Ilha da Madeira de regresso ao activo

Registo da saída do porta contentores, Ilha da Madeira com destino a Ponta Delgada. Com a avaria, o navio acabou por ficar na rota dos Açores, oportunidade em que o vimos sair carregado de contentores e com alguns veículos que mostram a forma terceiro mundista como ainda se transportam veículos no espaço insular Português. Este panorama tem de mudar, esta forma de transportar veículos é obsoleta e ultrapassada. Não se pode continuar a transportar veículos para as ilhas desta forma, é urgente a existência de navios ferry na união entre as ilhas e o continente português, dando dessa forma continuidade ao espaço geográfico português melhorando e facilitando a acessibilidade sem que veículos sejam içados por gruas, para bordo de navios, para poderem viajar. Os veículos são autónomos, não precisam de gruas para entrarem num navio. O navio é que necessita ser adaptado para os poder receber veículos. 

Charlotta

O navio Charlotta, um porta contentores com registo na Madeira, que hoje passou por Lisboa para um reabastecimento rápido. Veio do porto de Setúbal e seguiu para Leixões num autêntico serviço de cabotagem nacional, não fosse estar ao serviço de uma linha internacional de cabotagem, em serviço feeder em que basicamente estes navios mais pequenos despacham a carga descarregada em Roterdão, pelos países do Sul da Europa. Está ao serviço da CMA CGM Portugal embora pertença à Langh Ship da Finlândia.

Acima, o Charlotta fundeado no Tejo com o edifício da Infraestruturas de Portugal em fundo do lado esquerdo e do lado direito o edifício da pousada de juventude de Almada.

O Charlotta navega com a bandeira Portuguesa, e o IMO 9429209. Tem 9983 t GT, 131,84 m de comprimento, 23,2 m de largura e 8,7 m de calado. Tem uma capacidade de carga de 889 TEUS, que podem navegar até 18 nós. tem capacidade também para o transporte de carga refrigerada.

Ilha da Madeira sofre avaria

O "novo" porta contentores, Ilha da Madeira acusou a sua idade avançada com uma avaria que o impediu de sair de Lisboa no passado sábado dia 10. Assim o navio atrasou a entrega de mercadorias na Ilha da Madeira e aguarda reparação no porto de Lisboa estando a sua saída do porto de Lisboa agendada apenas para a próxima semana. Daqui devrá ainda ir carregar a Leixões para então voltar a descarregar na ilha que lhe empresta o nome.

Espera-se que a idade avançada não seja um factor que o volte a condicionar muitas vezes nesta linha marítima.

Monte Urquiola

 

O gigante navio com registo na Madeira, Monte Urquiola. O petroleiro de construção Espanhola (Navantia, 2019), faz parte de um grupo de 4 navios petroleiros construídos em Espanha e os maiores navios construídos neste país nos últimos 20 anos. É parte da frota do grupo Espanhol Ibaizabal. Pode ser um sinal do renascer da economia europeia, face ao ataque feroz das economias asiáticas e o entender que construir fora nem sempre é a melhor opção mesmo que seja mais barato.

Este navio é um petroleiro do tipo Suezmax. Tem 274 m de comprimento, 48 m de largura, um calado de 23,7 m e 82908 t GT. Navega com o IMO 9803273 e com a bandeira de Portugal, registado na Madeira.

A escada quebra costas do piloto, que segundo as normas marítimas exige portaló face à altura a vencer.

O casario separado da exaustão. Com estas dimensões mais parece um hotel, para a tripulação.

A origem do nome está numa montanha situada no País Basco, que se chama Urquiola.

Marcus, ex-Rodau

Outro pequeno navio cargueiro de carga geral, fundeado no Tejo. O Marcus, um navio de 2004 que navega com a bandeira Belga. Tem apenas 87,8 m de comprimento e 12,9 m de boca. Navega com o IMO 9313656. Veio de Casablanca e de Lisboa partiu para Falmouth, de onde posteriormente saiu em direcção a Santander, Espanha.

Gelmond 2

O navio de carga geral Gelmond 2, ex-Gelius 2, fundeado no mar da palha, no rio Tejo. Este navio de 2008 (15 anos), navega com a bandeira de St Kitts e  Nevis. Tem 115,2 m de comprimento e 15,9 m de boca, navegando com o IMO 9403487.

Arklow Manor

Arklow Manor operando no terminal de cereais do Beato, proveniente do porto Francês de Montoir. Os navios Arklow são muito provavelmente aqueles que mais visitam Lisboa a par dos navios cargueiros da cabotagem nacional. O Arklow Manor é um navio de 2009, construído no estaleiro Daesun Shipbuilding. Tem o IMO 9440241, 128,5 m de comprimento e 21 m de boca. O Arklow Manor tem 4 porões de carga que podem carregar 18110 metros cúbicos de carga. Tem 9758 t GT, o que faz dele um dos maiores navios da Arklow, companhia conhecida por ter uma vasta frota de navios de pequeno e médio porte que lhes permite operar em portos mais pequenos e em rotas mais curtas, sem problemas. A Arklow tem atualmente 59 navios registados na Holanda e na Irlanda. É uma companhia Irlandesa que foi fundada em 1966. O Arklow Manor é um dos navios que navega com a bandeira da Irlanda, pertence portanto à parte da frota que está registada na Irlanda.

Feed Rogaland

O navio Feed Rogaland operando no cais do Beato com as tampas de porão abertas prontas para descarregar.

Nesta cais os navios descarregam cargas a granel, tais como cereais e costumam carregar para exportação areia e outras cargas a granel, como pedra e cimento. É um dos terminais mais multifacetados do porto de Lisboa, pois opera com cargas diversas.

O Feed Rogaland após descarga em Lisboa seguiu viagem e aguarda vaga agora para entrar no porto da Figueira da Foz, daí vai carregar com destino a Londerry. Este navio é o ex-Arklow Racer da Arklow uma das companhias de navegação de carga geral que mais escalas realiza em Lisboa.

O Feed Rogaland tem 19 anos (2004), e está a navegar com a bandeira Norueguesa, algo cada vez mais raro nos navios. Tem o IMO 9291729 e apenas 89,99 m de comprimento por 14,18 m de boca. Tem um calado máximo de 6,10 m e 2999 t GT.

Celik 1

O pequeno navio de carga geral, Celik 1 entrando em Lisboa, para fundear no Mar da Palha enquanto aguarda vaga no cais para operar.

Marielyst

O porta contentores Madeirense, Marielyst, saindo de Santa Apolónia com destino a Londres (Thames). Daí fará uma rotação até Roterdão e outros portos do Norte da Europa este navio da E.R. Schiffart que como as fotos demonstram transporta parte dos contentores do gigante One. O Marielyst é um navio porta contentores de 2010, com 157 m de comprimento, 23 m de largura, e 12514 t GT. Navega com o IMO 9448669, e já teve vários nomes, entre eles, Leguan, ER Riga, E.R. Riga e atualmente navega como Marielyst. É uma construção Chinesa do estaleiro Wujiazui shipbuilding em Nanjing, China. Leva a bandeira Portuguesa na popa, com um casco a ostentar um péssimo aspecto.

Adavega

O navio graneleiro Adavega, fundeado no Tejo, possivelmente aguardando o próximo porto de destino, depois de ter decarregado cereais no porto de Lisboa provenientes de La Rochelle, França. É um navio de 2010, embora aparente mais idade. Tal deve-se á construção naval Japonesa que ainda apresenta um estilo um pouco arcaico comparativamente à construção naval Europeia. Tem o IMO 9539339, navega com a bandeira da Libéria e tem 115 m de comprimento, 19,6 m de boca e um calado de 11,4 m. Já ostentou o nome Siam Sucess, até maio de 2020. É propriedade da Adavega shipping com o armador Adakent Shipping. Tem 3 gruas FWD de 30 t cada e uma tonelagem de 7313 t GT. 

É devido a estes navios que passam despercebidos que podemos ter pão na mesa todos os dias, caso contrário não havia pão nas padarias portuguesas todas as manhãs. Uma vergonha nacional, um país que é incapaz de produzir os seus próprios cereais mas é capaz de infestar os campos com abacateiras e mirtilos produzidos por mão de obra escrava.

Avila

 

O porta contentores Avila atracado no Cais de Alcântara, descarregando contentores. Este terminal está vocacionado e empenhado em receber navios de maiores dimensões, pelo que de momento ali decorrem algumas obras de beneficiação e de dotação de capacidades para esse fim. Já se notam alguns movimentos de navios de maiores dimensões neste terminal, não sendo o caso deste registo.

Adilia I

Navio porta contentores Adilia I que se encontra a efectuar transhipment de Algeciras para Lisboa. no último mês. Com o IMO 9318761, o Adilia efectua uma viagem de cerca de 29 h desde Algeciras até Lisboa. O Adilia I tem 18 anos (2005), capacidade para 830 TEUs e de dimensões  principais tem 140 m de comprimento e 22,84 m de largura, com um calado de 7,2 m. Navega com a bandeira Portuguesa registado na Madeira.

Ostenta uma tonelagem bruta de 9701 t. O nome anterior foi E.R. Auckland com a bandeira da Libéria. Já esteve em Lisboa várias vezes inclusive com o nome anterior.

O Adilia I fundeado no Tejo, com a ponte Vasco da Gama como fundo, enquanto aguarda espaço no cais de Santa Apolónia para descarregar.

Essence

O navio Essence que a par do Baltic Tern efectua o serviço de short sea ligando Lisboa ao norte da Europa. Roterdão,Antuérpia,Vigo, Leixões e Lisboa são os portos onde este porta contentores efectua escalas.

O Essence é mais um dos navios porta contentores sem gruas, que regularmente efectua escala em Lisboa. Tem 12 anos de idade (2011), navega com o IMO 9491496 e com a bandeira dos Países Baixos. Com 168 m de comprimento e 25,83 m de largura o Essence pode transportar até 1349 TEUS. Anteriormente já se chamou Aalderdijk.

Aspectos da saída do piloto para a lancha de pilotos Baía de Cascais que continua em serviço da pilotagem no porto de Lisboa.

Lady Ariette

 

O pequeno navio de carga geral, Lady Ariette fundeado em Cascais. Proveninete de Papemburgo, na Alemanha o navio enfrentou uma viagem de 7 dias. Com o IMO 9760378, o Lady Ariette, navega há 7 anos com a bandeira dos países baixos. Tem 88 m de comprimento, 14 m de largura e 2544 t (GT).

A 6 de Abril, este navio esteve no porto de Setúbal onde a Wijnne barends é uma companhia regular.

Duke Santos

 

O navio graneleiro Duke Santos fundeado em Cascais aguardando espaço em cais para descarregar os cereais brasileiros em Lisboa. O navio teve precedência do porto de Santarém, na Amazónia, Brasil. Daí zarpou no dia 19 de abril e chegou a Cascais no dia 1 de maio.

A compra de cereais ao estrangeiro é bastante normal por parte do nosso país, por isso pagamos o papo seco mais caro da Europa, porque simplesmente vive-se num país onde se incentiva a não trabalhar para produzir a matéria prima mais básica da nossa alimentação.

O Duke Santos 44397 t (GT) é um graneleiro com 4 anos de idade, construído em 2019. Navega com a bandeira do Panamá. Tem o IMO 9785988 e como dimensões principais tem 229 m de comprimento, 32 m de boca e cerca de 12 m de calado.

CT Daniel

O navio porta contentores CT Daniel saindo de Lisboa, em mais uma das suas rotações entre os portos de Lisboa, Algeciras, Mérin (Pontevedra) e Vigo.

O CT Daniel navega com o IMO 9326988 e com a bandeira Portuguesa. É um navio celular, porta contentores (862 TEUS), de 2006 com 134 m de comprimento e 22,5 m de largura.

Tem 9990 t (GT) e já navegou com o nomes NCL Alesund e Daniel. É uma presença habitual no porto de Lisboa, onde opera no cais de Santa Apolónia.

Wec Frans Hals

 

O navio celular Wec Frans Hals, deixando o porto de Setúbal, passando pelos bancos de areia de depósito do rio Sado. O Wec Frans Hals está a navegar com a bandeira Portuguesa com escalas regulares em Leixões e Setúbal. É um navio com 18 anos de idade que navega com o IMO 9326964. Tem 134,4 m de comprimento e 23,5 m de largura. Já navegou com vários nomes e por várias companhias incluindo a Maersk em que navegou como Maersk Fawley, pela CMA CGM como CMA CGM Casablanca, e ainda navegou com os nomes Passat e como NCL Svelgen.

Wilson Police

O pequeno navio cargueiro Wilson Police fundeado no rio Sado, vendo-se ao fundo os estaleiros da Lisnave com um navio de enormes dimensões em reparação.

 

Cement Trader na Secil - Outão

Ainda este mês, registei a Cement Trader no terminal dos Socorridos na ilha da Madeira (Veja aqui). Hoje voltei a registar no navio a carregar no terminal privativo da Secil - Outão. Muito provavelmente irá carregar novamente cimento com destino à ilha da Madeira, não havendo contudo a certeza dessa provável viagem.