Wednesday, June 12, 2019

O Adeus ao Oriana

Hoje o navio Oriana, efectuou a sua última escala em Lisboa, como navio da P&O Cruises. O navio que aqui realizou 125 escalas, chegou pelas 06h:30 de Arrecife de Lanzarote e partiu pelas 17 h com destino a Southampton. A maior parte destas 125 escalas foram viagens destinadas ao típico turista Britânico, reformado, que nos dias mais frios aproveitava as promoções da companhia e partia em cruzeiro até as Canárias e Madeira com passagem por Lisboa, enfrentando um temporal na baía da Biscaia, mas que até se divertia com tal.
O Oriana, é neste momento o navio da frota P&O Cruises à mais tempo em operação, 24 anos. Contudo como a Carnival não gosta de navios velhos, está a renovar a frota, até porque a União Europeia, começa também a apertar o cerco aos navios mais velhos e poluentes, e como tal as companhias estão a vendê-los. É sobretudo o mercado Chinês que os está a absorver, exemplo disso é a venda do Oriana, para esse mercado, enquanto ainda é tempo. O investimento para adaptar os navios às novas medidas anti-poluição da União Europeia não compensa, pelo que é mais barato vendê-los para sucata ou outros destinos fora da União Europeia. Companhias como a Saga estão a fazer o mesmo com a sua frota, pelo que nos próximos anos, é expectável que mais navios saiam do mercado devido às novas políticas ambientais (redução de emissões de gases poluentes e controlo mais apertado sobre emissão de partículas poluentes).
No dia da sua despedida o Oriana teve a companhia do Independence of the Seas, Insignia e Star Pride.
O Oriana é o segundo navio a ostentar este nome, além do nome de uma fada de contos infantis e nome próprio de mulher em Portugal, é também o nome do seu predecessor que esteve na mesma frota entre 1959 e 1986. 
Tem a particularidade de ser um navio livre de crianças, para poder albergar velhinhos reformados, sem que tropecem em crianças e morram dessa forma sem gastar a reforma inteira a bordo. É um navio muito bonito e ao qual o turismo de Portugal muito deve, pois só na Madeira conseguiu colocar mais de 280 mil passageiros nestes 24 anos de operação. Também de lá se despediu na passada sexta-feira dia 7 de Junho.

Friday, June 7, 2019

Shoreway

A draga Shoreway, que se encontra a realizar trabalhos de dragagem do porto de Lisboa até ao dia 16 de Junho. Os trabalhos decorrem entre Algés e o Poço do Bispo com o apoio da draga Amerstroom e da embarcação Pioneiro do Rio nas sondagens. Os trabalhos tiveram início em 27 de Maio. A draga Shoreway pertence à Boskalis, empresa Holandesa especializada em trabalhos marítimos.
Para mais informações e detalhes técnicos sobre este navio pode consultar a informação detalhada no site do seu operador aqui.

Monday, June 3, 2019

O outro Vasco da Gama

A fragata Corte Real, da Marinha de Guerra Portuguesa, fundeado no Tejo.
Navio de 1991 contruído na Alemanha, nos estaleiro Blohm And Voss. Tem mais duas irmãs, a Vasco da Gama e a fragata Álvares Cabral.

Vasco da Gama

Estreia "absoluta" em Lisboa do navio Vasco da Gama. Apesar do nome bem Português, o navio não o é, uma vez que ostenta a bandeira das Bahamas e é operado pela Cruise & Maritime Voyages (Reino Unido), cliente habitual dos portos Portugueses. O navio está a realizar a sua "viagem de entrega"; de Singapura para Londres, num cruzeiro de 45 noites, com várias escalas e passagem pelo Canal do Suez. Escolheu Lisboa também para esta viagem antes de chegar a Tilbury o seu homeport e da Cruise & Maritime Voyages. Esteve cá sensivelmente 9h. Partiu pelas 15 h com destino ao últmo porto desta viagem. O Vasco da Gama, é o ex-Statendam, que estava a operar na Australia como Pacific Eden. Anteriormente operou como Statendam pela Holland America Line, companhia para a qual foi construído. 
É sempre estranho quando uma chaminé deixa de ostentar um logótipo com o qual identificamos chaminé e navio e passa a ter outro. Mas com o tempo lá nos habituamos à mudança.
Como Pacific Eden, este navio não chegou a realizar nenhuma escala em Lisboa, uma vez que era uma operação destinada ao mercado Autraliano através da P&O Australia. Esteve lá desde Novembro de 2015, quando deixou a Holland America Line. Parece que foi ontem, mas o tempo voa.

Costa Pacifica

O irmão do Costa Concordia, com o seu "novo livery" que já ostenta desde Dezembro de 2017. O Costa Pacifica que no próximo dia 5 celebra 10 anos desde o dia do seu baptismo em 2009. Custou cerca de 500 milhões de Euros e teve a mão de obra de cerca de 3 mil pessoas.
 Esteve em Lisboa na passada sexta-feira a caminho da sua temporada no Báltico. Cá regressará a 18 de Setembro no regresso ao Mediterrâneo e findo este período de operação no Norte da Europa.

Wednesday, May 29, 2019

Nautica

Escala do navio Nautica, em Lisboa no dia de hoje. O navio encontra-se em trânsito desde o Mediterrâneo para Southampton. Em Lisboa efectua uma escala de dois dias, para desembarcar os passageiros que aqui terminaram o seu cruzeiro de 12 dias desde Barcelona com passagem por Gibraltar e Canárias. Daqui prossegue também viagem com os restantes passageiros da viagem de 22 dias com fim em Southampton. Um tipo de operação um pouco diferente dos tradicionais cruzeiros de massas que carregam num porto e descarregam no mesmo porto ou noutro, todos os passageiros de uma só vez. O inconveniente é para quem faz escala de dois dias no mesmo sítio, mas que por outro lado permite que os passageiros possam ficar a conhecer melhor esse destino, neste caso, Lisboa.
O navio chegou hoje pelas 9:30 h e sairá amanhã pelas 18 h, com destino a Leixões.

Tuesday, May 28, 2019

Explorer of the Seas e Silver Whisper

O Silver Whisper chegando a Lisboa por volta das 8 h da manhã.
Explorer of the Seas e Silver Whisper foram os navios que registaram escala no dia de hoje no porto de Lisboa. O Explorer of the Seas, está a caminho de Southampton desde o Mediterrâneo, devendo voltar a efectuar escalas em Lisboa, ainda mais duas vezes até ao final deste ano. Já o Silver Whisper deverá voltar a Lisboa apenas no próximo ano, ficando até ao dia de amanhã em porto. 
Sairá pelas 13 h com destino a Cádiz no sentido inverso do Explorer of the Seas, visto que se dirige ao Mediterrâneo, onde irá ficar até Setembro, altura em que parte para o outro lado do Atlântico. 
Ambos estes navios são pouco frequentes neste porto uma vez que costumam estar posicionados em outros destinos e operando para outros mercados. Estas escalas prendem-se com o reposicionamento dos navios devido à busca de Verão constante de que ainda vive o mercado dos cruzeiros, mais tradicional. Contudo ambos já cá estiveram noutras vezes.
O Explorer of the Seas, ao lado da nova gare de passageiros do porto de Lisboa.
O petroleiro Rio Arauca que continua a degradar-se no Mar da Palha.
O Explorer of the Seas, é um navio do ano 2000. Foi o segundo da sua classe. Há 19 anos era um navio grande, agora começa a ser um navio médio. Não porque diminuiu de tamanho, mas porque os navios mais recentes são tão grandes que o tornam mais pequeno, apesar dos seus 311 m e 138 mil toneladas. E só de pensar que este já foi o maior navio do Mundo, quando foi lançado à água e até 2002...Entre as particularidades do navio, foi dos primeiros a ter um heliporto, na proa. Também tinha à data uma percentagem muito elevada de camarotes com varanda, sendo os mesmos vendidos a preços mais acessíveis do que até então. É precisamente observando os camarotes exteriores do Explorer of the Seas, que notamos uma das maiores evoluções em comparação com os navios mais recentes, pois verifica-se que a privacidade entre camarotes diminui assim como o espaço também entre camarotes, tudo em prol de se conseguir maior capacidade de passageiros. Uma melhoria foi a visibilidade para o exterior, uma vez que nestes navios existe aço, nos mais novos existe mais vidro nas guardas das varandas, mas o que torna os navios mais recentes, menos parecidos com navios e mais parecidos com edifícios, ao passo que o Explorer of the Seas, ainda tem cunho de navio, mesmo navio.


Heliporto do Explorer of the Seas, sobretudo utilizado para evacuações médicas.

Monday, May 27, 2019

Viagens no Tejo

Registo do ex-cacilheiro Montes Claros, numa das suas viagens pelo Tejo, no pretérito fim de semana. Curiosamente nesta viagem o navio navegava quase vazio, face aos outros navios que operavam no rio à mesma hora. Verdade que o preço de 20€ para uma viagem no Tejo não é nada convidativo face ao tipo de oferta que é, duração da viagem e às condições que as embarcações que operam no Tejo oferecem, mas este velhote do Tejo sempre merecia mais clientela, visto que agora no seu site anunciam uma viagem de 20 € válida para 48h, em sistema Hop On Hop off, ou seja, entra e sai do navio nas paragens que ele realizar, durante esse período de tempo, quantas vezes quiser, sem limites. 
Ressalva apenas para os preços praticados no rio Tejo, nos cruzeiros fluviais que infelizmente e apesar da oferta ter aumentado, e bem, nos últimos anos, ainda continua a ser um dos rios mais caros a nível mundial para viajar, neste tipo de cruzeiros turísticos de pequena duração. Preços que como é normal não acompanham a oferta das embarcações assim como serviços oferecidos e comodidade.

O Seixalense a cruzar-se pela popa do Principe da Beira.
Já o cacilheiro Seixalense é uma outra excelente opção de viagens no Tejo. Agora com os novos passes sociais, por 40€/mês também pode realizar quantos cruzeiros quiser no Rio Tejo, com a vantagem de ter a duração do número de dias do mês e não estar limitado a um navio apenas ou a 48 h. Pode viajar entre a Trafaria e o Montijo por um valor bem mais baixo do que os "cruzeiros no Tejo" e sentir o verdadeiro pulsar do rio com as frenéticas deslocações diárias das gentes vindo e indo nas suas rotinas diárias, sem estar rodeado de turistas de cerveja na mão, só porque sim. Também pode adquirir bilhetes individuais a preços bem mais justos e competitivos do que os "cruzeiros no Tejo" com direito ao mesmo rio e paisagem, com uma duração e rota diferente apenas. Não fique à margem, já dizia o slogan de uma transportadora...faça-se ao rio e desfrute-o gastando pouco ou muito.

Vasos de Guerra

Registo dos "vasos de guerra" de passagem por Lisboa. O USS Roosevelt deixa Lisboa no próximo dia 29 pelas 9 h. Já o Italiano ITS Carlo Bergamini, saiu hoje por volta do meio dia.  Este é um tipo de navio que não gosto embora reconheça que por vezes e em algumas partes do Mundo ainda fazem falta e diferença. Por exemplo deviam ter atacado os malandros dos Portugueses que vivem às custas dos subsídios da União Europeia e ficaram em casa no dia de eleições Europeias...sempre seria uma missão de cariz diplomático!
USS Roosevelt
Carlo Bergamini
Ao fundo vemos os porões inclinados do cargueiro Agat.

Civitavecchia to Southampton

Registo da escala do navio Norwegian Spirit (ex-SuperStar Leo) em Lisboa no dia de ontem. Este navio esteve em Lisboa durante cerca de 12 h, numa escala que teve precedência de Cádiz e destino a Bilbao. A sua viagem irá terminar em Southampton, neste cruzeiro de posicionamento para o Verão Europeu. Volta ao Mediterrâneo em Outubro com passagem sem escala por Portugal (14 de Outubro), nessa altura. 
Norwegian Spirit sendo reabastecido pelo navio tanque Guanarteme no cais de Santa Apolónia.
O Norwegian Spirit é o irmão mais velho do Explorer Dream (ex-SuperStarVirgo), navio que foi construído um ano mais tarde com as mesmas características e design deste. São navios únicos que em 1998 e 1999 foram construídos para o mercado Asiático. O Explorer Dream por lá continua. O Norwegian Spirit, acabou por regressar à Europa, um pouco por um mero acaso, quando existiu a necessidade urgente da Norwegian Cruise Line preencher as reservas de um navio que tinha encomendado, o Pride of America, em 2004, após um incidente na construção deste e atraso na entrega por parte do estaleiro. Rapidamente procuraram um navio que pudesse suprimir essa lacuna e transferiram o SuperStar Leo da Star Cruises para a Norwegian Cruise Line, que em 2004 já pertencia à Star Cruises (adquirida 4 anos antes, pela Star Cruises). Daí até hoje, tem permanecido ao serviço da Norwegian Cruise Line e ao longo destes anos já embateu por pelo menos 4 vezes contra os cais por onde passa, um pouco por todo o Mundo, causando danos menores no navio e nos cais. Não foi o caso nesta escala em Lisboa.