Tuesday, April 14, 2020

Sea Dreams


Após a recusa de entrada ao paquete Marella Explorer 2, com passageiros, Lisboa recebe hoje o pequeno navio de cruzeiros SeaDream I. O navio tem chegada prevista para as 17 h com acostagem e permanência no cais até ao dia 29 de Abril, data em que deverá partir para o Mediterrâneo onde tem os seus próximos cruzeiros agendados a partir do dia 9 de Maio com início em Málaga. A Seadream Yacht Club suspendeu as suas operações com passageiros no passado dia 18 de Março e pretende voltar a operar no dia 8 de Maio. Nesta viagem vem da capital da Jamaica, e esta seria apenas mais uma viagem de reposicionamento no regresso do navio das Caraíbas para a operação de Primavera-Verão Europeus, não fosse o Mundo estar na presente data quase todo desregulado. A escolha de Lisboa, deverá dever-se ao facto do navio irmão, SeaDream II estar em Lisboa, em reparação no estaleiro e isso poder proporcionar algum tipo de compatibilização de operações e logística entre ambos os navios e tripulações da mesma companhia.

Monday, April 13, 2020

Marella Explorer 2, versão mundo de ficção

Um registo fotográfico e introspectivo a quando tudo estava bem e Lisboa recebia de braços abertos passageiros e tripulantes do Celebrity Century, atual Marella Explorer 2, para passearem nos triciclos comprados em Itália imitando Portugal o Bangladesh e a Índia dando oportunidade aos turistas de conhecerem um verdadeiro país do terceiro mundo, que ensina a Europa a lidar com pandemias.
Os mesmos passageiros ávidos de descoberta que compravam excursões até Fátima e Óbidos e no final ainda levavam os ímans produzidos na China imitando uma torre de Pisa, parecida com a Torre de Belém ou mistura das duas coisas num pedaço de gesso pintado talvez por uma criança, que teve de ser importado de  tão longe para ser vendido por um imigrante, demonstrando a incapacidade da economia nacional em aproveitar o turismo para gerar emprego.
Recusado o pedido de desembarque em águas dos Açores, o navio aproximou-se das ilhas do Grupo Central e ali pediu novamente para aportar em Lisboa. Pedido recusado e o navio é também informado que fica excluído de navegar em águas territoriais Portuguesas. Uma exclusão que nem aos barcos do narcotráfico é aplicada pois esses até no Algarve conseguem descarregar, em praias onde Holandeses se bronzeiam, demonstrando a forte competência e profissionalismo das nossas forças de segurança ao impor a soberania nacional a um navio cheio de moribundos e cadáveres...
Talvez a recusa se tenha devido ao facto de termos os aeroportos nacionais sem tráfego aéreo internacional e o navio poder não estar a necessitar de apoio humanitário urgente. Contudo será sempre bem vindo quando voltar a trazer jovens de andarilho ávidos de comprarem os ímanes chineses para ajudarem a economia nacional, comendo uma pizza congelada ao almoço na mais pronunciada rua de Lisboa, sob o olhar atento de um vendedor de folhas de louro e um carteirista Romeno, enquanto um polícia cego procura incessantemente os carros mal estacionados pela zona fazendo imperar a ordem e a lei aos que se portam mal. 
Os navios da Tui UK, são presença habitual pelos portos nacionais, onde costumam operar com passageiros maioritariamente do Reino Unido e em épocas baixas. 
O Marella Discovery 2, é um navio que sempre operou para os maiores gigantes do turismo, mas que usou a bandeira da Libéria durante 7 anos, a das Bahamas durante 6 e aos 25 anos de serviço navega com a bandeira de Malta, em direcção ao Reino Unido. Certo é que esta recusa poupa recursos ao serviço nacional de saúde e que assim já poderão ser aplicados a todos aqueles que receberam a cidadania temporária Portuguesa, antes de serem espancados no aeroporto.

Tuesday, April 7, 2020

Astor saindo de Lisboa

O Astor deixando Lisboa com a benção do Cristo Rei e sob uma ténue neblina que pairava sobre o rio, ao final da tarde.
Registo do Astor da Cruise & Maritime Voyages, deixando Lisboa pelas 18h, rumo à Alemanha. O navio efectuou esta escala técnica para reabastecimento, depois de uma "tirada" desde a África do Sul até Lisboa. Daqui fará uma outra longa viagem até Bremerhaven onde deverá chegar e parar, no Domingo de Páscoa. Os navios com "casa - mãe" na Europa, que se encontravam em pontos mais longínquos do globo, encontram-se de regresso a casa alguns com passageiros ainda a bordo, que pretendem desembarcar nos seus países de origem (neste caso passageiros Alemães, ficam na Alemanha). As escalas estão bastante limitadas e acontecem apenas nos portos que lhes abrem portas para abastecimentos, como é o caso do que tem acontecido em Lisboa e irá acontecer nos próximos dias, recebe navios, mas sem embarques ou desembarques de passageiros, lmitando-se a escala ao reabastecimento do navio, combustível, alimentos e outros bens essenciais que sejam necessários a bordo. Entretanto, o navio Português, Worl Explorer chegou hoje também a Viana do Castelo, onde se encontra atracado, no estaleiro navio e próximo de outros navios que efectuam cruzeiros no Douro, que ali foram encontrar também porto de abrigo para uma escala que ainda poucos têm a garantia de quanto tempo irá durar.

Astor e Royal Clipper em Lisboa

Astor, foto de Arquivo.
Hoje encontra-se em Lisboa, o Astor, numa escala técnica para abastecimentos. Deverá largar da capital Portuguesa pelas 17h rumo a Bremerhaven. Chegou de Durban pelas 5 h:30 do dia de hoje. Atracou em Santa Apolónia perto do MSC Fantasia que por aqui ainda permanece, após desembarque dos seus passageiros e grande parte dos tripulantes. Pela tarde será capaz de chegar a Lisboa também o Royal Clipper para uma reparação programada em estaleiro, já agendada há muito tempo. Contudo o navio está a antecipar a sua chegada em cerca de 12 dias ao inicialmente previsto. Ambos os navios, Astor e Royal Clipper estão em escalas técnicas, ou seja não se encontram a operar normalmente com passageiros efectuando embarques e desembarques. Também a Viana do Castelo deverá chegar ao longo do dia de hoje o World Explorer, num regresso a casa antecipado, face à programação de cruzeiros prevista, em condições normais.
Royal Clipper, foto de Arquivo.

Saturday, April 4, 2020

Show must go on

Photo: Dennie Blessing
A célebre música de Queen, interpretada pelo cantor Freddie Mercury, quando já se encontrava em fase terminal a lutar com uma broncopneumonia, passados 20 anos continua a fazer mote e é ainda uma das músicas mais famosas de todos os tempos. Foi escolhida pelo AIDAperla para exibição ontem à noite fundeado ao largo das Caraíbas juntamente com o navio colega de frota AIDAluna de onde foi obtida a foto. A frota mundial de navios de cruzeiros encontra-se praticamente parada, estando os tripulantes a bordo. Algumas companhias já equacionam utilizar os próprios navios para irem deixar os tripulantes a casa, visto que estes não podem se deslocar através de meios aéreos também parados devido à pandemia.
De referir apenas que os E.U.A. não estavam a deixar os navios entrarem nos seus portos, porque pediram ajuda às companhias de navegação, e uma delas, uma das maiores, respondeu que não tinha de ajudar, uma vez que tem registo na Libéria! Enfim...Neste momento já se equaciona também a possível falência de alguns destes gigantes mundiais, o que pode ser possível, embora até há poucos dias impensável. Os navios de transporte de petróleo também já começaram a parar uma vez que não existe procura e em alguns países as refinarias pararam mesmo. Estão a servir de armazém.

Thursday, April 2, 2020

A saída de mansinho do Agat

Saiu de Lisboa em pleno estado de emergência, mas foi com muito aparato e aos comandos das forças de segurança que aqui havia chegado. O Agat deixou Lisboa no passado dia 24 de Março. Ao que parece o estado Português conseguiu vender o navio mais de dois anos após este ter sido arrestado em Portugal, por envolvimento em actividades ilícitas. Assim o cargueiro aprestou-se com a nova tripulação alguns dias antes e saiu de Lisboa no dia 24 de Março com destino a Malta. Desconheço se irá voltar a navegar ou se esta viagem o leva directamente para a sucata.



O registo que levanta suspeitas de que pode estar a caminho da sucata.

Viking Sea amanhã em escala técnica, em Lisboa


A Viking Cruises, foi a primeira companhia a nível mundial a suspender as suas operações, mesmo depois de já se terem registado casos graves na Princess Cruises, que anunciou apenas um dia depois, no dia 12 de Março, a paragem dos seus 18 navios por 60 dias (até 10 de Maio). Dois dias depois (13 de Março), a associação internacional de companhias de navegação, CLIA, aconselhava as suas associadas a suspender as suas operações. A  Viking Cruises, suspendeu as suas operações no passado dia 11 de Março, com efeitos a partir do dia 12, e até ao dia 1 de Maio. A Viking opera 79 navios entre oceânicos e fluviais, tendo suspendido também a operação dos navios fluviais. 
Por esta altura o navio deveria estar a realizar viagens pela Grécia, e Mediterrâneo Oriental, depois de ter regressado das Caraíbas. Contudo cancelou 13 das suas viagens previstas e neste momento dirige-se para o Reino Unido onde deverá ficar atracado próximo aos outros navios irmãos. A próxima viagem está prevista apenas para o próximo dia 8 de Julho.

Sobre o Viking Sea:




O Viking Sea é um navio de 2016, o segundo de vários (6) navios gémeos. Tem 227 m de comprimento, 29 m de largura e 6,3 m de calado. Navega com a bandeira Norueguesa. Tem capacidade para 480 tripulantes e 930 passageiros.

É considerado um navio de médio porte e opera com um segmento de mercado médio-alto a alto, em viagens que saem fora do padrão vulgar, comercial (circuitos e posicionamentos). Recebeu o nome em antecipação de um outro navio da mesma frota e gémeo, o atual Viking Sky, aquando da sua construção nos estaleiros Italianos de Fincantieri.
A Viking Cruises opera em Portugal, com os seus navios fluviais no rio Douro e é habitual efectuar escalas com os seus navios oceânicos nos portos nacionais. Além disso efectua várias excursões turísticas, algumas até um pouco evasivas no habitual quotidiano de quem vive e trabalha na cidade, com grupos de turistas que visitam a pé vários pontos turísticos ou culturais. Opera também um frota de autocarros de aluguer com caracterização própria, com imagens dos seus navios. 

RCGS Resolute

O RCGS Resolute, para quem segue os navios é apenas o pequeno e malfadado ex-Hanseatic, embora agora esteja a atravessar uma situação difícil nas empresas suas operadoras e nos últimos tempos tenha estado envolto em algumas polémicas que em nada lhe dão bom nome no mercado, apesar de ser um excelente navio. Certamente que o final da sua carreira pode estar a aproximar-se em passos muitos largos. De Português apenas tem a bandeira no mastro de popa. Significa isso que pagaram para utilizar a nossa bandeira e Portugal assim o permite em troco de dinheiro. O que é certo é que agora as questões burocráticas irão envolver Portugal, uma vez que o registo do navio assim o obriga. Já recentemente os E.U.A. também ponderaram enviar os navios que se encontravam fundeados nas suas águas, para os respectivos países de registo. Estes navios têm a bordo doentes e mortos, com Covid-19. Encontram-se a aguardar autorização para entrada nos portos Americanos, de onde alguns tinham saído e onde é normalíssimo operarem. Parece que entretanto já alteraram a situação, mas dá para entender que os países de registo permitem "lavar as mãos" em algumas situações. 
A proa do Resolute sem estragos, após à chegada ao Curaçao.
Das várias versões que circulam sobre o acidente a mais engraçada é a que diz que se tratou de um acto de pirataria, o que não deixa de ser irónico, pois o navio provocou mesmo um naufrágio. Segundo uma versão mais credível, o navio encontrava-se em águas internacionais a pairar enquanto reparava um motor, quando foi abordado por um navio de guerra de um país da América Latina e aí as versões divergem, porque cada um dos lados da história diz que foi atacado. A verdade é que o casco à prova de gelo do RCGS Resolute foi mais forte e venceu. Quanto ao resto os tribunais irão apurar a verdade. É para isso que servem os tribunais nos países onde reina a Democracia. A notícia foi engraçada uma vez que até de "lancha" os jornalistas apelidaram o outro navio que se afundou.
RCGS Resolute, ex-Hanseatic, nesta fotografia, numa das suas passagens por Lisboa, com este nome.

Monday, March 30, 2020

Onde estão os cruzeiros agora?

Numa altura em que praticamente todos os navios de cruzeiros já pararam, espreitamos virtualmente hoje, por onde andam alguns deles. Visitamos o porto de Southampton, o porto de Tilbury (Londres) e ainda o porto de Bristol onde está atracado o Marco Polo.
Imagens: MarineTraffic
Em Southampton, o principal porto de registo dos navios Britânicos e casa mãe da Cunard, encontra-se atracado o Queen Victoria e o Ventura. O Marella Celebration encontra-se a pairar ao largo na aproximação ao porto.
Nas docas de Tilbury, o porto mais próximo da cidade de Londres e conhecido por ser o home port da Cruise & Maritime Voyages, encontra-se atracado o Magellan, estando dentro das docas deste porto vários navios; o Saga Sapphire, o Astoria, Spirit of Discovery e o Viking Star. No total nestes 3 portos estão 9 navios, um número bem inferior a outras regiões como as Caraíbas onde os mesmo estão ancorados, ou atracados às dezenas. Como o caso do porto de Miami, onde diariamente dezenas de navios não são novidade, propriamente.
9 navios atracados em Miami
Dezenas de navios ancorados ao largo de Miami. 
Incluindo o novo Scarlet Lady e parte significativa da frota da Royal Caribbean e Princess


Por Lisboa temos o MSC Fantasia e hoje ao largo passou o Mein Schiff 4 com destino a Bremerhaven, mas que ao momento está a aproximar-se da Figueira da Foz. Amanhã é por aqui esperado o Seadream II que vem efectuar uma reparação programada no estaleiro.
Não é de todo estranha a paragem de navios por causa de vírus, só que normalmente são norovírus, aqueles que fazem parar os navios e até hoje tem sido casos de resolução mais ou menos rápida. 
Embora a reunião de navios seja dos momentos mais esperados por shipspotters um pouco por toda a parte, desta vez ninguém está contente por ver tantos navios parados e reunidos em situação tão difícil. Esperemos que em breve voltem a fazer pessoas Felizes pelos Mares e Oceanos deste planeta.