer por parte da WindStar Cruises. Este é o segundo navio da Wind Star Cruises a utilizar o porto de Lisboa para preparação da sua ida ao estaleiro. Reveja aqui o irmão do Star Pride aquando da sua passagem para o mesmo tipo de operação. De salientar que o Star Legend já se encontra em Palermo, na Sicília na continuação dos seus trabalhos.
Apenas mais um apanhado na malha da crise mundial gerada pela falta de passageiros nos navios de cruzeiros. Assim antecipou a chegada à Europa e por cá vai continuar nos próximos tempos. Pela sua proa tem o MSC Fantasia que também continua a aguardar o abrandamento da pandemia e o relançamento da indústria mundial do turismo.
Nesta fase os navios e as companhias estão a aproveitar para fazer manutenção programada aos seus navios e também para idas aos estaleiros navais, sem que isso tenha consequências no agendamento dos seus programas de viagens. Apenas as finanças começam a preocupar de forma séria todas as companhias mundiais, podendo mesmo esta paragem levar ao colapso de algumas.
Em condições normais de operação o navio teria feito apenas uma escala em Lisboa, no passado dia 9 de Abril e depois teria partido para o Mediterrâneo para lá efectuar mais cruzeiros. Assim permaneceu mais tempo nas Caraíbas e daí partiu já em direcção a Lisboa, porto seguro onde pode atracar para manutenção e segurança da tripulação, enquanto prepara a ida ao estaleiro. Não nos podemos esquecer que a bordo dos navios vivem e trabalham PESSOAS.
Tuesday, May 12, 2020
Spanaco Reliability
Navio de carga geral Spanaco Reliabitity, fundeado no mar da Palha aguardando cais para descarregar, o que veio a acontecer no cais do Beato. Construído em 2007, este navio mede 90 m de comprimento e tem cerca de 15 m de boca. Anteriormente chamou-se Lisa-C.
Friday, May 8, 2020
Amke
Na popa do Amke o Spanaco Reliability |
O navio de carga geral, Amke a descarregar limalha de ferro no cais do Poço do Bispo. Segundo a comunicação social este navio está ali a operar, mas devia tê-lo feito no cais do Barreiro uma vez que esta matéria prima se destina a ser utilizada na siderurgia nacional, situada nas proximidades do terminal do Barreiro. Tal não acontece devido a problemas laborais no porto de Lisboa que envolvem o patronato e estivadores.
No interior da doca podemos ver o pequeno e bastante bonito rebocador Canopus. |
Fica o registo desde cais pela primeira vez neste blogue. Este é o cais comercial mais a Leste do porto de Lisboa, se considerarmos apenas os cais com operações regulares de navios de grande porte, excluindo portanto o cais da Matinha onde se encontra o navio Funchal atracado e o cais do Oriente e todos os outros a montante destes onde ainda conseguem chegar batelões e embarcações de pequeno porte ou rasas. Por se situar bastante a montante do rio Tejo, ali só chegam os navios mais pequenos e de menores calados, tal como o Amke, navio que veio da Rússia mas que navega com a bandeira de conveniência do registo de navios da ilha da Madeira e tem 6,2 m de calado máximo.
O que distingue este registo de navios do registo convencional é a facilidade de contratação de mão de obra escrava e mais facilmente explorável, contornando as leis e direitos laborais, que é permitida em troca de pagamentos à ilha da Madeira. De Português este navio não tem nada. É igual aos proprietários de embarcações de recreio Portuguesas que navegam com a bandeira Holandesa. O Amke, navega com o IMO 9374387, tem 115 m de comprimento por 17 m de boca, demorou cerca de 8 dias para chegar de São Petersburgo a Lisboa, ou seja como facilmente se entende, hoje em dia deslocamos-nos muito rapidamente de um ponto do globo ao outro, o que é bom e mau ao mesmo tempo, tal como estamos a experiênciar.
Royal Clipper
O extremamente bonito Royal Clipper. |
Entretanto no estaleiro já se prepara a cama para o navio assentar quando ficar a seco. |
Na imagem podemos ver o Royal Cliper os dois rebocadores Peneda e Svitzer Leixões, parte do rebocador Cachofarra e o iate Balto logo após a entrada da doca seca.
SeaDream II
Já saiu da doca seca o navio SeaDream II. Encontra-se agora no Mar da Palha fundeado aguardando talvez ordens ou um novo porto de destino para então depois deixar Lisboa. Sabe-se que voltará a Lisboa, em Outubro próximo para uma nova docagem.
A longa espera do MSC Fantasia
Terminal de cruzeiros de Santa Apolónia que se liga a todo o país através do comboio. |
Estação ferroviária de Santa Apolónia e o Terminal de Cruzeiros de Lisboa |
Apenas a espera... |
A conversa com os colegas, entre varandas... |
Ficam algumas imagens do isolamento a bordo. Para todos os tripulantes dos navios mandamos um abraço e um vai ficar tudo bem, na esperança de que assim seja e possamos voltar a fotografar navios tal como até agora, com tripulantes felizes e aventureiros por percorrerem o Mundo com pouco dinheiro.
Funchal
Continua disponível em anúncios de venda, na internet, o navio Funchal. No cais da Matinha, a mais absoluta calma e tranquilidade, daquele que podia se tornar num dos mais bem sucedidos hotéis de Lisboa...falta visão.
Tuesday, May 5, 2020
Um navio com medo de piratas
Navio hidrográfico e de pesquisa geofísica, Fugro Supporter que chegou no dia 3 pelas 10h, desde as Canárias para abastecer-se. A sua saída está prevista para o dia de amanhã novamente com as Canárias como destino anunciado. Navio construído em 1994, com o IMO 8518364 e 2065 toneladas. Tem 75 m de comprimento, 12,5 m de boca e 5,3 m de calado. Tem capacidade para receber 47 pessoas a bordos entre as quais 17 tripulantes. Este navio está vocacionado para a inspecção de cabos submarinos.
Não deixa de ser interessante a protecção com arame farpado militar que o navio ostenta ao longo de todo o casco contra a pirataria, nada usual nos navios que visitam Lisboa. A razão disto será porque provavelmente esteve ou estará a operar numa zona onde a pirataria ainda existe. Sendo um navio que não se consegue deslocar rápido (12 nós) e devido ao tipo de actividade que desempenha, necessita de ter acesso à água, então teve de recorrer a este tipo de protecção adicional para que piratas não subam a bordo e ataquem a tripulação que segundo as regras no mar, não pode estar armada, tal como todos os cidadãos civis, em terra.
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