Sunday, July 25, 2021

Funchal na doca seca

Ao lado do Funchal encontra-se o navio cimenteiro Roaz, um navio mesmo Português.
Ao longo do dia de ontem foi avançado pela comunicação social que o navio Funchal irá mesmo transformar-se em navio hotel no cais da Matinha, em Lisboa. Informação que já circulava pelo meio marítimo sem confirmação oficial contudo. Assim, sabe-se através da lavagem cerebral aos jornalistas que o Funchal irá transformar-se num navio hotel de luxo. Luxo, palavra que ultimamente é empregue ao desbarato uma vez que fica associada a boas vendas. 

Notícia essa que teve origem num convite à imprensa realizado no estaleiro onde o navio se encontra em obras, NavalRocha. Fala-se num proprietário Americano que tem como representação um mandatário permanente no navio e de quem vieram as primeiras declarações à comunicação social. Os projectos são gigantes, interessantes e serão excelentes caso se venham a realizar. 

Fala-se na retirada da totalidade do amianto presente a bordo do Funchal, para que exista segurança e confiança na sua frequência pelos seus futuros hóspedes. Fala-se também no redimensionamento dos camarotes do Funchal, para serem transformados em acomodações maiores e com comodidades que actualmente não possuem.

A mesma empresa através do seu representante, informou também que adquiriu o navio Astoria, que deverá chegar a Lisboa nos próximos tempos, para ser reparado e colocado numa linha regular de passageiros, entre a Madeira e Lisboa. Linha que se diz ser de baixo custo. Algo inovador umas vez que ainda não existiu nada semelhante no mercado. Note-se que por 75€ conseguia-se navegar entre Portimão e Madeira, num anterior armador que não vendia a viagem como sendo de baixo custo. Pelo que qualquer valor inferior a este será considerado um verdadeiro LOW cost, apesar da saída ser em portos diferentes mas as distâncias já pouco consideráveis no valor final.

Ideias fantásticas que fazem-nos recordar os navios de cruzeiros de Rui Alegre e do Montepio Geral, ou a mais recente ideia de transformar o Funchal em boate flutuante no Mediterrâneo. Ambos estes dois projectos não se realizaram, tendo no entanto o banco Montepio investido uns bons milhões que entretanto se "perderam algures". São muitas vezes projectos que ainda não passam de ideias, mas que são apresentados como realidades. 

Thursday, July 22, 2021

Costa Atlântica

Costa Atlântica

A draga Costa Atlântica da empresa Dravo. Navio que se encontra já há um mês em Lisboa dragando os principais cais comerciais do porto e canais, procedendo ao transporte dos materiais dragados para alto mar, zona em frente a Oeiras. É um navio com 82,88 m de comprimento, 16 m de boca e 5 m de calado. Navega com a bandeira Espanhola e é apoiada por lanchas de levantamentos hidrográficos. Antes de chegar a Lisboa esteve a dragar o porto de Gioia Tauro no Sul de Itália. 
               
Através da identificação automática do navio, conseguimos ver a sua actividade no porto de Lisboa também. (abaixo).

Wednesday, July 21, 2021

Polícia Marítima

Instantâneo de uma lancha da Polícia Marítima em missão no rio Tejo, num momento em que os polícias mostram não ter medo das ondas.
Desconheço o nome desta embarcação, se alguém souber e quiser pronunciar-se agradeço.

Monday, July 19, 2021

St Helena

St Helena, o pequeno navio único que visita Lisboa pela segunda vez na sua vida. Com 31 anos, este navio tornou-se famoso, por ser um navio misto (transporta carga e passageiros) que efectuava a única ligação civilizacional a um dos territórios mais recônditos do planeta, a ilha de Santa Helena (U.K.), no meio do Atlântico aproximadamente no mesmo paralelo do que Angola. Após a abertura de um aeroporto na ilha o transporte marítimo perdeu logo o seu interesse e este navio passou ao estado de "desarme" que é como quem diz, mudou de dono, encontrando-se no estado actual.
O St Helena, carrega a magia dos navios e da ilha de St Helena, pois tudo o que existe na ilha, ou para lá foi transportado, foi em grande parte através deste navio. Desde materiais de construção das habitações, móveis e todo o tipo de bens recentes que os habitantes da ilha possuem, foi transportado por este navio nos últimos anos. Além disso durante estes anos foi a única forma de entrar ou sair da ilha para turistas e locais. Actualmente a ilha já possui ligações aéreas. As ligações marítimas actualmente são efectuadas com navios de maiores dimensões devido à construção de infraestruturas.




O St Helena deixou Lisboa no passado dia 15 com destino ao porto de Nuuk na Gronelândia, para onde se está a dirigir.

Atualmente pertence a uma empresa de origem Espanhola, que se dedica à realização de eventos com viaturas de todo o terreno eléctricas. O navio transporta toda a logística associada a esses mesmos eventos incluindo as viaturas que chegou a desembarcar e embarcar em Lisboa.

Wednesday, July 7, 2021

Espreitando o Hamburg

Um olhar sobre o Hamburg que continua a sua paragem devido à pandemia, no estaleiro da Lisnave, em Setúbal. Contudo já existem planos para que o reinício da sua actividade seja no dia 10 de Agosto com uma viagem a iniciar-se em Lisboa, com destino à Grécia, porto de Piréu.

Maersk Bahamas

O Maersk Bahamas no hidrolift de entrada para a doca nº 32.
Um dos muitos navios que vêem propositadamente à Lisnave para efectuar reparações, sem tocarem em cais de portos nacionais. Neste caso o Maersk Bahamas, um navio da Maersk que está posicionado nas Bahamas e que cruzou o Atlântico, vindo de Cólon no Panama, de onde partiu no passado dia 7 de Junho pelas 10:30h. De Cólon, descarregou em Tanger Med e deste porto saiu já com destino à Lisnave. O Maersk Bahamas é um navio porta contentores, celular. Tem 195 m de comprimento, 32,26 m de boca e um calado de 7.8 m. Navega com a bandeira de Singapura e apresenta necessidade urgente de pintura nova no casco pois este encontra-se mesmo mal tratado. 


Monday, July 5, 2021

Vasco da Gama, deixa Portugal

O navio Vasco da Gama encontra-se pronto para deixar o estaleiro da Lisnave com destino a IJmuiden. A partida de Setúbal acontece por volta das 00:00h deste dia 5 de Julho de 2021. Depois de ter entrado no estaleiro Sadino no dia 28 de Dezembro de 2020 e após 6 meses, o navio encontra-se com novos logótipos, visto que manteve as cores da Holland America Line. Encontra-se com os logótipos da Nicko Cruises uma empresa que opera para o mercado Alemão, um mercado que é conhecido por ter um elevado poder de compra comparado com os restantes países do espaço Europeu. Assim tinha sido anunciado algum tempo depois de ter chegado a Portugal. Disse-se que este navio se iria destinar ao mercado Alemão e ainda se falou também no mercado Português, mas avaliando pelo valor das viagens assim já não o deve ser.
A chaminé com o logótipo da Nicko e um dos dois espaços destinado a jogos. Estes espaços são conhecidos pelos entusiastas de navios como as capoeiras pois as redes descaracterizam muito os navios e em nada abonam para a sua estética geral, pois assemelham-se a capoeiras. Repare-se que "Cruises" deixa de ser completamente visível desde o exterior do navio com facilidade. Estes espaços já existiam no navio anteriormente, não são novos.

Assim o maior navio Português da actualidade prepara-se para deixar o estaleiro da Lisnave, o único em Portugal onde pode entrar e docar a seco devido às suas dimensões, e começar a operar para passageiros que estejam dispostos a despender uma média de 2200€ por pessoa e por viagem neste navio construído em 1993 (28 anos de idade), que foi remodelado em 2015 e agora em 2021.

O esquema de cores da Holland America Line, que continua mantendo a antiga identidade do navio, algo um pouco anormal no mundo dos navios de cruzeiros. Em termos de pintura os navios costumam mudar de esquemas de cores por questões de identidade uma vez que a tinta é barata e até nas Filipinas se consegue arranjar designers que tratam desse assunto a preços abaixo de escravo.
Ao Vasco da Gama desejamos que tenha sucesso, contudo seria interessante um dia podermos ver um navio Português a operar para os pobres Portugueses, tal como o fazia a Classic International Cruises e mais recentemente a MSC com cruzeiros com partidas e chegadas aos portos Portugueses, sem terem de ir explorar reservas naturais, como aconteceu recentemente nas ilhas Desertas onde um navio de bandeira Portuguesa desembarcou meia dúzia de turistas com a conivência das autoridades da Madeira, as mesmas que vendem a troco de algumas patacas a bandeira Portuguesa a navios que continuam a operar com mão de obra barata proveniente de países muito pobres. 

Recorde-se que a MSC Cruzeiros tem viagens com partida e chegada a Lisboa, a partir de 1078€/pessoa, num navio de 2021 e ainda a valores bastante inferiores, confirme e veja a diferença entre uma companhia que aposta nos Portugueses e outras que apenas dizem coisas bonitas nos jornais.

Uma das novidades a bordo, um espaço de lazer ao ar-livre.
A propósito de mão de obra, o que acontece nos navios e não é esclarecido é o seguinte: Os tripulantes com cargos mais elevados normalmente são Europeus, ou seja, são nesses que é depositada a confiança e o governo do navio, por parte da gerência das empresas de navegação. Daí que seja normal e verdade, estes dizerem na comunicação social que as tripulações são recrutadas em países Europeus e escolas de formação náutica da Europa. Os restantes tripulantes, com cargos de menor relevância mas tarefas bastante importantes, normalmente as tarefas associadas às mordomias oferecidas aos passageiros, como restauração, spa's, serviços de limpeza e higiene diária dos camarotes e espaços públicos dos navios, manutenção de máquinas casco e equipamentos, são recrutados em países onde sejam o mais barato possível, não importando absolutamente nada sobre quem são. Apenas que façam descontos sobre os rendimentos auferidos a bordo, no sítio onde emprestam a bandeira ao navio.
O espaço infantil também não foi alterado em relação ao que era na Cruise & Maritime Voyages, a anterior operadora do navio. No deck da piscina desapareceram as letras de indicação "Winch Only".

O Vasco da Gama segundo a comunicação social, foi sujeito à instalação de catalisadores, que lhe permitem a redução de 70% das emissões. Foi também instalada uma central de tratamento de águas residuais. Estas alterações são obrigatórias em navios mais velhos e permitem-lhes prolongar o período de vida útil. Sem as mesmas estes navios estariam a operar não cumprindo a legislação vigente, estando por isso em incumprimento em determinados países e assim impossibilitados de os visitar. Com estas melhorias encontram-se no cumprimento das legislações internacionais o que lhes permitem operar em mares onde a legislação e o controlo de emissões seja mais rigoroso do que por exemplo em Portugal, onde se desconhece se é realizado algum tipo de controlo de emissões poluentes pelos navios, mas se supõe que não o seja feito. 

O Vasco da Gama e os companheiros de cais na Lisnave, o petroleiro Venezuelano (arrestado), Negra Matea e o navio de cruzeiros Hamburg.


As balsas antigas que denunciam a idade do ex-Statendam.
Na modernização a que o navio foi sujeito é ainda referido que se instalou a bordo móveis de produção nacional (nada que nos admire, visto que até a IKEA fornecemos!), e tecidos de produção nacional. São referidas também as tintas do casco que são produzidas em Palmela por uma empresa de origem Dinamarquesa, e que são aplicadas normalmente em grande parte senão mesmo em todos os navios que visitam a Lisnave, por possuírem características de boa performance hidrodinâmica e protecção contra incrustações além de estarem de acordo com a legislação anti poluição marítima. Foram ainda criadas novas áreas no navio e criadas novas comodidades para os passageiros, e o certo é que o investimento ficou na mão de obra Portuguesa e estaleiros nacionais, potenciando assim a inovação e o ACREDITAR de que somos capazes de fazer tão bem ou melhor do que os restantes países do Mundo no que concerne ao mar e navios de cruzeiros, uma vez que ultimamente muito pouco ou nada se investe no bem maior que temos, o mar.
O Vasco da Gama com a pintura nova que esconde os seus 28 aninhos e o vende como um navio de cruzeiros novo e luxuoso. Apesar da idade está muito bonito.

Wednesday, June 30, 2021

Dona Tututa

O "novo" navio ferry de Cabo Verde, o Dona Tututa, alguns dias antes de partir de Lisboa com destino ao porto da Praia em Cabo Verde. O ex-Fiesta Mail, terminou assim com sucesso a sua docagem e reparação em Lisboa, onde esteve em dois estaleiros do grupo ETE, grupo ao qual pertence a CV Interilhas. É esperado hoje pelas 21h em Cabo Verde. 

Um contentor com o logótipo da CV Interilhas que provavelmente servirá para apoio a embarques e desembarques e vendas.
O registo de Port Vila, que não lhe fica nada bem...

Recorde-se que o Dona Tututa entrou em Lisboa no final de Março como Fiesta, e com um esquema de cores bem menos favorável do que o actual que ostenta.

Tuesday, June 29, 2021

Wilson Humber

Um dos inúmeros navios que visitam Lisboa, operando no terminal do Beato, para exportar produtos naturais tais como areia, rochas ou derivados das rochas como o cimento.

O Wilson Humber, é um navio com 22 anos, 89 m de comprimento e 15 de boca, que fazem das suas 3092 t GT, um navio cargueiro de pequeno porte.

Hellas Gladiator

O navio Hellas Gladiator, um navio tanque LPG, a abastecer combustível esta tarde no mar da Palha, em Lisboa.
O navio chegou pela manhã a Lisboa com este propósito e deverá deixar o porto finda  a operação. ao seu lado navio tanque Sacor II, fica ainda mais pequeno do que realmente já o é. O Hellas Gladiator é um navio de 2016, com 225 m de comprimento, 36 m de boca e 48022t GT.


A diferença entre as duas pontes de ambos os navios