Tuesday, June 2, 2020

Jumbo Vision

O navio Jumbo Vision proveniente da Antuérpia, Bélgica, a operar no cais do Beato com uma carga fora do normal, um equipamento de elevação de cargas. Suponho que este equipamento poderá mesmo ficar por este cais para substituição dos existentes, contudo não o posso afirmar.
A preparação para a descarga
O Jumbo Vision é um navio de transporte de cargas especiais, construído em 2000 na Turquia (Madenci Gemi Sanyii shipyard), com 110 m de comprimento, 20,5 m de boca e 7,72 m de calado. Navega com o IMO 9153642 e com a bandeira Holandesa. Tem 7966 toneladas. Já ostentou os nomes Jumbo e Jumbo VIIS Star.  Estes navios de transportes especiais possuem os cascos e quilhas reforçados de forma a poderem transportar cargas mais pesadas do que o normal, para um navio (que já de si, transportam as mais pesadas de todas), além disso possuem ainda gruas com elevado poder de elevação. Neste caso cada grua pode elevar até 400 t tendo o navio a capacidade de elevação de 800 t. O limite de carga admissível no porão é de 4,25t/m2.
Uma operação de descarga que também não é igual às outras...

Monday, June 1, 2020

Graneleiros

Com a chegada do terceiro mês de ausência dos navios de passageiros resta fotografar os que sempre vão chegando e partindo ao Tejo, os navios mercantes. 

Estes nunca param e tem sido fulcrais a nível mundial para as economias fragilizadas e alimentar as populações. No Tejo hoje estavam o Komi e o Cape Veni, ambos fundeados no mar da Palha. O Cape Veni, um navio com 289,7 m de comprimento, já se encontra no Tejo desde o dia 13 de Maio, proveniente do porto de Saldanha na África do Sul. 

Segundo a informação disponibilizada pelo Porto de Lisboa, aguarda material sobresselente, daí que ainda não tenha data de partida. Como se sabe, a nível mundial, as empresas de entregas encontram-se com milhões de encomendas para distribuir o que está a gerar atrasos nas entregas de mercadorias. 
Já o Komi, um navio de 2015 com 200 m de comprimento, chegou no dia de ontem do porto Marroquino de Jorf Lasfar e está a carregar com destino à Colômbia, porto de Barranquilla. 

O Komi e o rebocador Baía do Seixal que traz os batelões com carga até ao navio.

Os ferrys abandonados


O velhinho Recordação e o Expresso
O Mar e Sol, morrendo na praia
Na zona da Mitrena, em Setúbal encontram-se os antigos ferrys da ligação Setúbal-Tróia. Encontram-se encalhados numa pequena praia de areia, em avançado estado de abandono e desconhece-se qual o futuro previsto para os mesmos. Ficam as imagens daqueles que a muitos boas memórias de idas à praia, em Tróia, trazem.

Saturday, May 30, 2020

Star Pride e Royal Clipper

Os navios Star Pride e Royal Clipper atracados em Santa Apolónia em modo pandemia, enquanto se observa a cidade numa lenta retoma à normalidade, num estado de incerteza e insegurança.

Max Stability

O navio Max Stability da Transinsular a operar no terminal de contentores de Santa Apolónia juntamente com o Laura S. Ambos os navios encontram-se a efectuar serviços para as ilhas Portuguesas. O Max Stability regressava da Madeira e teve como destino seguinte o porto de Leixões. Já o Laura S tem como próximo destino o porto de Ponta Delgada nos Açores. É a partir deste terminal que chega às ilhas grande parte da carga com origem na zona centro e sul de Portugal continental. Leixões serve para carregar a carga com origem no norte de Portugal. Aqui também se fazem carregamentos das cargas vindas do exterior do país, com a mudança de navios a acontecer neste terminal. A carga sobretudo contentorizada é transferida dos navios maiores para estes mais pequenos, denominados navios de cabotagem, e aqui carregada para o seu destino final.
Pela popa do Laura S, escondido pelo pórtico estava o Furnas e ao fundo vemos o Wes Gesa proveniente de Roterdão.
Também é aqui que são descarregadas as cargas vindas das ilhas, madeiras para pasta de papel e sucatas são as mais fáceis de identificar, além do negócio do gás.

Thursday, May 28, 2020

As novas barges da marina da Expo

Com o turismo a atingir os níveis mais baixos de qualidade de sempre, em Lisboa, as empresas promotoras de actividades turísticas desenvolveram soluções mínimas de investimento e máximas em lucro. Assim surgiram novas atractividades na cidade. Supõe-se que estas barges façam parte desses novos investimentos. Soluções de alojamento náutico não tradicionais nem típicas de Lisboa, mas soluções importadas e que satisfazem plenamente quem quer sentir-se um hipopótamo dormindo uma noite no meio da lama. 
Fica apenas o registo destas novas embarcações e o desejo de que possam ter sucesso, e que possam contribuir para o acesso ao rio, de todos os cidadãos, e não apenas para tornarem o rio cada vez mais distante das pessoas por praticarem preços que não satisfaçam a relação serviço-qualidade-experiência oferecida, tal como tem vindo a acontecer com os cruzeiros náuticos que disparam em quantidade mas em qualidade e preço continuam a milhas de uma realidade ajustada ao serviço oferecido.

Santa Maria Manuela

O veleiro Português, com registo na ilha da Madeira e propriedade do Recheio Cash&Carry uma empresa do universo Jerónimo Martins, encontra-se atracado no cais da Marina da Expo. 
O veleiro que completou 83 anos no passado dia 10 de Maio, encontra-se com cerca de 15 tripulantes a bordo a efectuarem trabalhos de manutenção. As viagens para 2020 encontram-se suspensas, face à situação global. É frequente este navio utilizar este cais quando vem a Lisboa, contudo prefiro saber que não se encontra ali mas sim a navegar por algum lugar...


Royal Clipper e Star Pride

O Royal Clipper é um dos veleiros mais bonitos do Mundo
Depois do MSC Fantasia ter deixado Lisboa para agora se encontrar em Génova junto dos seus irmãos MSC Splendida e MSC Opera, chegaram a Lisboa os navios Royal Clipper e Star Pride. Ambos com marcação em estaleiro para efectuarem reparações. O Royal Clipper depois de sair do estaleiro, escolheu o cais de Santa Apolónia, como destino e aqui tem agendada permanência até ao próximo dia 7 de Junho. Já o Star Pride deverá sair de Lisboa apenas no final de Julho. Este é um raro momento para poder apreciar um dos mais bonitos e elegantes navios de cruzeiros, à vela, que por estes dias embeleza este cais e permanece em Lisboa pelas piores razões, aquelas que assolam o mundo e todos estamos a experienciar.
Ao fundo os navios graneleiros Spring Sky (200m) e Cape Veni (290m).
Mobiliário arrumado e piscina vazia num dia com quase 40º C, em Lisboa...sinais da pandemia.
Comboio partindo de Santa Apolónia mesmo ao lado do Royal Clipper.

Monday, May 25, 2020

Cyclades

O navio Cyclades descarregando briquetes de ferro no terminal da Sapec, do porto de Setúbal. Quem souber qual o destino da carga que informe.
 O tempo que o material fica em porto é quase nulo, uma vez que como se pode ver, a mercadoria é descarregada e quase de imediato carregada em camiões que a retiram do porto. O Cyclades é um navio de 2017, com 200m de comprimento e 32m de boca. Navega com a bandeira de Malta e com o IMO 9799616. Tem 34094 toneladas.

Saturday, May 23, 2020

Lisnave, Setúbal


Uma perspectiva diferente do maior estaleiro de reparação naval Português. Situado numa península artificial a península da Mitrena em Setúbal e fundado sobre areia, é considerado uma obra prima da engenharia civil. Embora tenha sido projectado também para a construção naval, desde quase sempre tem vindo a dedicar-se na maior parte à reparação naval onde se encontra entre os líderes mundiais do sector. Aqui são reparados dos maiores navios do mundo.
Na doca 20 (acima) pode ver-se o navio Atlantic Orchard em reparação. Esta doca inicialmente foi destinada à construção dos cascos dos navios que posteriormente seriam aprestados na doca 21, apenas alguns metros mais perto da água mas no mesmo enfiamento.
Ao fundo nos cais podemos ver o petroleiro Negra Matea (de popa para as imagens) e a draga HAM 318 (de proa). À esquerda nas docas 31 vemos o porta contentores Maria Luisa e na doca 33 o Bocs Spirit.
O Maria Luisa à direita e o Bocs Spirit à esquerda