No cais ao lado do porta contentores Lana |
O porta contentores nacional, Corvo, no meio dos navios de cruzeiros que atravessam uma das piores fases das suas carreiras. |
No cais ao lado do porta contentores Lana |
O porta contentores nacional, Corvo, no meio dos navios de cruzeiros que atravessam uma das piores fases das suas carreiras. |
O Amis Glory, sendo abastecido pelo Sacor II. |
O ex-Arklow Rose, actual Celtic Venture (2016), a carregar areia para exportação, no Cais do Poço do Bispo. Este navio de carga geral com 18 anos de idade (2002), navega com o registo no porto de Cardiff e sob o IMO 9238399.
Momento em que o carregamento se deu por concluído e o navio começou a fechar as tampas do porão |
Já teve o nome reduzido a uma letra apenas, a letra T. É um navio com 90 m de comprimento e 14 m de largura e com capacidade para 5005 t DWT. Se carregar contentores pode transportar 138 TEUS. A sua tonelagem fica-se pelas 2999 t GT. Foi construído na Holanda no estaleiro Stroobos. É operado pelo Willie Group, um grupo que opera 11 navios cargueiros todos com a particularidade de terem os nomes iniciados por "Celtic".
O Celtic Venture saiu de Lisboa com destino a Garston (U.K.), porto situado nos subúrbios de Liverpool, pelas 22h, onde deverá chegar no próximo dia 4 de Outubro.
Atlantic M, é um nome bonito para um navio que efectua cruzeiros a animais de 4 patas. O ex-Autotransporter com 37 anos de idade (1983), é um navio que navega com a bandeira do Panamá, e que curiosamente já navegou com a bandeira Portuguesa em 2008, sem nunca ter pertencido a interesses nacionais. Excepto claro da ligação à lavagem de dinheiro e incentivo à escravidão laboral em troca do empréstimo da utilização da bandeira nacional no mastro de popa. Na altura pertencia à UECC, e estava em final de vida como navio de transporte de veículos, o que explica em parte o facilitismo existente.
O Atlantic M encontra-se no cais do estaleiro naval da Rocha a aguardar reparações. Este navio tem 100 m de comprimento, 17 m de largura e um calado de 4,8 m. É especial uma vez que foi construído para o transporte de viaturas no início dos anos 80 e demonstra a evolução deste tipo de navio, nomeadamente o seu crescimento a todos os níveis, claro está na capacidade. Este possuía capacidade para transportar 700 viaturas, os actuais navios de transporte de veículos, excedem os 5 mil veículos.
Agora navega com a antiga rampa de popa, completamente fechada, uma vez que já não precisa dela e foi sujeito a alterações de utilização. Consegue navegar a 14 nós.
English: No "No Tug" |
O nome que utilizou durante mais tempo ainda presente no casco. |
A balsa fechada provavelmente instalada aquando da adaptação a navio de transporte de gado. |
É um navio pequeno, mas bastante bonito. Assemelha-se a um pequeno ferry do Mar Báltico, apesar de ter sido uma construção Japonesa, como era normal nos anos 80 para este tipo de navios. Os navios de transporte de veículos tiveram a sua origem no Japão, devido à necessidade de exportar rapidamente veículos de produção Japonesa, para o resto do mundo e as marcas Japonesas ganharem notoriedade no mercado. Tal assim aconteceu e hoje as mesmas possuem clientes fidelizados aos seus veículos/marca.
Teve precedência do porto do Sul da Irlanda, Waterford, e ainda não é conhecido qual o seu destino após reparação. É habitual estes navios efectuarem o transporte de gado, da Europa, para os países do Norte de África incluindo Médio Oriente, o que em parte pode justificar o tipo de sinalética que possui à entrada, embora este tipo de navios esteja sob a mira atenta dos defensores dos direitos dos animais e seja conveniente esconder parte das condições em que os mesmos viajam num navio que não foi projectado de raiz para esse uso. (Atualização: O navio saiu de Lisboa no dia 25 de Setembro pelas 23 h com destino a Tuzla, Turquia).
Navio frigorífico Emerald, a descarregar e carregar no porto de Lisboa. O Emerald, com 20 anos de idade, mede 151,99 m de comprimento, 23 m de largura, navega com o registo de popa, Monróvia, e sob o IMO 9202857. Mais detalhes técnicos do Emerald podem ser visualizados no guia de informação que é disponibilizado pelo seu operador, no final deste post.
O Emerald e parte da sua carga, paletes de fruta, no cais. |
O Longvik e o Breb Courageous, colegas de cais do Emerald. Todos estes navios deixaram Lisboa ao final do dia. |
Pela tarde assistiu, quem segue estas andanças dos navios, a uma luta bastante interessante de subida do rio Tejo, por parte do pequeno rebocador Expedito (LX-90-AL) que trazia consigo pela mão o pontão Douro (LX-385-AL). O rebocador sentia alguma dificuldade devido à ondulação que o rio apresentava, o que tornou interessante para quem seguia desde a margem, a acção a decorrer no transporte. O pontão Douro é propriedade da empresa Submarit uma empresa de trabalhos subaquáticos, e ao que tudo indica neste caso estava de regresso da dragagem do canal da Trindade, o canal que permite o acesso ao cais dos ferryboats do Seixal. O conjunto esteve no último mês a trabalhar no desassoreamento deste canal, com a deposição dos dragados a acontecer em Alcântara.
O Douro está equipado com estacas e guinchos. Tem 31,90 m de comprimento, 10,08 m de boca e 2,23 m de pontal. tem 217,82 toneladas. Já o Expedito, propriedade da mesma empresa, tem apenas 28,66 toneladas, uma boca de 4,01 m e 16,5 m de comprimento. Tem um pontal de 1,68 m. O conjunto dirige-se para a ponte cais de Alverca, antigo estaleiro Argibay, onde a empresa possui o seu estaleiro.
Embora a cada dia, o futuro deste navio seja mais incerto, a verdade é que ele vai continuando a sobreviver ali no cais da Matinha, emprestando a sua beleza ao rio e fazendo Felizes todos aqueles que o observam e que desconhecem a sua agonia, mas que com ele sonham partir por esses oceanos e descobrir o Mundo, tal como ele já fez com muitos passageiros.
A verdade é que com os dias a tornarem-se rapidamente mais curtos e já no início de mais um Outono, o veterano Funchal está a conseguir um facto inédito que é sobreviver a uma gravíssima crise mundial em especial no sector dos cruzeiros, um sector multimilionário mas que a curto prazo começará a sentir a paragem que já vai em 6 meses. Metade de um ano sem que as companhias consigam efectuar vendas, para manter o negócio activo, o que levará ao desaparecimento de muitas mais do que aquelas que até agora já fecharam as portas.