O Ramelia para o Barreiro

O Ramelia com Lisboa em pano de fundo

Registo fotográfico do navio tanque químico, Ramelia dirigindo-se para o terminal do Barreiro, onde atracou e descarregou a sua mercadoria. Pelas leis náuticas, os navios que transportem mercadorias perigosas, devem ser acompanhados por rebocadores desde a sua entrada em porto até ao cais de atraque, facto que se verifica sempre neste terminal, devido ao tipo de mercadoria que os navios transportam e que exige a existência de condições de segurança no porto.

O Ramelia atracando no terminal da Alkion, Barreiro.

Fundeados em Cascais

Dois navios tanque fundeados ao largo de Cascais, o Scot Bremen e o Agrari. Um navio tanque pequeno e o outro um navio tanque grande.

O Scot Bremen, navio com um design moderno é contudo um navio já com 17 anos de idade.

O Agrari tem 11 anos de idade e está em Lisboa, vindo directamente da Arábia Saudita. Pela sua linha de água pode-se arriscar dizer que se encontra quase vazio.

O estaleiro da Rocha

O porta contentores X-Press Vesúvio na doca nº 1.

O estaleiro da Rocha Conde d´Óbidos, é um simpático estaleiro no interior de Lisboa, que repara navios até cerca de 160 m de comprimento, devido ao limite físico da sua maior doca seca (173,5m).

É com agrado que de vez em quando ali vou espreitar que navios estão em reparação e por vezes surgem lá navios que habitualmente não escalam Lisboa, mas que escolhem este estaleiro para efectuar as suas manutenções e reparações. Muito provavelmente os prazos de execução e a qualidade do trabalho serão o factor de escolha. Encontram-se no estaleiro em reparação o navio porta contentores X-Press Vesúvio e o navio tanque Ios I. Além destes está em cais o rebocador Roman e o Balto encontra-se dentro da doca número 4. 

O navio tanque Ios I, o rebocador Roman e o Balto.

Ainda esta semana sairam da doca seca 2 navios tanque, o São Jorge que já rumou aos Açores, região onde opera, e o Ios I.

    

Da esquerda para a direita, o rebocador Montemuro, o Sirios, o Montevil e os rebocadores Ulisses (dentro) e Cachofarra. Dentro da doca vemos o X-Press Vesúvio e o Ios I, ao fundo.

Os manos no estaleiro

O Hellas Fighter na doca 32 e o Hellas Avatar na doca 33 (lado direito da foto).

Os navios tanque Hellas Avatar e Hellas Fighter, no estaleiro da Lisnave, em Setúbal, a efectuarem as suas reparações. Um já com o casco pintado de fresco e o outro ainda em tratamentos. São navios gémeos construídos nos estaleiros Hyundai da Coreia do Sul, em 2015. Possuem 20410 GT, distribuídas em 183 m de comprimento e 32 m de largura. Navegam ambos com a bandeira de Malta.

Lisnave - Mitrena

Registo fotográfico de alguns dos navios que se encontravam este fim de semana em reparação no maior estaleiro de reparação naval Português, a Lisnave, na Península da Mitrena, no rio Sado, Setúbal.

O East Coast no momento de manobra de entrada numa doca seca do hydrolift da Lisnave. 

A HAM 318 uma das dragas que se encontram ali em reparação.

As dragas HAM 318 e a draga Pedro Alvares Cabral que apesar do nome não é Portuguesa.

O navio Essayra que gerou um alerta de Covid-19 quando chegou a Setúbal, vindo da China. Estava tudo bem com a tripulação.

Graneleiro com 180 m de comprimento por 30 m de boca.

O porta contentores Monte Sarmiento (272 m x 40 m). Bandeira do Brasil

East Coast, navio tanque químico com bandeira do Canadá. 183x27m. 

Monte Sarmiento, Essayra e Ham 318

O East Coast já na doca nº 33

O Graneleiro Azul Victoria com 299 m e 50 m de boca. Registo do Panamá.

Experience

Navio de transporte de gás liquefeito, Experience. 

Este navio,especial dentro da sua classe, e mais conhecido como Floating Storage Regasification Unit (FSRU), do inglês, que significa unidade de armazenamento e regasificação flutuante. Isto significa que este navio tem a capacidade para armazenar o gás liquefeito (a uma temperatura de -162ºC, e ao mesmo tempo converter este gás liquefeito, em gás natural, à temperatura atmosférica). 

Em condições normais estes navios operam em terminais de gás, e servem como "apoio" à descarga dos navios que apenas tem capacidade de transporte de LNG. Aí transformam o gás liquefeito em gás natural e descarregam a matéria prima directamente para terra. Podem operar em cais ou em bóias oceânicas. Aconselho a visita ao seguinte link e visualização dos vídeos ali presentes para melhor percepção de como podem operar estes navios.  

Unidade de regasificação, à popa.

O Experience visita Lisboa, para abastecer-se a ele próprio com combustível. Proveniente de Ferrol este navio chegou no dia de ontem a Lisboa e daqui parte com destino ao estado do Ceará no Brasil. Este navio construído em 2014, na Coreia do Sul (Estaleiros Daewoo), tem 294 m de comprimento, 46 m de boca e um calado de 9,5 m. O que impressiona é também a sua capacidade de transporte de 173400 m3 de gás liquefeito. Navega com a bandeira das ilhas Marshall e sob o IMO 9638525. Tem uma tonelagem bruta de 116486 toneladas.

Os tanques, ou unidades de armazenamento.

Enquanto isso já o Guanarteme aguardava carregado a chegada do navio Eridanus Leader da NYK line, para efectuar uma operação semelhante durante a madrugada e manhã de hoje. A meio da semana é aguardado mais um navio LNG de grandes dimensões para efectuar uma operação semelhante. Isto comprova a enorme procura que o porto de Lisboa tem tido nos últimos tempos por parte de navios para efectuarem abastecimentos. Talvez esteja relacionado com as novas políticas ambientais mundiais e obrigatoriedade de fornecimento de combustíveis com 0,5% de enxofre, tipos de combustíveis estes que já são disponibilizados no porto de Lisboa, pelos distribuidores.

Acquamarina

Depois do anterior post, em que mostrei o Acquamarina a descarregar no Barreiro, voltei a apanhá-lo, saindo a barra do Tejo. Um navio elegante.

Acquamarina

Depois de no dia de ontem ter aqui mostrado o navio tanque de transporte de gás, Angela, hoje é a vez de um navio tanque, mas de transporte de produtos químicos. 

Trata-se do navio Acquamarina, um navio construído pelo estaleiro Cantieri Navale Morini em 2004 em Itália e que mantém a bandeira Italiana e registo no porto de Ancona, onde foi construído. O Acquamarina encontra-se a operar no cais da Alkion, no Barreiro. Este é um dos terminais do porto de Lisboa destinado à operação com produtos químicos, combustíveis e óleos. 

Segundo a informação disponibilizada pelo porto de Lisboa, encontra-se ali a descarregar acrilonitrilo, um composto químico utilizado na indústria têxtil e na produção de plástico de engenharia. De referir que as matérias primas descarregadas neste terminal podem ali ser armazenadas e depois seguir por via terrestre até ao destino final dentro do hinterland do porto que abrange no caso deste terminal a parte sudoeste de Espanha.

Neste terminal com capacidade máxima para 175 000 m3 de armazenamento, existe especial cuidado com o manuseio das mercadorias, como seja a recuperação de vapor, manutenção de mercadorias explosivas em atmosferas de azoto e sopragem dos braços de carga e descarga dos navios com azoto para garantir a sua inertização. O Acquarina é um navio com 136 m de comprimento, 20 m de boca e 8,1 m de calado. Neste terminal podem atracar navios com até 9,5 m de calado. Para ali chegarem têm de navegar no canal próprio de acesso ao pontão. 

Angela

Apenas mais um dos inúmeros navios que descarregam combustíveis na margem sul do Tejo, na zona da Trafaria, para as várias empresas de combustíveis que ali possuem reservatórios de armazenamento.

Neste caso trata-se do Angela, um navio de transporte de gás, com 97 m de comprimento e 17 m de boca. O combustível a granel ali descarregado destina-se ao enchimento de botijas de gás para distribuição comercial no hinterland. O Angela é um navio de 2009 com registo em Hong Kong. Navega com o IMO 9474541. Tal como todos os navios tanque são navios que gozam de condições especiais de navegação devido ao tipo de carga que transportam. Assim como são obrigados a utilizar corredores especiais de navegação e o outro tráfego marítimo tem de lhes dar prioridade quando entram nos portos, de forma a minimizarem-se os riscos de acidentes com consequências bastante graves.

Civitavecchia to Southampton

Registo da escala do navio Norwegian Spirit (ex-SuperStar Leo) em Lisboa no dia de ontem. Este navio esteve em Lisboa durante cerca de 12 h, numa escala que teve precedência de Cádiz e destino a Bilbao. A sua viagem irá terminar em Southampton, neste cruzeiro de posicionamento para o Verão Europeu. Volta ao Mediterrâneo em Outubro com passagem sem escala por Portugal (14 de Outubro), nessa altura. 

Norwegian Spirit sendo reabastecido pelo navio tanque Guanarteme no cais de Santa Apolónia.

O Norwegian Spirit é o irmão mais velho do Explorer Dream (ex-SuperStarVirgo), navio que foi construído um ano mais tarde com as mesmas características e design deste. São navios únicos que em 1998 e 1999 foram construídos para o mercado Asiático. O Explorer Dream por lá continua. O Norwegian Spirit, acabou por regressar à Europa, um pouco por um mero acaso, quando existiu a necessidade urgente da Norwegian Cruise Line preencher as reservas de um navio que tinha encomendado, o Pride of America, em 2004, após um incidente na construção deste e atraso na entrega por parte do estaleiro. Rapidamente procuraram um navio que pudesse suprimir essa lacuna e transferiram o SuperStar Leo da Star Cruises para a Norwegian Cruise Line, que em 2004 já pertencia à Star Cruises (adquirida 4 anos antes, pela Star Cruises). Daí até hoje, tem permanecido ao serviço da Norwegian Cruise Line e ao longo destes anos já embateu por pelo menos 4 vezes contra os cais por onde passa, um pouco por todo o Mundo, causando danos menores no navio e nos cais. Não foi o caso nesta escala em Lisboa.

Invasão Alemã

Ocean Majesty atracado em frente ao novo terminal de Cruzeiros de Lisboa

AIDAstella, ao fundo podemos ver os navios tanque, Rio Arauca que ainda por cá continua e o Guanarteme.

Registo das escalas de hoje no porto de Lisboa dos navios AIDAstella e  Ocean Majesty, ambos vão permanecer em Lisboa até ao dia de amanhã. Sairão pela mesma hora, 16 h. O AIDAstella fará escalas regulares em Lisboa com passagem de uma noite em porto, até Outubro próximo. Tal como na semana passada, sairá amanhã com destino a Cartagena e teve precedência de Cádiz num cruzeiro igual ao da semana passada. Cruzeiros estes vocacionados para o turismo de massas do mercado Alemão. 

Já o Ocean Majesty oferece um ambiente menos hostil para quem odeia o turismo de massas. Está também a realizar cruzeiros para a Alemã Hansa Touristik, em início de temporada. Saiu de Génova a 10 de Maio e segue para uma série de cruzeiros no Norte da Europa na Primavera e Verão Europeu, terminando esta temporada a 15 de Outubro do corrente ano em Veneza. 

A presente viagem do Ocean Majesty leva-o até à Alemanha, com passagem ainda por Leixões tal como imagem da rota abaixo mostra. O Ocean Majesty é um velhinho resistente dos navios que a pouco e pouco estão deixando de operar, com idade semelhante à dele. o Ocean Majesty foi construído em 1966 e tem actualmente registo na ilha da Madeira. Poderá acompanhar a temporada do Ocean Majesty através do seguinte blog, que aconselhamos vivamente a visitar.

Domingo gordo

Domingo (dia 15 de Outubro) foi mais um dia de casa cheia no porto de Lisboa com a presença de 4 navios de passageiros. Além de vários navios fundeados, mercantes de várias categorias, estava o novo navio da Marinha Chinesa Qi Juguang. Neste registo surgem da esquerda para a direita, o Europa 2, o Corinthian, o Marco Polo e o Mein Schiff 3. Por altura das fotos os termómetros marcavam 32º C em Lisboa, em pleno Outono. Parte do país ardia com fogo de origem criminosa.

Também ainda pelo Tejo continua fundeado do Rio Auraca, que aguarda novos fretes e vai emprestando a sua imponência ao rio onde até este gigante parece pequeno.