Wednesday, September 1, 2021

Recordação

Um dos mais conhecidos destroços marítimos "shipwerck" Português. O ferry Recordação que se encontra a montante do rio Sado na zona da rampa naval de Setúbal. Este antigo ferry que serviu a ligação marítima Setúbal-Tróia e anteriormente no Tejo, encontra-se no seu final de vida servindo de sala de chuto, cenário de fotografia de mulheres semi nuas, mural para vândalos aspirantes a pintores, fotos de nasceres e pores do sol, até ao dia que alguém se lembrar que não passa de lixo e dali o remover. Facto que já devia ter acontecido mas ao que parece a administração portuária e a APA (Agência Portuguesa do Ambiente), ainda não passaram por esta zona. Mantém-se assim a única memória viva dos antigos cacilheiros com casco em madeira, existentes no rio Tejo. Este navio apresenta características nas quais se supõe terem servido de base para os cacilheiros de aço que ainda hoje navegam no Tejo da classe Cacilhense. Este navio foi construído em 1961 na Arrentela, Seixal. Serviu no Tejo até 1983, depois no Sado até 2007, quando foi retirado de serviço definitivamente.

Tango Rio

O navio de carga geral, Tango Rio, descarregando no terminal da Sapec, no porto de Setúbal. As cargas a granel são descarregadas com recurso a pás carregadoras que são içadas para o interior dos porões do navio e que ali movimentam a carga para as garras das gruas que assim descarregam o navio.
O Tango Rio é um navio do ano 2000, com 128 m de comprimento, 16 m de largura e 5 m de calado. Navega com a bandeira do Vanuatu, que no meio naval é considerada uma bandeira sem importância e de conveniência. Tem 5968 t GT, e já navegou com a bandeira da Suiça com o nome Sabina.


Tuesday, August 31, 2021

Rebecca S

Em Junho do ano passado registamos o Rebecca S a entrar no Tejo. Neste Verão registamos novamente este navio porta contentores saindo do Tejo em mais uma das suas viagens regulares até às ilhas Portuguesas, para abastecimento das mesmas a partir de Lisboa.


Wec Van Ruysdael

Saída do porto de Lisboa do navio Wec Ran Ruysdael, que visitou Lisboa para efectuar um reabastecimento, vindo de Liverpool. Este navio efectua a rotação entre Setúbal, Leixões e Liverpool. Tem 140 m de comprimento, 22 m de boca e 6,5 m de calado. Navega com a bandeira de Portugal com registo na Madeira e o IMO 9287792. Tem capacidade para 804 TEUS. É um navio de 2004, e já se chamou Neuburg e Geeststroom.


Monday, August 30, 2021

Lisnave com casa cheia

O estaleiro de reparação naval de Setúbal, continua a liderar as reparações navais em Portugal com grande vantagem sobre qualquer outro estaleiro, uma vez que se encontra entre os melhores da Europa e até do Mundo, competindo directamente com os mercados Asiáticos e Turco. Até aqui chegam dos maiores navios do mundo apenas para serem reparados. Na imagem abaixo vemos o OOCL Europe e o Dan Swift no cais. O Stena Performance na doca 21 e o Eagle Louisiana na doca 22. Todos navios de grande porte e de companhias diferentes que exigem muita mão de obra e espaço para serem devidamente reparados. Algo com que a Lisnave consegue corresponder e por isso captar e manter clientes. Do outro lado do Eagle Pouisinana, em cais estão os navios Bull Sumbawa e o Espada Desgagnés e ainda o Hamburg que na semana passada foi até Espanha reabastecer e depois voltou novamente para o cais deste estaleiro, ao lado do Negra Matea.
 

Perseus

O Perseus, descendo o Tejo em mais um final de tarde, após ter operado nos terminais de contentores de Santa Apolónia, em Lisboa. 
Este é um navio porta contentores de 2008 que tem capacidade para 925 TEUS, nos seus 140 m de comprimento e 23 m de boca.
É um navio de porte médio, mas que passa despercebido a muitos. Já ostentou o nome Perseus J e Wec Van Eyck. Costuma fazer o transhipment de contentores descarregados em Algeciras, para Casablanca e Lisboa.
Tecnicamente pertence à Baas Shipping uma companhia Alemã que agrega outras duas companhias (a Brise e a F&L), e em que ambas operam navios em autonomia, como o Perseus. Todas estas companhias colocam navios nos portos nacionais em operação. A Brise, por exemplo, possui uma extensa frota de navios cimenteiros, entre eles o Cemsol que neste fim de semana esteve em Setúbal a carregar na Secil (foto abaixo).

Korsaro

Registo da descida do rio Tejo pelo navio Korsaro que aconteceu no passado dia 26. Este navio, habitual, pelo porto de Lisboa, veio descarregar produtos químicos ao terminal do Barreiro. Daqui saiu com destino ao fundeadouro de Sines, onde aguardou desde o dia 26 até ao dia 29 por cais para carregar novamente. O Korsaro é um navio de 2008 com 25997 t de capacidade de transporte. Tem 170 m de comprimento e 25 m de largura. Costuma abastecer os portos de Leixões, Lisboa e a ilha da Madeira com produtos químicos, nomeadamente combustíveis. 


Elevador Hidráulico


Aspecto das docas do elevador hidráulico do estaleiro da Lisnave, Mitrena. Na doca 31 (esquerda), vemos o porta contentores Dominica da Ership, ao meio está o navio tanque Emprey que pode transportar até 21220 m3 de gás. Este navio veio da Noruega para ser reparado em Portugal. Ao fundo vemos o Largo Sea, um navio tanque petroleiro, que chegou do porto de Ferrol. Um quadro que compõe as três docas deste elevador hidráulico, nestes últimos dias do mês de agosto.

Tuesday, August 24, 2021

Wes Gesa

O navio porta contentores Wes Gesa, saindo o rio Tejo na pretérita semana. O navio da Wessels dirigiu-se para Norte tendo ido até ao terminal de contentores mais a montante do rio Thames (Londres). Dali rumou até Roterdão onde se encontra agora fundeado à espera de entrar no porto, para carregar novamente.
Este é um navio com 9 anos de idade, 152 m de comprimento e 23,4 m de largura. Tem 7,6 m de calado. Este navio da Wessels, está registado em Limassol. 

No registo acima despede-se do Tejo com o Cabo Espichel como testemunha.

Roaz

O navio cimenteiro Português, Roaz, esteve recentemente cerca de um mês na doca seca número dois do estaleiro NavalRocha, em reparações. Saiu quase como novo, não mostrando os seus 30 anos de idade. Construído em 1991, com o nome Formentor, em Vigo, o Roaz apenas veio a assim chamar-se em 2002, depois de ter sido adquirido pela Seacarrier, uma empresa do universo Secil. Antes entre 1994 e 2002, chamou-se Cementor. 


Tem apenas 82 m de comprimento, 13 m de boca e 2169 toneladas. Normalmente opera, em serviço "coastering"; transporte de bens entre portos próximos por via marítima, evitando dessa forma o transporte rodoviário. É habitual vê-lo por Leixões ou Vigo, descarregando o cimento carregado na fábrica da Secil no Outão (Setúbal).


O logótipo da Seacarrier pintado na chaminé do navio que leva aos diferentes portos por onde passa o nome do mamífero mais célebre de Setúbal e do rio Sado, o golfinho Roaz.