Tuesday, October 13, 2020

Mário Ferreira compra navio de cruzeiros

A notícia do dia e dos próximos tempos de certeza, no meio marítimo Português, é a aquisição por parte de uma das empresas de Mário Ferreira de um navio de cruzeiros, mais propriamente o Vasco da Gama. Com a pandemia que se vive, os navios têm vindo a sofrer algumas mudanças de operadores e o mercado encontra-se bastante favorável a quem tem vontade de investir no mesmo. É o caso da Mystic Invest Holding que comprou este navio e o qual desejamos que tenha bastante sucesso e possa operar para o mercado Português, ao contrário do que é habitual neste operador que aposta mais nos turistas estrangeiros, face aos cidadão nacionais que sobrevivem com ordenados mínimos miseráveis.
O Vasco da Gama é um navio de 1993, ex-Statendam da Holland America Line, companhia que o vendeu em 2015 para o mercado Australiano. Recentemente havia regressado à Europa e inclusive marcou presença no porto de Lisboa com o nome Vasco da Gama e as cores da Cruise & Maritime Voyages, companhia que não conseguiu sobreviver à actual pandemia e que está a desfazer-se dos seus activos através da venda dos navios. Existem rumores de que o Columbus, o outro navio da empresa poderá mesmo ter sido comprado também por este grupo empresarial. Facto que dentro de mais alguns dias se saberá.

Umnenga I

 

O navio petroleiro Umnenga I, em tratamento de pintura do casco no estaleiro da Lisnave em Setúbal. Este navio tem 248 m de comprimento, 43 m de boca e 56841 t GT. É um navio de 1999 que navega com a bandeira da Libéria.

Pela proa do Umnenga I o porta contentores Santa Clara.


Monday, October 12, 2020

X-Press Vesúvio



O X-Press Vesúvio saindo do estaleiro naval da Rocha, após a sua reparação. Navegava à saída da barra do rio Tejo, com destino a Leixões onde carregou com destino a África.

Cargueiros em reparação

Ao fundo o Umnenga I, por baixo do pórtico da Lisnave o Santa Clara e ao lado o Maersk Luz. 
O estaleiro da Lisnave, em Setúbal, é o maior estaleiro nacional de reparação de navios. Ali é normal chegarem os maiores navios do mundo apenas para serem reparados, entrando e saindo o rio Sado, sem carga e com o único objectivo de entrarem em doca seca para serem reparados. Na foto mostramos alguns desses navios que presentemente ali são reparados. 

Atracados lado a lado o Negra Matea, petroleiro Venezuelano que ali se encontra arrestado e o graneleiro Star Pyxis.

Thursday, October 8, 2020

Club Med 2 em Setúbal

No cais ao lado do porta contentores Lana
Chegou no dia de ontem, ao estaleiro naval da Lisnave, em Setúbal, o navio de cruzeiros Francês, Club Med 2. Passam assim a ser 2 os navios de cruzeiros no estaleiro Sadino. Veio da região de Marselha para efectuar reparação que provavelmente já estaria agendada antes da pandemia. O Club Med 2, é o irmão do Wind Surf (ex-Club Med 1). 


É um navio baseado nos outros navios mais pequenos da WindStar Cruises, o Wind Spirit, Wind Star e ex-Wind Song (com capacidade para 148 passageiros). Tem a particularidade de ser um navio veleiro moderno, com velas controladas por computador. Tem capacidade para 386 passageiros e 284 tripulantes. Tem 194 m de comprimento, 20m de largura e 80m de altura. Pesa 14983 t GT e completou a sua viagem inaugural em 1996.


O porta contentores nacional, Corvo, no meio dos navios de cruzeiros que atravessam uma das piores fases das suas carreiras.

Wednesday, October 7, 2020

Fundeados em Cascais

Dois navios tanque fundeados ao largo de Cascais, o Scot Bremen e o Agrari. Um navio tanque pequeno e o outro um navio tanque grande.
O Scot Bremen, navio com um design moderno é contudo um navio já com 17 anos de idade.

O Agrari tem 11 anos de idade e está em Lisboa, vindo directamente da Arábia Saudita. Pela sua linha de água pode-se arriscar dizer que se encontra quase vazio.

Monday, October 5, 2020

Navaltagus

Navaltagus, trata-se de um pequeno estaleiro no Seixal, no estuário do rio Tejo. Propriedade do grupo E.T.E.. Este estaleiro tem vindo a evidenciar-se na construção naval e na apresentação de soluções de engenharia para o meio naval. Evidencia-se também na reparação naval, e prova disso é a reparação frequente dos ferrys locais que navegam no rio Tejo e de grande parte da frota de rebocadores nacionais, onde se incluem unidades vindas das ilhas para reparação neste estaleiro. 


Na imagem vemos uma prova disso, com o catamarã Fernando Pessoa a seco e o S. Julião em cais, ao lado de um pontão de embarque. Pela popa do Fernando Pessoa está o rebocador madeirense Cte Passos Gouveia e já dentro de água o rebocador Açoriano, Bravo, ao lado do Danado.

Wednesday, September 30, 2020

Amis Glory

O Amis Glory, sendo abastecido pelo Sacor II.


Apenas mais um dos inúmeros navios graneleiros que visitam Lisboa, ao longo do ano. Este é um navio de 2016 que tem apenas 4 anos. Navega com a bandeira do Panamá sob o IMO 9731535. Tem um comprimento de 190 m, 32,26 m de largura e 6,6 m de calado. Tem 31557 t GT. Depois de carregar em Lisboa, partirá para Barranquilla.

Tuesday, September 29, 2020

Celtic Venture

O ex-Arklow Rose, actual Celtic Venture (2016), a carregar areia para exportação, no Cais do Poço do Bispo. Este navio de carga geral com 18 anos de idade (2002), navega com o registo no porto de Cardiff e sob o IMO 9238399. 

Momento em que o carregamento se deu por concluído e o navio começou a fechar as tampas do porão

Já teve o nome reduzido a uma letra apenas, a letra T. É um navio com 90 m de comprimento e 14 m de largura e com capacidade para 5005 t DWT. Se carregar contentores pode transportar 138 TEUS. A sua tonelagem fica-se pelas 2999 t GT. Foi construído na Holanda no estaleiro Stroobos. É operado pelo Willie Group, um grupo que opera 11 navios cargueiros todos com a particularidade de terem os nomes iniciados por "Celtic". 


O Celtic Venture saiu de Lisboa com destino a Garston (U.K.), porto situado nos subúrbios de Liverpool, pelas 22h, onde deverá chegar no próximo dia 4 de Outubro.

Friday, September 25, 2020

Atlantic M

Atlantic M, é um nome bonito para um navio que efectua cruzeiros a animais de 4 patas. O ex-Autotransporter com 37 anos de idade (1983), é um navio que navega com a bandeira do Panamá, e que curiosamente já navegou com a bandeira Portuguesa em 2008, sem nunca ter pertencido a interesses nacionais. Excepto claro da ligação à lavagem de dinheiro e incentivo à escravidão laboral em troca do empréstimo da utilização da bandeira nacional no mastro de popa. Na altura pertencia à UECC, e estava em final de vida como navio de transporte de veículos, o que explica em parte o facilitismo existente.

O Atlantic M encontra-se no cais do estaleiro naval da Rocha a aguardar reparações. Este navio tem 100 m de comprimento, 17 m de largura e um calado de 4,8 m. É especial uma vez que foi construído para o transporte de viaturas no início dos anos 80 e demonstra a evolução deste tipo de navio, nomeadamente o seu crescimento a todos os níveis, claro está na capacidade. Este possuía capacidade para transportar 700 viaturas, os actuais navios de transporte de veículos, excedem os 5 mil veículos. 

Agora navega com a antiga rampa de popa, completamente fechada, uma vez que já não precisa dela e foi sujeito a alterações de utilização. Consegue navegar a 14 nós.



English: No "No Tug"


O nome que utilizou durante mais tempo ainda presente no casco.

A balsa fechada provavelmente instalada aquando da adaptação a navio de transporte de gado.

É um navio pequeno, mas bastante bonito. Assemelha-se a um pequeno ferry do Mar Báltico, apesar de ter sido uma construção Japonesa, como era normal nos anos 80 para este tipo de navios. Os navios de transporte de veículos tiveram a sua origem no Japão, devido à necessidade de exportar rapidamente veículos de produção Japonesa, para o resto do mundo e as marcas Japonesas ganharem notoriedade no mercado. Tal assim aconteceu e hoje as mesmas possuem clientes fidelizados aos seus veículos/marca.

Teve precedência do porto do Sul da Irlanda, Waterford, e ainda não é conhecido qual o seu destino após reparação. É habitual estes navios efectuarem o transporte de gado, da Europa, para os países do Norte de África incluindo Médio Oriente, o que em parte pode justificar o tipo de sinalética que possui à entrada, embora este tipo de navios esteja sob a mira atenta dos defensores dos direitos dos animais e seja conveniente esconder parte das condições em que os mesmos viajam num navio que não foi projectado de raiz para esse uso. (Atualização: O navio saiu de Lisboa no dia 25 de Setembro pelas 23 h com destino a Tuzla, Turquia).