Thursday, October 8, 2020

Club Med 2 em Setúbal

No cais ao lado do porta contentores Lana
Chegou no dia de ontem, ao estaleiro naval da Lisnave, em Setúbal, o navio de cruzeiros Francês, Club Med 2. Passam assim a ser 2 os navios de cruzeiros no estaleiro Sadino. Veio da região de Marselha para efectuar reparação que provavelmente já estaria agendada antes da pandemia. O Club Med 2, é o irmão do Wind Surf (ex-Club Med 1). 


É um navio baseado nos outros navios mais pequenos da WindStar Cruises, o Wind Spirit, Wind Star e ex-Wind Song (com capacidade para 148 passageiros). Tem a particularidade de ser um navio veleiro moderno, com velas controladas por computador. Tem capacidade para 386 passageiros e 284 tripulantes. Tem 194 m de comprimento, 20m de largura e 80m de altura. Pesa 14983 t GT e completou a sua viagem inaugural em 1996.


O porta contentores nacional, Corvo, no meio dos navios de cruzeiros que atravessam uma das piores fases das suas carreiras.

Wednesday, October 7, 2020

Fundeados em Cascais

Dois navios tanque fundeados ao largo de Cascais, o Scot Bremen e o Agrari. Um navio tanque pequeno e o outro um navio tanque grande.
O Scot Bremen, navio com um design moderno é contudo um navio já com 17 anos de idade.

O Agrari tem 11 anos de idade e está em Lisboa, vindo directamente da Arábia Saudita. Pela sua linha de água pode-se arriscar dizer que se encontra quase vazio.

Monday, October 5, 2020

Navaltagus

Navaltagus, trata-se de um pequeno estaleiro no Seixal, no estuário do rio Tejo. Propriedade do grupo E.T.E.. Este estaleiro tem vindo a evidenciar-se na construção naval e na apresentação de soluções de engenharia para o meio naval. Evidencia-se também na reparação naval, e prova disso é a reparação frequente dos ferrys locais que navegam no rio Tejo e de grande parte da frota de rebocadores nacionais, onde se incluem unidades vindas das ilhas para reparação neste estaleiro. 


Na imagem vemos uma prova disso, com o catamarã Fernando Pessoa a seco e o S. Julião em cais, ao lado de um pontão de embarque. Pela popa do Fernando Pessoa está o rebocador madeirense Cte Passos Gouveia e já dentro de água o rebocador Açoriano, Bravo, ao lado do Danado.

Wednesday, September 30, 2020

Amis Glory

O Amis Glory, sendo abastecido pelo Sacor II.


Apenas mais um dos inúmeros navios graneleiros que visitam Lisboa, ao longo do ano. Este é um navio de 2016 que tem apenas 4 anos. Navega com a bandeira do Panamá sob o IMO 9731535. Tem um comprimento de 190 m, 32,26 m de largura e 6,6 m de calado. Tem 31557 t GT. Depois de carregar em Lisboa, partirá para Barranquilla.

Tuesday, September 29, 2020

Celtic Venture

O ex-Arklow Rose, actual Celtic Venture (2016), a carregar areia para exportação, no Cais do Poço do Bispo. Este navio de carga geral com 18 anos de idade (2002), navega com o registo no porto de Cardiff e sob o IMO 9238399. 

Momento em que o carregamento se deu por concluído e o navio começou a fechar as tampas do porão

Já teve o nome reduzido a uma letra apenas, a letra T. É um navio com 90 m de comprimento e 14 m de largura e com capacidade para 5005 t DWT. Se carregar contentores pode transportar 138 TEUS. A sua tonelagem fica-se pelas 2999 t GT. Foi construído na Holanda no estaleiro Stroobos. É operado pelo Willie Group, um grupo que opera 11 navios cargueiros todos com a particularidade de terem os nomes iniciados por "Celtic". 


O Celtic Venture saiu de Lisboa com destino a Garston (U.K.), porto situado nos subúrbios de Liverpool, pelas 22h, onde deverá chegar no próximo dia 4 de Outubro.

Friday, September 25, 2020

Atlantic M

Atlantic M, é um nome bonito para um navio que efectua cruzeiros a animais de 4 patas. O ex-Autotransporter com 37 anos de idade (1983), é um navio que navega com a bandeira do Panamá, e que curiosamente já navegou com a bandeira Portuguesa em 2008, sem nunca ter pertencido a interesses nacionais. Excepto claro da ligação à lavagem de dinheiro e incentivo à escravidão laboral em troca do empréstimo da utilização da bandeira nacional no mastro de popa. Na altura pertencia à UECC, e estava em final de vida como navio de transporte de veículos, o que explica em parte o facilitismo existente.

O Atlantic M encontra-se no cais do estaleiro naval da Rocha a aguardar reparações. Este navio tem 100 m de comprimento, 17 m de largura e um calado de 4,8 m. É especial uma vez que foi construído para o transporte de viaturas no início dos anos 80 e demonstra a evolução deste tipo de navio, nomeadamente o seu crescimento a todos os níveis, claro está na capacidade. Este possuía capacidade para transportar 700 viaturas, os actuais navios de transporte de veículos, excedem os 5 mil veículos. 

Agora navega com a antiga rampa de popa, completamente fechada, uma vez que já não precisa dela e foi sujeito a alterações de utilização. Consegue navegar a 14 nós.



English: No "No Tug"


O nome que utilizou durante mais tempo ainda presente no casco.

A balsa fechada provavelmente instalada aquando da adaptação a navio de transporte de gado.

É um navio pequeno, mas bastante bonito. Assemelha-se a um pequeno ferry do Mar Báltico, apesar de ter sido uma construção Japonesa, como era normal nos anos 80 para este tipo de navios. Os navios de transporte de veículos tiveram a sua origem no Japão, devido à necessidade de exportar rapidamente veículos de produção Japonesa, para o resto do mundo e as marcas Japonesas ganharem notoriedade no mercado. Tal assim aconteceu e hoje as mesmas possuem clientes fidelizados aos seus veículos/marca.

Teve precedência do porto do Sul da Irlanda, Waterford, e ainda não é conhecido qual o seu destino após reparação. É habitual estes navios efectuarem o transporte de gado, da Europa, para os países do Norte de África incluindo Médio Oriente, o que em parte pode justificar o tipo de sinalética que possui à entrada, embora este tipo de navios esteja sob a mira atenta dos defensores dos direitos dos animais e seja conveniente esconder parte das condições em que os mesmos viajam num navio que não foi projectado de raiz para esse uso. (Atualização: O navio saiu de Lisboa no dia 25 de Setembro pelas 23 h com destino a Tuzla, Turquia).

Tuesday, September 22, 2020

Emerald

Navio frigorífico Emerald, a descarregar e carregar no porto de Lisboa. O Emerald, com 20 anos de idade, mede 151,99 m de comprimento, 23 m de largura, navega com o registo de popa, Monróvia, e sob o IMO 9202857. Mais detalhes técnicos do Emerald podem ser visualizados no guia de informação que é disponibilizado pelo seu operador, no final deste post.

O Emerald e parte da sua carga, paletes de fruta, no cais.




O Longvik e o Breb Courageous, colegas de cais do Emerald. Todos estes navios deixaram Lisboa ao final do dia.

 

Friday, September 18, 2020

A luta do Expedito

Pela tarde assistiu, quem segue estas andanças dos navios, a uma luta bastante interessante de subida do rio Tejo, por parte do pequeno rebocador Expedito (LX-90-AL) que trazia consigo pela mão o pontão Douro (LX-385-AL). O rebocador sentia alguma dificuldade devido à ondulação que o rio apresentava, o que tornou interessante para quem seguia desde a margem, a acção a decorrer no transporte. O pontão Douro é propriedade da empresa Submarit uma empresa de trabalhos subaquáticos, e ao que tudo indica neste caso estava de regresso da dragagem do canal da Trindade, o canal que permite o acesso ao cais dos ferryboats do Seixal. O conjunto esteve no último mês a trabalhar no desassoreamento deste canal, com a deposição dos dragados a acontecer em Alcântara.

O Douro está equipado com estacas e guinchos. Tem 31,90 m de comprimento, 10,08 m de boca e 2,23 m de pontal. tem 217,82 toneladas. Já o Expedito, propriedade da mesma empresa, tem apenas 28,66 toneladas, uma boca de 4,01 m e 16,5 m de comprimento. Tem um pontal de 1,68 m. O conjunto dirige-se para a ponte cais de Alverca, antigo estaleiro Argibay, onde a empresa possui o seu estaleiro.

Funchal de volta a mais um Outono

Embora a cada dia, o futuro deste navio seja mais incerto, a verdade é que ele vai continuando a sobreviver ali no cais da Matinha, emprestando a sua beleza ao rio e fazendo Felizes todos aqueles que o observam e que desconhecem a sua agonia, mas que com ele sonham partir por esses oceanos e descobrir o Mundo, tal como ele já fez com muitos passageiros. 

A verdade é que com os dias a tornarem-se rapidamente mais curtos e já no início de mais um Outono, o veterano Funchal está a conseguir um facto inédito que é sobreviver a uma gravíssima crise mundial em especial no sector dos cruzeiros, um sector multimilionário mas que a curto prazo começará a sentir a paragem que já vai em 6 meses. Metade de um ano sem que as companhias consigam efectuar vendas, para manter o negócio activo, o que levará ao desaparecimento de muitas mais do que aquelas que até agora já fecharam as portas.

Ocean Rosemary

 

Arklow Fame ao anoitecer, continuando a sua carga de cimento com destino à Inglaterra. Em baixo com o batelão Rota e o paquete Funchal pela sua direita.

Já o navio com registo na comuna Norueguesa de Hauge Sund, Jasmine Knutsen continua a sua paragem no Tejo, provavelmente enquanto aguarda um novo frete ou por melhoria do estado do mar, consoante a rota do próximo destino.


Já o navio com registo em Hong Kong, Ocean Rosemary, chegou ontem ao Tejo por volta das 19:30 h para reabastecer e ainda por cá se encontra talvez pelas mesmas razões do Jasmine Knutsen. Este navio de 2013, tem 229 m de comprimento e 32,3 m de largura. É um navio graneleiro que teve proveniência do porto de Bilbao e está agendado daqui sair para o Canadá. Tem 44543 toneladas (GT).







O Maria Francisca a entrar em Lisboa, vindo de Leixões, quando passava em frente à Praça do Comércio dirigindo-se para o cais de contentores de Santa Apolónia, onde irá carregar mercadorias com destino a África sendo o próximo porto São Tomé.