Monday, September 19, 2022

A estreia do Apex em Lisboa

Estreou-se hoje no porto de Lisboa o Celebrity APEX. O navio está a descer do Norte da Europa para efectuar alguns cruzeiros no Mediterrâneo com partidas de Civitavecchia, antes de rumar para a temporada de Inverno Europeu, nas Caraíbas. 

Este navio que se estreou em 2020 e cuja entrada em serviço foi adiada pela pandemia, apenas deverá voltar a Lisboa a 19 de Setembro do próximo ano. Este é o segundo navio da classe Edge, uma classe de navios construídos em Saint Nazaire, que se diferencia pelo design de proa e popa e com a principal característica a ser o denominado tapete voador (originalmente como Magic Carpet) que não é nada mais nada menos que uma plataforma que sobe e desce ao longo do costado do navio onde se servem refeições tanto ao nível da água como suspensos a 12 decks de altura. 


O Apex tem 306 m de comprimento por 39 m de boca. Tem 16 decks e 129500 t GT. A capacidade de passageiros ronda os 2910. A principal moeda a bordo é o Dolar Americano.





Os 16 decks e 306 m do Apex comparados com os 2 decks e 31 m do cacilheiro Campolide.

Tuesday, September 13, 2022

Seaventure de regresso ao estaleiro, em Lisboa

De regresso a Lisboa para manutenção está o navio Seaventure. Encontra-se atracado ao Cais da Rocha e aqui deverá permanecer durante mais algum tempo não estando prevista entrada na doca seca. Desta vez não traz, os logótipos da Polar Latitudes, tal como aconteceu em abril último, quando o ex-Bremen chegou a Lisbao com os logótipos da Polar Latitudes no casco. Veja aqui.

Mourning on board His Majesty's Ship Lancaster


O Luto pela morte da Rainha Elizabeth II, faz-se sentir em todos os navios da Coroa Britânica. É o caso do HMS Lancaster (F229), que se encontra em Portugal desde a morte da Rainha. 

O navio encontrava-se em Setúbal quando a rainha faleceu. Naquele porto efectuou uma salva de artilharia no dia seguinte à morte da Rainha. Agora encontra-se em Lisboa, desde o passado dia 9. Sairá amanhã pelas 18h, com destino não revelado ainda. 

A bordo o Luto pela morte da Monarca, nota-se pela presença das bandeiras dos mastros a meia haste, tal como em todos os locais públicos do Reino Unido, durante estes 10 dias de luto que assinalam as cerimónias fúnebres. 

H2OLIsboa Chegou a Lisboa a bordo do Panthera J

Já está a descarregar em Lisboa o navio Pantheja J, um navio de carga geral que vem a este porto descarregar a tuneladora H2OLIsboa comprada na China pela Câmara de Lisboa. O navio está a descarregar os elementos da tuneladora no Cais do Beato, desde o dia de ontem quando ali chegou, operação que se deve prolongar por mais alguns dias. O Panthera J, veio da China via Canal do Suez, mas antes foi até Emden, Radicatel próximo de Le Havre de onde saiu para Montrose antes de vir a Lisboa descarregar a tuneladora. Certamente uma viagem bastante lucrativa esta.

Tratando-se de uma carga de dimensões fora do normal, está a gerar algum aparato no descarga, em especial nos meios utilizados para movimentação da carga e armazenagem no cais, camiões de transportes especiais.

O Panthera J e o pesqueiro Stella Maris

O Panthera J, é um navio com 21 anos, que navega com a bandeira de conveniência da Libéria. Tem 6274t GT e 118 m de comprimento por 20 m de boca. É um navio de carga geral de média dimensão. Tem um calado de cerca de 7m.

Friday, September 9, 2022

Queen Elizabeth 2

 

Queen Elizabeth 2, o navio que ostentou o nome da rainha, diferindo apenas no tipo de numeração. O navio atracado em Alcântara, Lisboa em 2008. 

Tuesday, September 6, 2022

Salvaram-me e Gavião dos Mares

 

Alguns pormenores da canoa do Tejo, com o nome Gavião dos Mares a partir da canoa Salvaram-me.


Estas duas embarcações são típicas do rio Tejo, que agora efetuam cruzeiros no rio. São parte do espólio vivo do Museu de Marinha Nacional. São propriedade de particulares sobretudo com origens na margem Sul do rio Tejo, de onde são originárias estas embarcações que remontam ao início das travessias do Tejo por motivos comercias com a cidade de Lisboa.


Um dos cruzeiros mais solicitados é o cruzeiro do Pôr do Sol e que está tendo bastante sucesso entre os turistas que visitam Lisboa.
Recomendo que caso esteja a pensar fazer um cruzeiro no Tejo possa escolher este tipo de embarcações para viajar. Irá certamente experienciar uma viagem diferente e ficar a conhecer um Tejo desconhecido para a maioria dos habitantes da margem do Rio, assim como ficar a conhecer uma história marítima que desconhece.
Pormenor da pintura manual dos cascos das canoas com a multiplicidade de cores
As velas abertas e os motores desligados são o momento considerado o ponto alto da viagem, aquele em que só se ouve o barulho da água a bater no casco e o vento nas velas.

Tuesday, August 30, 2022

OS35 a afundar em Gibraltar

Atualizado 1 Setembro 8h:

O casco do OS35 partiu-se. É o pior cenário possível,  visto inviabilizar a recuperação do navio. A remoção do navio e carga passam a ser feitas de forma diferente. 


Atualizado às 21:55h

O navio graneleiro OS35 carregado com barras de aço, colidiu na baía de Gibraltar com o navio Adam LNG. Encontra-se a afundar tendo sendo pedido pelas autoridades portuárias que se desloca-se para mais próximo de terra de forma a poder afundar e ficar com a parte submersa a tocar num fundo a pouca profundidade de forma a poder facilitar um eventual resgate. Mais desenvolvimento e informação devem aparecer nas próximas horas na comunicação social e aqui neste blogue através de um shipspotter amigo residente em Gibraltar, kite.observer.


O Adam LNG, o navio com o qual chocou o OS35.
Fotos: kite.observer, Gibraltar shipspotter

Mais alguns aspectos, do acidente ocorrido a noite passada em Gibraltar. Fotos de Kite.observer



O Adam LNG.






A zona do ADAM LNG, onde se deu o embate

Monday, August 29, 2022

Pirata Azul no Douro

 

O Pirata Azul, é sem sombras de dúvidas um dos meus navios preferidos. Desde que deixou a Madeira e foi navegar no rio Douro, ganhou vida e continua embelezando o Douro e proporcionando viagens inesquecíveis a todos aqueles que querem conhecer o Douro a bordo deste veteranos dos mares e rios.

Se não conhece este navio releia toda a sua história, mais abaixo. Nestas imagens vêmo-lo a manobrar para atracar no Cais de Cambres e abastecer combustível antes de iniciar mais um cruzeiro com início no cais da Régua.

Pirata Azul, toda a história
Blauer Pirate, você conhece este navio? Não? E se lhe perguntar pelo Pirata Azul já conhece?
Pois saiba que Blauer Pirate foi o nome de construção deste navio em 1968, nos estaleiros Norderwerft Johann Rathje Koser, em Hamburgo, Alemanha.
Teve o número de casco 865. Foi lançado à água a 18 de Junho de 1968 e estava terminado a 3 de Julho do mesmo ano, ou seja apenas 16 dias depois. Atenção, não foi construído em apenas 16 dias, estes dias decorreram entre o seu lançamento à água e o fim dos trabalhos de construção.
Quando o navio foi lançado à água muitos destes trabalhos já estavam concluídos. Recebeu o número IMO 6819776 e a bandeira Alemã com a qual navegou até 13 de Setembro de 1971. Foi construído com três motores Kloeckner-Humboldt-Deutz ligados a três veios de propulsão que lhe conferiam uma velocidade de 23 nós.
Mas estes deram imensos problemas e na maior parte das vezes o navio apenas utilizava dois motores reduzindo assim a sua velocidade para 16 nós. Tinha, aquando da sua construção, 37,69m de comprimento, 6,51m de boca e 1,55m de calado. Tinha 175 toneladas brutas e capacidade para 240 passageiros.
Entrou ao serviço da Insel-Schnellverkehr Reederei GmbH nas rotas entre Accumersiel e a ilha Alemã de Wangerooge, e entre Norderney e Helgoland. Efectuou também serviços entre Wangerooge e Helgoland. Manteve-se nestas linhas até Maio de 1971, de vez em quando apresentando problemas com o terceiro motor. Em Abril de 1970 foi fretado pela Flensburg Flensburg GmbH & Co, Personenschiffahrt por 1 mês para operar no fiorde de Flensburg, no limite entre a Alemanhã e a Dinamarca. No mesmo ano, mas no mês seguinte, Maio, é fretado desta vez pela Sund-Linien Gefion, de Copenhaga (Dinamarca). Efectua a rota entre Halmstad na Suécia e Copenhaga (Dinamarca).
Nesta rota muda de nome para Lady Judy. Em Setembro de 1970 ainda a operar pela mesma companhia, mas na rota entre Malmo (Suécia) e Copenhaga, sofre um incêndio que destruiu a sua casa das máquinas e salão dos passageiros. Daqui foi rebocado para Bremerhaven, para o estaleiro Gesellsch, onde foi reparado e recuperado. Aqui terminou o serviço pelo seu dono a Insel-Schnellverkehr Reederei GmbH, sendo vendido a 13 de Setembro de 1971 para a Companhia Nacional de Navegação, que tinha planos para o utilizar em cruzeiros diários no Algarve. Foi de imediato renomeado Pirata Azul, o nome Português mais semelhante à sua anterior nomenclatura.
Quando chegou a Portugal um dos motores e subsequentemente uma hélice também foram retirados e passou apenas a dispor de dois que lhe conferem 1500Cv. Estas mudanças aconteceram no, hoje, estaleiro da Naval Rocha. Nesta fase ostenta a bandeira Panamiana, durante todo o período em que esteve em estaleiro, desde o dia 13 de Setembro até 18 de Maio de 1972.
Contudo os planos para utilizar o navio no Algarve falharam e o mesmo foi vendido a 24 de Março de 1974 ao empresário Madeirense José Maria Branco. Foi abatido ao afectivo da Companhia Nacional de Navegação a 21 de Março de 1974. Passou a operar na linha Funchal - Porto Santo. Substituiu nesta linha um anterior navio do mesmo empresário com o nome Milano.
Foi à data um navio que revolucionou o transporte para esta ilha, pois conseguia efectuar a viagem em "apenas" 2:30h, face às 4:30h que demorava o seu antecessor. Actualmente este navio ainda seria considerado veloz se estivesse nesta linha, pois o navio que opera nesta rota actualmente efectua a viagem em 2:15h, ou seja uma insignificância de redução horária em relação aos anos 70.
Mais de 35 anos e a viagem reduziu-se em 15 minutos.
Posteriormente foi vendido ao Governo Regional da Madeira que assumiu a responsabilidade dos transportes marítimos de e para aquela ilha. Contudo este navio apesar de ter sido construído para operar no Mar do Norte, não teve muita afeição por parte dos seus passageiros, que o "acusaram" de ser um "navio de rio", pois comportava-se mal na travessia entre ambas as ilhas, nomeadamente quando deixava de navegar na parte Sul da ilha da Madeira e entrava em Oceano aberto entre as duas ilhas.
Manteve-se a operar até aos anos 80, altura em que apareceram na mesma linha outros tipos de navios mais rápidos. Em 1983, com a compra do navio Independência (atual companheiro de frota na Barcadouro) pelo Governo Regional com o intuito de reduzir os tempos de viagem entre as duas ilhas, acabou por ficar imobilizado, efectuando apenas viagens nas paragens dos outros navios nas reparações anuais, ou então nos períodos de maior afluência de turistas à ilha que entretanto havia sofrido uma enorme procura devido às melhores condições de transporte disponíveis.
Com a chegada a esta linha de navios do tipo ro-ro, este foi mesmo retirado de serviço, e colocado à venda. Permaneceu alguns anos imobilizado no porto do Funchal. A 6 de Maio de 1999 é colocado em hasta pública pela Administração dos Portos da Região Autónoma da Madeira, facto que se veio a realizar sendo vendido ao empresário Madeirense Emanuel Moniz Melim* (conhecido por ligações ao futebol regional). Este posteriormente vendeu o Pirata Azul à Barcadouro - Sociedade de Turismo Fluvial e Terrestre (empresa formada em 1996), a 8 de Junho de 2001.
Após a aquisição por parte desta empresa fluvial, rumou a Vila do Conde onde foi remodelado, saindo com o aspecto actual, excepto a pintura que inicialmente foi toda branca. Começou a operar por esta companhia em 2001 e nesta se mantêm até ao presente.


Independência no Douro

Visitar o Douro é revisitar navios que já operaram na ilha da Madeira. Uma passagem pelo Douro significa revisitar o Independência e o Pirata Azul. Nas imagens abaixo podemos constatar o bem que se encontra o Independência, carregando passageiros no Cais da Régua para mais uma subida do rio Douro.



Os passageiros no momento do embarque para mais um cruzeiro panorâmico Douro Acima, no navio catamarã que foi pioneiro neste tipo de casco, para a actividade turística com passageiros no Douro.