Friday, January 10, 2020

Funchal ao Luar

Enquanto aguarda definições para o seu futuro, nas mãos dos proprietários Ingleses, o navio Funchal continua a embelezar mais um noite de luar, no cais da Matinha. Apesar de quase todo às escuras, lá vai resistindo e mostrando o seu charme a todos os que por ali passam e que já se habituaram à sua presença e denotam por ele uma admiração. Ali ficaria bem como navio hotel...sempre disse.

             Os reflexos das luzes da cidade nas suas janelas e da sua silhueta nas lamas do rio Tejo

Thursday, January 9, 2020

Grandes viagens

Um trio de navios esteve de visita hoje a Lisboa, todos os navios encontram-se a realizar viagens de grande duração (excluindo percursos parciais).

A presente viagem do MSC Magnifica
O Balmoral, o MSC Magnifica e o Marco Polo este último com as suas novas cores na chaminé, foram os navios que marcaram a sua presença em Santa Apolónia. 

A interessante volta à América do Sul do Balmoral
O MSC Magnifica está a realizar o seu cruzeiro de volta ao Mundo, com a duração de 116 noites. Chegou de Barcelona ao meio dia e meio e sai pelas 21 h com destino ao Funchal. O Balmoral que partiu pelas 18 h está a realizar também uma viagem curiosa de 70 noites que contorna toda a América do Sul, com regresso ao porto de partida, Southampton, pelo canal do Panamá.
O Marco Polo que chegou de Bristol pelas 6 h sairá para Casablanca às 23 h. Enocntra-se também a realizar uma viagem de 78 dias em volta de África com passagem pela índia e regresso a Bristol de onde partiu. Lisboa é o primeiro porto de escala desta grande viagem.
E a também bastante interessante viagem do Marco Polo

Wednesday, January 8, 2020

S. Jorge

São Jorge com capacidade para 996 passageiros e 5 tripulantes, é o maior navio que a Transtejo coloca ao serviço na linha Cacilhas-Lisboa. É também o melhor ferry que opera na mesma linha com a particularidade de permitir aos passageiros viajar no exterior do navio proporcionando dessa forma uma agradável travessia do Tejo e um curto passeio panorâmico no rio. O S. Jorge tem o IMO 9042635 e o registo de tráfego local LX-3163-TL. Tem 49,94 m de comprimento, 9,46 m de boca e 1,85 m de calado. 
Foi construído em 1992 nos estaleiros Deggendorf Werf und Eisenbau, na Alemanha, estaleiros estes que fecharam portas em 2001 após serem adquiridos pelo grupo MAN AG. Estes estaleiros nasceram em 1926 em Deggendorf e especializaram-se na construção de embarcações de tráfego interior (embarcações que navegam em rios, lagos, albufeiras, etc), foram também os primeiros a construir dragas de descarga de fundo.
O S. Jorge tem um irmão gémeo o Martim Moniz que entretanto deixou a frota da Transtejo e foi navegar para o rio Douro após trasnformação. O ex-Martim Moniz agora efectua cruzeiros no rio Douro com o nome Acqua Douro, desde 2016. Ambos formam a classe Martim Moniz. Foram construídos por encomenda pela Transtejo e navegaram na linha do Barreiro até 2004 quando foram substituídos no serviço pelos catamarãs mais recentes com menor capacidade (600 passageiros). O Martim Moniz esteve no Tejo até 2016.

Tuesday, January 7, 2020

Agat

Continua a apodrecer no cais da Rocha o navio que foi interceptado com 985 kg de cocaína a bordo. Propriedade do estado Português devido ao processo judicial envolvido o ex-Beluga Spirit, navio de transporte de cargas pesadas, construído em 1988 na Alemanha, vê assim os seus dias terminarem de forma inglória. O agora Agat continua atracado na Rocha ao que tudo indica sem tripulação, uma vez que os membros da mesma foram detidos, carecendo apenas de alguns cuidados das autoridades Portuguesas. Quando algo deixa de ser cuidado, começa a morrer e é isso que começa a acontecer lentamente com o navio que foi construído para transportar o lançador descartável de satélites Ariane IV. Na altura o Agat recebeu o nome Ariana e efectuou transportes de objectos espaciais desde Bremen e Le Havre até Courou na Guiana Francesa até 1998.
O Agat quando era novo e se chamava Ariana transportando veículos espaciais, pela UIM/SAL. Foto:SALHeavyLift

Monday, January 6, 2020

Polarcus Naila

Registo do navio Polarcus Naila dentro da doca seca do estaleiro da Naval Rocha. O navio na tarde do dia de hoje efectuou uma saída de teste no rio Tejo tendo terminado a sua viagem no cais do Porto Brandão onde provavelmente poderá estar a abastecer para deixar Lisboa.
O Polarcus Naila é um navio de pesquisa e investigação sísmica, com propósitos ligados à exploração de recursos naturais (petróleo e gás), em mar aberto. É um dos navios mais avançados do mundo na sua área de investigação. 
Tem a particularidade de ser o segundo navio da Polarcus uma empresa fundada em 2008, com sede no Dubai e que emprega cerca de 500 pessoas.
Tem a particularidade de ser dos um navios que navegam com a proa X-Bow, que lhe confere um design diferente ao catapultar o heliporto para a popa, uma vez que em navio deste tipo costuma estar instalado numa plataforma à proa que tanto os descaracteriza, mas identifica.
A X-bow, ou traduzindo do inglês, proa invertida, é caracterizada por ter o ponto mais à frente na parte inferior da proa a não na parte superior como nos navios convencionais. Este design surgido, ou reinventado como dizem alguns, em 2006, pela Norueguesa Ulstein, já possui mais de 100 navios construídos, inclusive um navio de cruzeiros, o National Geographic Endurance. Um modelo do primeiro navio construído com este design de proa, o Bourbon Orca, está exposto no museu de Ciência de Londres. Os navios com estas características tem tendência a manter uma maior velocidade e menor movimento (laterais) em mar agitado. A proa por sua vez facilita a entrada nas ondas e não o enfrentar das mesmas pela parte superior, uma vez que os navios com estas características possuem menos flutuabilidade. Entretando a Ulstein já lançou navios com a mesma característica, mas aplicada à popa dos navios. 
O Polarcus Naila chegou a Lisboa a 1 de Dezembro para efectuar uma reparação programada em estaleiro, onde tem permanecido em doca seca no estaleiro Naval da Rocha.
Polarcus Nadia em Amesterdão.
O Polarcus Naila é irmão mais novo do Polarcus Nadia, com o qual já nos cruzamos. Têm ambos  cerca de um mês de diferença de idades, tendo o Polarcus Nadia sido lançado à água em 25 de Junho de 2009 e o Polarcus Naila a 30 de Julho de 2009. Ambos tem 91 m de comprimento, 19 m de boca e 7,5 m de calado. Navegam com a bandeira emprestada das Bahamas. Uma vez que são navios em que a velocidade não é uma das suas características principais, navegam apenas a 15 nós. O consumo de comsbutível está optimizado pelo seu design de proa e pela motorização híbrida, diesel-eléctrica.

Sunday, January 5, 2020

A partida da Sagres


A saída aconteceu desde o cais de Santa Apolónia, onde havia pernoitado.
Desde o cais que foi acompanhada no desfile rio abaixo pela frota da náutica local.

O navio teve o cuidado de passar próximo da margem Norte para que mais pessoas pudessem assistir e ver a sua largada.

A passagem pelo edifício da Marinha. Ao fundo o Arco da Rua Augusta.
A Sagres e o Castelo da cidade de Lisboa.
O veleiro almirante rodeado de amigos.


A passagem "confusa" pelo pilar Norte da ponte 25 de Abril.
Um dos momentos em que mais espectadores o desfile naval teve, a passagem pelo MAAT.
Embora ao longo das margens sempre estivessem presentes turistas e locais
Partiu hoje de Lisboa, por volta do meio dia o navio escola Sagres, o navio almirante da Marinha Portuguesa e o embaixador flutuante de Portugal. A viagem de circum navegação de Fernão de Magalhães, terá a duração prevista de 371 dias. O navio tem passagem prevista em 22 portos e 19 países entre os quais Timor Leste. Em Tóquio, será também a casa da representação Portuguesa nos Jogos Olímpicos. Esta viagem destina-se à formação náutica dos alunos da Escola Naval.
Tal como é habitual neste tipo de eventos e momentos importantes a Sagres foi acompanhada na descida do Tejo por várias embarcações da náutica local, formando um quadro interessante de se ver e viver, com destaque para a presença da caravela Vera Cruz. Nas margens do rio Tejo, já o cenário foi de quase indiferença, limitando-se a concentração de pessoas aos locais turísticos, uma vez que os acessos à zona ribeirinha se encontravam bastante condicionados devido a um passeio de bicicletas que se realizou na cidade e que impedia a livre circulação de pessoas em transportes próprios para próximo da margem do rio. Contudo aqui e acolá sempre existiam alguns espectadores deste evento, que aproveitavam para o registar através de fotografias e vídeos.
Para mais informações sobre a viagem deverão consultar o seguinte site oficial.


A saída do Magellan


Registo da descida do rio Tejo, hoje, pelo navio Magellan, na sua "estreia" em Lisboa com o novo esquema de pintura da CMV. Depois de ter escalado a ilha da Madeira nesta sua viagem de Natal e passagem de ano. O Magellan é o ex-Grand Holiday e ex-Holiday da Carnival, um navio de 1985.
Um aproximar do navio em navegação onde de pode observar os seus botes salva vidas ainda abertos. Nos navios mais recentes são fechados.
O Magellan quando deixava em Santa Apolónia o seu colega de cais hoje, o Mein Schiff 4.
Os passageiros aproveitando a paisagem que Lisboa oferece na descida do Tejo e fazendo os seus últimos registos fotográficos da cidade.

Haksolok - Anticiclone

Haksolok, que em Tétum significa Felicidade é o nome do navio que começou a ser construído na Figueira da Foz em Junho de 2015, nos ex-estaleiros navais do Mondego. 
Este navio destinado a Timor Lorosae, foi lançado à água a 26 de Maio de 2017, e desde então permanece nas águas do Mondego na Figueira da Foz a aguardar o final da sua construção, devido ao processo de insolvência da Atlantic Eagle Shipbuilding (AES), empresa que adquiriu os Estaleiros Navais do Mondego após a hasta pública destes aquando da sua falência. 
O brasão de Timor na proa, e um pequeno barco com o nome do estaleiro Atlantic Eagle (A.E.S)
O Haksolok, é um navio construído em aço e alumínio. É um navio especial, uma vez que se trata dos blocos de construção do Anticiclone, o navio irmão do Atlântida que havia sido encomendado aos estaleiros navais de Viana do Castelo e cuja construção já havia sido iniciada mas acabou por ser declinada em 2009, pelo governo dos Açores que o havia encomendado. A venda das 720 toneladas de aço do casco do navio foi concretizada à República Democrática de Timor Leste, que assim pretendia ter um navio com 72 m de comprimento, 19 m de boca, 3,7 m de calado, capacidade para 377 passageiros e 23 viaturas que iria operar na zona Norte do país e desenvolver as região de Oé-Cusse Ambeno, um pequeno enclave Timorense na parte da Indonésia, e a ilha de Ataúro. 
Tais planos encontram-se adiados devido à situação em que se encontra o estaleiro naval. Desta forma este aço continua com má sorte e sempre na ribalta por maus motivos, desta vez é Portugal, considerado um país desenvolvido, a decepcionar um "país irmão", não sendo capaz de lhe fornecer atempadamente o navio por estes encomendado. 
O navio no casco ostenta as letras ZEESM TL, que significam, Zonas Especiais de Economia de Mercado de Timor Leste. Na chaminé o símbolo do enclave Oé-Cusse uma das regiões administrativas especiais, de Timor Leste. Na popa ostenta o registo da ilha da Madeira, e o IMO 9830446. Na proa tem o brasão da República Democrática de Timor Leste e ao longo do costado as cores do país. 

As semelhanças ao design do Atlântida são muito notórias neste navio.
A imagem acima, divulgada pelo próprio estaleiro, aquando da construção dos navios para os Açores. Podemos ver as enormes semelhanças entre ambos os navios, o projectado Anticiclone e o Haksolok.

Thursday, January 2, 2020

AIDAmar

AIDAmar, o navio que aparece na foto de topo deste blogue, deixando Lisboa, no primeiro dia de Janeiro de 2020. Este navio escolheu Lisboa para a sua noite de ano novo. Como curiosidade fica o registo do pinheirinho de Natal bem no cimo do mastro, tal como é normal nos navios de cruzeiro por esta época de festas.