World Explorer

Hoje deu-se a estreia em Lisboa, de um navio de cruzeiros Português, facto que já não acontecia há décadas, a estreia de um navio de cruzeiros totalmente Português. Não como os navios de cruzeiros que estão registados na Madeira e utilizam a bandeira Portuguesa apenas por alguma conveniência. 

A chegada a Lisboa pelas 13:30h depois de algum tempo de espera ao largo.

Construído em Viana do Castelo o "Explorador do Mundo" como devia chamar-se está alugado a operadores internacionais por obrigação dos bancos que o financiaram, segundo a comunicação social. 

A espera ao largo, para entrar em porto à hora marcada.

Vem sendo hábito com navios que operem com bandeira Portuguesa de empresas Portuguesas, neste caso a empresa Mystic Cruises, ou caso não tenhamos vergonha da nossa língua ou do nosso país e o queiramos mesmo vender aos estrangeiros por esse mundo fora, como apregoa, a "Cruzeiros Místicos".

As saliências no corpo do navio.

Nesta escala em Lisboa, foi inaugurado a bordo do navio o auditório Fernão de Magalhães com direito a visitas oficias como é hábito neste tipo de ocasiões, assim como o lançamento de um selo evocativo dos 500 anos da viagem de circum navegação de Fernão de Magalhães. 

A plataforma de acesso aos botes de exploração.

A madrinha deste navio é a terceira esposa do ex-presidente Francês, Carla Bruni Sarkozy, que baptizou o navio em Viana do Castelo em Abril último (dia 6).

O World Explorer tem enormes semelhanças ao ex-ferry Atlântida agora navio de cruzeiros a navegar com o nome Spitsbergen, fruto do know-how ganho nessa construção, tal como o casco reforçado para operar em regiões polares. 

Com 126 m de comprimento por 19 m de boca e 4,7 m de calado, pode receber 200 passageiros e 110 tripulantes, sendo vendido como navio de exploração uma vez que as suas características permitem que possa chegar a portos onde outros navios maiores não chegam. Assim ficamos a aguardar, sentados, os cruzeiros deste navio Português ao Porto Santo assim como a sua visita aos portos Açorianos, portos onde navios maiores não chegam.

A proa, simples e bonita.

Representou um investimento de 75M € financiados pelo dinheiro dos cidadãos Portugueses através da Caixa Geral de Depósitos, Montepio (o mesmo banco que esteve envolvido no financiamento da Portuscale Cruises) e por um banco Chinês, em regime de venda, aluguer e obrigação de recompra.  O World Explorer, por estas obrigações encontra-se agora a ser explorado por empresas estrangeiras, nomeadamente o fretamento que irá agora iniciar à Quark Expeditions, no extemo Sul do planeta. Na Europa as suas viagens são vendidas através da Nicko Cruises uma empresa pertencente ao universo da "Cruzeiros Místicos". 

A chaminé, a baleeira e o recuo à popa, menos bem conseguido.

O navio que saiu de Viana do Castelo a 1 de Agosto último, depois de algum atraso na sua construção (devia ter saído alguns meses antes), ainda navega com os últimos retoques a serem efectuados a bordo, o que não impede a sua exploração comercial.

 Ao World Explorer deverão juntar-se mais dois "fotocópias", visto que serão exactamente iguais a este.